A charmosa cidade do Valais que tem termas e penhascos para ninguém botar defeito
Cheguei a Leukerbad (durante a viagem a convite do Switzerland Tourism) num dia escandalosamente lindo de inverno: neve no telhado das casas, céu azul e solão a pino. É impossível não se impactar com o cenário logo à chegada: essa fofa cidade do Cantão do Valais fica encravada em meio a penhascos altíssimos enfileirados, uma lindeza.
Apesar de off the beaten para os turistas brasileiros, Leukerbad é queridinha dos suíços há décadas. Trata-se do maior resort de spa e bem-estar dos Alpes, funcionando 365 dias por ano. Seus quase 4 milhões de litros de águas termais a 51 graus centígrados que jorram diariamente nos seus spas já serviram como local de tratamento de problemas de saúde (financiado pelo governo nacional) muito antes de virarem spa para turistas. Aliás, sua história remonta aos romanos, que já conheciam as propriedades medicinais e relaxantes de suas águas quentes desde aqueles tempos (e, btw, elas vêm sendo utilizadas ininterruptamente desde então).
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A água que jorra nas 30 piscinas termais da cidade (a maioria ao ar livre) tem origem, veja só, glaciar. Mas chega tão quente à superfície (51o.C) que tem que ser resfriada pelo município antes de chegar ao público (chega numa temperatura ao redor de 38 graus). Programaço aproveitar as águas termais ao ar livre (inclusive no inverno, com neve ao redor da piscina, uma sensação deliciosa!) apreciando a vista das montanhas e penhascos ao seu redor. As termas da cidade podem ser utilizadas por valores desde 23 francos suíços por dia por pessoa (e há passes de uma semana disponíveis também).
São cerca de 65 fontes termais, das quais oito são usadas como balneário. As termas oferecem um universo de opções entre jacuzzis, hidromassagens, saunas (mistas e com quase sempre nu compulsório, como prega a tradição suíça), e opções esporádicas de entretenimento nelas, como café da manhã na água aos finais de semana, piscinas abertas sob a lua cheia, espetáculo de luzes etc.
Durante a temporada, um passe de neve e banhos (CHF 75 por dia ou desde CHF266 por semana) dá ao visitante acesso a todas as ofertas de esporte de inverno nas montanhas Torrent e Gemmi e também aos banhos termais dos spas alpinos Leukerbad Therme (muito procurado por famílias com crianças, com ótima infra para elas) e Walliser Alpentherme & Spa Leukerbad (CHF 75 por dia).
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Este último spa alpino, de 300 metros quadrados de área e o mais bonitão e tranquilo, tem também um roman-irish bath, um circuito relaxante de banhos nus (e mistos, ui!) no qual o banhista passa por 10 “estações” de tratamento diferentes, incluindo saunas, banhos a vapor, piscinas térmicas e frias, esfoliação, limpeza com sal grosso etc ao longo de quase duas horas. Há opção de uma massagem de dez minutos durante o processo também. Minha participação incluiu uma boa dose de vergonha e uma providencial toalha que virou BFF mas o saldo final foi bem bom, pele bem macia e corpo mega relaxado.
As termas e a vibe wellness (são mais de 300 propostas de tratamento disponíveis ali, entre beleza, saúde e bem-estar) são a grande vedete, é claro, mas nem só de águas quentes vive Leukerbad. A cidade tem grande oferta de esportes de inverno (incluindo pistas de ski com uma bela área para iniciantes, a Snowpark Sportarena) e também muitas atividades no verão – muitas delas incluem os dois picos principais que a rodeiam, Torrent e Gemmipass.
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Do centro da cidade são meros minutinhos numa gôndola para chegar ao topo do Gemnipass ou do Torrent a mais de 2300 metros de altitude – e os cable cars estão abertos quase o ano inteiro. Infelizmente, subi ao Gemnipass num dia feio e muito fechado; a subida foi linda mas não deu para ver nada ali de cima além de nuvens e a ponta nevada das rochas, mas ainda assim curti – e vi fotos espetaculares feitas lá em cima em dias de boa visibilidade.
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Acabei me encantando por Leukerbad não apenas pela beleza natural que a rodeia (que, repito, é mesmo impactante) mas porque encontrei ali um destino altamente democrático: loucos por esportes, fãs de spa, casais em busca de uma escapada romântica e sossego, famílias com crianças, solo travelers, grupos de amigos… todo mundo se encontra por aquelas bandas. E democrática também nos preços: dos hotéizinhos tipo B&B aos hotéis de luxo (como o ótimo Relais&Chateaux Les Sources des Alpes, onde fiquei hospedada e que recomendo MUITO, e que tem suas próprias águas termais), dos quiosques de comida aos restaurantes estrelados, há Leukerbad para todos.
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Para os fãs de esportes, as atividades mais procuradas, além do ski, são trekking, hiking e a radical via ferrata do Gemmi, numa rota horizontal de 800m do Wildstrubel Alpine Restaurant à estação na montanha da gôndola do Gemmi. Os mais sedentários também podem se aventurar na caminhada pelo canyon walk path, uma trilha de caminhada sobre o canyon das termas (com acesso para cadeirantes, inclusive) até a cascata do desfiladeiro Dala (aberta somente de junho a outubro).
A cidade dorme (bem) cedo, mas há aprés-ski na temporada de inverno e é possível encontrar alguma vida noturna em lugares como o bar Chinchilla.
E, claro, fãs de vinho também desfrutam ali de degustação dos deliciosos vinhos do Cantão do Valais o ano inteiro – do trem mesmo, à chegada ou à saída da cidade, a gente vê os vinhedos nas encostas das montanhas e muitos dos moradores da cidade têm suas próprias parreiras no seu quintal.
amando acompanhar essa viagem, Mari!
Eu gosto de spas e balenarios. Eu vou nova, relaxada, embora eu nunca fui a um assim ao ar livre lá. Deve ser bom para banhar-se em água quente e há neve ao seu redor.
Carmen, querida, certeza que você adoraria a experiência. A sensação de estar em termas quentes ao ar livre, com a temperatura baixa, é maravilhosa.
Balenatios, não…. balnearios, sim
Pena você não reparar como tratam seus irmãos brasileiros que procuram uma vida melhor. Atras dessa cortina de neve estão suíços muito ruins com a gente. Existe um tremendo racismo nessa terra que você chama de cidade. Cuidado com o jeito que avalia as coisas que não vale apenas as aparências
Rui, atenção.
O Post é sobre viagem, se quer tratar de racismo, veja como os “irmãos brasileiros” tratam os próprios “irmãos brasileiros”, mesmo no Brasil.
Há patentes sinais de racismo em nossa terra que tem o desplante de falar que aqui não existe racismo.
É tão evidente o racismo no Brasil que é um crime inafiançável. Se não houvesse racismo em nossa terra, não haveria necessidade de uma lei tão rigorosa. Temos cotas raciais para ingresso nas universidades!
O racismo é presente em qualquer lugar do mundo, seja com estrangeiros seja com as diferenças culturais dentro de um mesmo mesmo país.
O ser humano precisa evoluir muito ainda para superar o racismo.