Como planejar sua viagem ao Tahiti? Confira dicas testadas e aprovadas para aproveitar o melhor da Polinésia Francesa
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Desde que cheguei ao Tahiti, em dezembro passado, muitos leitores estão pedindo dicas sobre como planejar sua viagem ao Tahiti. Afinal, deixei bem claro nos Stories e no feed do meu Instagram que, sim, a Polinésia Francesa é longe e é cara – mas vale absolutamente cada centavo e cada segundo investido nessa viagem.
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Vale destacar que o site do turismo do Tahiti em português tem MUITA informação boa para pré e durante viagens para lá; vale incluir também nas suas ferramentas de busca e planejamento. Aqui neste post eu deixo separadinho por tópicos o básico que você precisa saber antes de planejar sua viagem para lá segundo a minha experiência de viagem para lá, ok?
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Como planejar sua viagem ao Tahiti
Como chegar lá?
Para os brasileiros, há duas opções mais viáveis: via Santiago e Ilha de Páscoa ou via Los Angeles. Indo via LA (como eu fui), vale saber que a ótima companhia aérea nacional, a Air Tahiti Nui, agora voa diariamente de Los Angeles para Papeete a bordo de Dreamliners novinhos em folha (e com serviço extremamente simpático).
Testei e gostei bastante – são 12 horas de São Paulo a LA e outras 8h de LA a Papeete. Recomendo MUITO fazer layover em Los Angeles, para não sentir o pancadão da viagem. Na ida, dá pra fazer só day use de hotel, já que o voo do Brasil chega cedinho a LA e o voo a Papeete sai quase meia-noite; na volta, aconselho muito a fazer pernoite mesmo.
Fiquei no Crowne Plaza Los Angeles International Airport, bem ao ladinho do aeroporto, e achei bem prático. Os quartos estão antigões, mas tem piscina, um bom café, internet de boa qualidade e transfer ida e volta ao aeroporto. E de lá fica fácil pegar Uber para outros cantos de LA para passear, se der tempo.
Quando ir?
Em teoria, a melhor época para visitar as ilhas do Tahiti é entre os meses de maio e outubro. As temperaturas não mudam tanto ao longo do ano, mas essa época tem menos chuva e menos humidade, o que garante dias mais bonitos e ensolarados.
Ainda assim, de Novembro a April as ilhas não experimentam necessariamente longos períodos de chuva (dizem por lá que Fevereiro costuma ser o mês mais chuvoso). Apesar de ser muito mais quente, essa época pode ter dias lindos – na semana que fiquei por lá em dezembro, peguei dias lindos, com tardes de chuva apenas em Papeete – e alguns hotéis podem praticar preços um pouco mais baixos.
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Que moeda levar?
Prepare-se para preços elevados em todas as ilhas para comer, beber, passear e comprar. A moeda nas ilhas do Tahiti é o Pacific Franc, abreviado como XPF. Como é território francês, a cotação para o euro nunca varia: 100 XPF valem 0,838 euros (dá bem pra fazer a continha 100XPF para 1 euro, que fica mais fácil).
Mas, se você não quiser, nem é preciso sacar dinheiro local nas ATMs ou trocar nas casas de câmbio: a maioria dos lugares aceita euros cash e vários lugares aceitam dólares – assim como cartões de crédito e de débito, largamente aceitos em toda parte. Vale se preparar para os custos: dos hotéis aos passeios, das refeições às lembrancinhas, nada no Tahiti é barato. Gorjetas não são obrigatórias mas são sempre muito bem-vindas.
Que ilhas visitar?
São muuuuuitas as ilhas a visitar e seria injusto falar apenas de algumas delas. Mas dá pra saber de antemão que Papeete e Bora Bora são as duas ilhas mais visitadas. Na minha viagem, visitei Papeete, Bora Bora e o atol privado de Tetiaroa.
Achei Bora Bora e Tetiaroa de belezas singulares; aquele típico sonho de Tahiti realizado, com mar sempre muito turquesa e cristalino e areia branquinha, igualzinho nas fotos de sites e revistas.
Papeete é a porta de entrada dos turistas internacionais ao arquipélago e é localmente chamada simplesmente de Tahiti. É também para lá que muitas vezes temos que voltar ao viajar entre ilhas diferentes (nem todas as ilhas contam com trajetos diretos em barco ou avião). Papeete tem bastante infra hoteleira e comercial, e também muita oferta de passeios com agências locais – e funciona também muito bem como day use de hotel antes de encarar o voo de volta, já que os voos internacionais normalmente partem bem tarde, perto da meia-noite.
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Onde se hospedar
Usei Papeete como base de hospedagem entre Bora Bora e Tetiaroa e também entre minha volta de Tetiaroa e a partida do meu voo com a Air Tahiti Nui para Los Angeles. Nos dois casos, fiquei hospedada no Intercontinental Tahiti, que fica quase grudado ao aeroporto (menos de 10min de carro). A infra do hotel é excelente, com ótimo complexo de piscinas (incluindo duas com areia da praia), serviço de praia eficiente, dois bons restaurantes, bares e spa pequenininho mas bem gostoso. Para quem não quiser fazer pernoite, o hotel trabalha também com day use e muuuuita gente usa esse sistema entre voos.
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Na maravilhosa Bora Bora, fiquei hospedada no excelente Intercontinental Bora Bora Resort & Thalasso Spa, que recomendo MUITO. Bora Bora tem uma excelente infra-estrutura em geral, e uma imensa oferta em hotelaria de todo tipo; e esse hotel vem ganhando vários prêmios nos últimos tempos. Composto inteiramente de bangalôs sobre a água, tem excelente serviço em geral duas prainhas privativas, spa Thalasso, lounge ao ar livre com música ao vivo ao por de sol, piscinas, kids club, esportes aquáticos e três excelentes restaurantes – mais transporte grátis para o outro Intercontinetal de Bora Bora (que é bem menos luxuoso). Os bangalôs são simplesmente impecáveis e valem totalmente o que custam; alguns deles têm deliciosas piscinas privativas. O hotel também é famoso por fazer muitos casamentos por lá e tem transfer próprio desde e para o aeroporto.
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No arquipélago de Tetiaroa, comprado por Marlon Brando nos anos 60 e propriedade da família do ator até hoje, me hospedei no The Brando, o único hotel por lá. Premiado como um dos hotéis mais luxuosos do mundo, é também indiscutivelmente um dos mais sustentáveis, produzindo boa parte da energia que consome, tratando sua água, produzindo mais mel que muitos apiários de maior porte e colaborando com diversas iniciativas de pesquisa e conservação.
São apenas 35 acomodações em formato vila privativa, de frente para o mar e repletas de mimos, com serviço simplesmente irretocável. O resort conta ainda com dois restaurantes gourmet (foram os melhores pratos de toda a viagem), dois ótimos bares e um luxuoso spa com projeto arquitetônico incrível que lembra ninhos. As diárias podem ser somente café da manhã, mas o grande negócio por ali é o sistema all-inclusive, que abrange não somente todas as refeições e bebidas ao longo da estadia (incluindo frigobar completo e customizado, e serviço de quarto) como também passeios diários de barco pelo atol e uma massagem por vila por dia.
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Tem hospedagem low cost também?
Tem sim. Apesar de serem os hotéis de luxo as grandes estrelas por lá, as ilhas do Tahiti são também repletas de opções mais em conta para hospedagem, de pousadinhas familiares a hotéis mais turísticos de rede. Existem até pousadinhas com diárias entre 80 e 100 euros para quatro pessoas! Opções testadas e aprovadas por amigos meus incluem em Tahiti/Papeete Vanira Lodge e Havae Teahupo’o e a Fare Pea Iti, em Taha’a, por exemplo. Também há ampla oferta de apartamentos e casas via Airbnb em diversas ilhas.
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Como se deslocar entre as ilhas
São nada menos que 118 ilhas tomadas de vegetação abundante, mar turquesa e uma fartura espetacular em vida marinha, com abundância de peixes, corais, tubarões e arraias por toda parte – então não vale mesmo a pena ir até lá para conhecer apenas uma 🙂 Entre elas, é possível se locomover tanto em barco como em avião – mas vale saber que enquanto algumas ilhas são literalmente vizinhas, como Tahiti e Moorea, outras são incrivelmente distantes umas das outras, tornando viagens em barco extremamente longas e cansativas em alguns casos.
Eu optei por voar entre todas as ilhas que visitei. Entre Tahiti e Bora Bora eu voei com a Air Tahiti, que opera voos sem frescura em aviões de médio porte (não há assentos marcados e o serviço à bordo, apesar de muito simpático, é bastante limitado). Como as ilhas são próximas, os voos são em geral bastante curtos – e extremamente panorâmicos, com uma sucessão de ilhotas e mar turquesa pela janelinha. Para voar a Tetiaroa para me hospedar no The Brando utilizei a companhia aérea própria do hotel, a Air Tetiaroa; os voos, lindíssimos, são feitos em monomotores e bimotores e duram cerca de 20 minutos.
A Air Tahiti tem também passes aéreos para quem vai ficar mais tempo e quer fazer muitas ilhas diferentes da mesma viagem (os valores são diferentes dependendo da franquia de bagagem escolhida). Os preços vão desde 276 euros, para o Discovery Pass (Moorea, Huahine, Raiatea) a desde 532 euros para o Bora Bora-Tuamotu Pass (Moorea, Huahine, Raiatea, Bora Bora, Maupiti, Rangiroa, Tikehau, Manihi, Fakarava).
Para me locomover em Papeete eu utilizei os ótimos serviços do simpaticíssimo Teiva da TEIVA VIP TOURS (tahitivip@gmail.com) e gostei muito. Ele é bastante simpático, extremamente pontual, está acostumado a receber brasileiros e tem até wifi grátis nos seus carros. É ótima opção tanto para transfers quanto para passeios.
Com quem ir?
Apesar de toda a aura de romance dos bangalôs sobre a água que abundam nos catálagos e sites dos hotéis do Tahiti, vale saber que o destino é também uma excelente pedida para viagens multigeracionais em família, viagens com crianças e, por que não, para viajar sozinho (não é tão frequente encontrar outros solo travelers por lá mas é fácil fazer amizades nos tours e resorts).
Vários resorts contam com kids clubs e programas bem variados de atividades para elas diariamente. Para os casais, os hotéis de luxo não medem esforços para manter o clima de romance dia e noite (jantares privativos pé na areia, canoe breakfast, picnics nos motus etc), e vários resorts são especializados também em cerimônias intimistas de casamento in loco.
Gastronomia
Prepare-se para comer muito bem nas ilhas do Tahiti. A herança francesa está por toda parte e a gastronomia local é sempre extremamente fresca e saborosa, com destaque para peixes e frutos do mar. Meu prato favorito, que pedi diversas vezes, foi o delicioso poisson cru do Tahiti, uma espécie de ceviche deliciosamente banhado em leite de côco. No mais, sobretudo nos resorts, há ampla oferta de pratos da culinária internacional, incluindo opções tipo fast food como sanduíches e fritas.
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Clique aqui para ler minha matéria sobre o Tahiti no Viagem Estadão.
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