De cervejarias e destilarias artesanais a mixologistas premiados, os bares mais legais para curtir a noite na cidade sozinho ou acompanhado
As conexões de Chicago com o álcool vão muito além das histórias de Al Capone, máfia e lei seca. Mas a cidade vive nos últimos anos um verdadeiro renascimento da paixão etílica: cervejarias e destilarias artesanais não param de pipocar pela cidade e alguns de seus mixologistas mais famosos estão levando prêmios internacionais importantes um em sequência do outro. E assim ganhamos todos nós, com uma das noites mais heterogêneas e democráticas dos EUA no quesito bares.
Da última visita, foram, assumo, muitos goles – tudo em nome da pesquisa 😀 Única parte triste foi que, pela primeira vez ever, não me pediram identidade em nem uminha das aventuras etílicas 😛
Listo aqui meus favoritos:
Foi minha primeira aventura etílica desta viagem, logo na primeira noite. Fui no finalzinho da tarde, hora do happy hour, quando a casa começava a encher – era uma terça-feira e lotou! Fica no quarto andar do novíssimo e modernérrimo hotel The Godfrey e tem paredes e tetos todinhos de vidro – e o teto é retrátil, pra ficar aberto nos dias mais quentes (no verão, vai funcionar também o terraço panorâmico que circunda o bar). Tem também uma das paredes transmitindo vídeos o tempo todo. Com jeito de lounge (algumas mesas comunitárias, um balcão pequenininho e disputado e vários pufes e sofazinhos aqui e ali), bons drinks e petiscos e serviço bem simpático, é também um ótimo lugar para ir sozinho.
Em termos de ambiente e custoXbenefício geral, sem dúvidas foi meu preferido; e “segundo colocado” no quesito drinks deliciosos. E também excelente para ir sozinho – e, curiosamente, atrai um público feminino muito grande. Iluminação e música na medida certa para comer, beber e bater-papo. É pequenininho, discreto mas super cool: móveis moderninhos com as mesas bem pertinho uma das outras, paredes de vidro para ver a rua, a cozinha e a destilaria e um balcão super concorrido.
A destilaria pode ser visitada gratuitamente às quartas e sábados mas, com jeitinho, dá pra pedir pra hostess mostrar informalmente o espaço (como eu fiz 😀 ). Os drinks que eles servem (excelentes!) são feitos com as bebidas que eles destilam ali mesmo; destaque absoluto para o gin e para a vodca – e têm preços bem razoáveis pra qualidade dos drinks que servem (a maioria custa entre 10 e 12 dólares). O “Cease and Desist” foi meu favorito. O cardápio de comidinhas é muito bom; têm chef executivo na casa (o simpático JP Doiron, que dá as caras no salão várias vezes durante a noite) e a burrata e o gravlax que servem são divinos.
Tem big fila na porta e anda fazendo o maior sucesso na cidade. Os drinks são muito bons, mas o bar é grandão e escuro, mais pra quem quer uma balada mesmo. Tem clima havaiano no sapê sobre o balcão do bar (!), no uniforme dos barmen e das garçonetes e nas flores e guarda-chuvinhas que costumam acompanhar as bebidinhas. Bom pra ir em turma.
– The Bar
Fica dentro do hotel The Peninsula, meio escondidinho, e é um tremendo lugar para ver gente local (tem bem mais moradores que turistas frequentando). Belo ambiente, decoração super elegante, ótimos drinks (fiquei com o ótimo Cable Car da foto abaixo) – fica bastante cheio lá pelas seis, seis e meia da tarde. Estive ali com duas amigas rapidinho e fofocamos tanto que esqueci de tirar foto do belo balcão do bar (sorry, dá pra ver no site deles); mas, acredite, com um climão meio à la speakeasy bar dos tempos de Al Capone, vale super a visita.
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– Untitled
É um bar que atrai mais gente ali dos 45 em diante. Grandão, tem ambientes diferentes e ficou famoso pelos shows e performances (sem custo) que apresenta todas as noites – showzinhos tipo cabaret, bandas ao vivo etc E fica cheio, bem cheio às sextas-feiras. O Chef da casa, Joseph Heppe, é badalado, mas acabei não experimentando nenhum petisco por ali. Os drinks são bem normais, nada especial ou memorável.
O espaço mais legal é a Library, um canto mais sossegado da casa que guarda nada menos que 400 rótulos diferentes de uísque – alegadamente a maior seleção de uísques num bar do mundo.
É o que definem ali como “o” bar do momento em Chicago – e tem os melhores drinques que tomei nos últimos tempos. A casa é toda hypadinha e os preços, salgadinhos: tem que reservar (ou enfrentar fila de espera, já que os clientes, em geral, são acomodados sentados) e estar disposto a pagar cerca de US$25 por drink.
Sob o comando do badalado mixologista Charles Joly (que diz que trabalha com “hugs, rum and rock” 😀 ), os drinks são mesmo bem bacanudos no sabor e na apresentação – todos eles vêm com um mise-en-scène ou no recipiente no qual são servidos ou na performance que o próprio garçom faz para servi-los (superfícies de gelo para serem quebradas com um estilingue, atear fogo e outras cositas do gênero). Os coquetéis servidos ali são a grande estrela da casa e são exclusivos; muitos deles foram preparados para harmonizar com os pratos desenvolvidos pelo chef (além de escolher os coquetéis avulsamente, como eu fiz, você pode comprar um “pacote” de X passos que inclui X coquetéis, cada um acompanhado de uma tapa).
Gostei muito dos que provei e meu predileto foi o “in the rocks”. O ambiente tem luz baixa e móveis modernosos e se parece mesmo muito mais com um restaurante que com um bar; então é o que eu menos recomendaria para ir sozinho de todos os lugares citados aqui. Rola também um “speakeasy” bar que eles têm no porão, batizado de The Office: pequenininho, com outra atmosfera e outra trilha sonora; mas lá só dá pra ir by invitation ou se estiver como convidado de uma festa particular.
O bar do moderninho hotel The Wit, em pleno Loop, fica no 27o, andar do edifício e tem uma vista linda da cidade através de suas paredes de vidro. O teto, também de vidro, é retrátil – e estava aberto na noite em que fui lá, mesmo que não fizesse calor do lado de fora. O ambiente é todo descoladinho, com jeito de boate – luzes, música pop e eletrônica, vídeos projetados numa imensa parede atrás do balcão do bar. Pra quem vai sozinho, a pedida é ficar no belo balcão ou num das duas longas mesas comunitárias do centro. Os mais pedidos da casa são os coquetéis com champagne – eu gostei do meu, mas achei fraquinho; recomendo mais os martinis. Os petiscos também são bons e bem apresentadinhos. Vale a night out.
– Dry Hop
Para os cervejeiros de plantão que já estão fazendo cara feia por eu falar tanto de “drinks” e “coquetéis”, a mais nova cervejaria artesanal de Chicago tem um bar badaladérrimo no (trendy) bairro de East Lake View. Super informal e com um jeitinho meio cowboy, tem ambiente interno com mesas (bem ao lado das salas onde rola o processo de produção de suas cervejas), mesinhas concorridas na calçado e um balcão longo que fica lo-ta-di-nho, sobretudo nos finais de semana à tarde. Além das cervejarias produzidas ali mesmo, eles têm uma variedade impressionante de rótulos de cervejas locais, nacionais e importadas, tanto draft como em garrafa. As cervejas da casa você pode tomar avulsamente, como pediria qualquer outra cerveja, ou pode pedir em estilo degustação em “flights” que englobam, em geral, três variedades distintas.
Outras dicas para curtir bem a noite em Chicago você encontra aqui e aqui.
Leia também minhas melhores aventuras gastronômicas da última visita a Chicago.
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Um verdadeiro tratado! 😉
🙂
Após a leitura do texto; eu sei muito mais sobre bares em Chicago para se divertir, que na minha própria cidade. Gostosa maneira de curtir a noite em Chicago… claro, eles são divertidos para estar lá. Pelas fotos eu pode ver muito gente bonita …
Chicago tem mesmo uma vibe muito boa e gente bem bacana, Carmen. Pero lo sé que Barcelona también 🙂
Muito bom! Gostei da ideia da CH Distillery