Nao faz muitos dias que eu lancei essa enquete no twitter. Depois, o resultado virou post-enquete no Saia pelo Mundo. E ainda rendeu o recebimento de um monte de emails legais sobre o assunto – como parece ainda ter pano pra manga, resolvi botar isso na roda aqui tambem.
Eu não sou uma grande especialista em hotéis; mas posso dizer que já me hospedei num quantidade bem razoável de hotéis diferentes no Brasil e no mundo. E, tudo bem que gosto é gosto, mas existe uma certa unanimidade para classificar um hotel como muito bom. Hotéis ruizinhos, médios, bons ou até mesmo ruins podem ser classificados de maneira bem diferente por hóspedes distintos; mas um hotel MUITO BOM dificilmente recebe outra classificação, mesmo de hóspedes muito diferentes entre si.
Mas, afinal, o que é que faz um hotel especial? Um quarto bem decorado? Localização perfeita? Um belo café da manhã? Uma big e macia cama? Banheiros enooormes? Ou um serviço espetacular? Sim, é o staff que faz um hotel ser verdadeiramente especial. Decoração, cozinha, localização, conforto… tudo isso é importantíssimo; mas é o serviço que faz você nunca esquecer um hotel – seja pelo bem ou pelo mal.
Nesse sentido, tive a sorte de conhecer aquele que é considerado pelos especialistas do setor como o melhor serviço em hotelaria do mundo: o fantástico Las Ventanas al Paraiso . Além do nome perfeito e da idílica construção nas areias de Los Cabos, no México, seu serviço é absolutamente incomparável – do momento em que cheguei ao hotel até minha partida, TODOS os funcionários sabiam que eu era a Señorita Campos. Chamar todo hóspede pelo nome, saber como cada um gosta da sua espreguiçadeira e do seu guarda-sol, lembrar que a marguerita da señora Mirren tem só um tiquinho de álcool enquanto a do marido dela tem o triplo de uma dose comum, posicionar o travesseiro no exato ponto em que o hóspede costuma deixá-lo ao dormir… são apenas alguns dos MÍNIMOS detalhes que o hotel faz questão de cuidar, 24 horas por dia.
Como é que você vai esquecer se, no auge do calor intenso de agosto, em plena praia, um funcionário te traz um picole de frutas “para refrescar, señorita”; se os garçons do café da manhã trazem um bolinho escrito “feliz viaje” no último dia; se a camareira acende meu perfume favorito de incenso à noite um pouquinho antes de eu entrar no quarto? Não, não dá.
Num hotel especial, bom de verdade, não existe um único momento em que você não se sinta absolutamente aconchegado e fora de casa – porque sim, num hotel você não pode, não deve, se sentir em casa; espera-se que o hóspede se sinta num lugar verdadeiramente especial e diferenciado (afinal, oras, pra se sentir em casa você não precisa gastar dinheiro nenhum nem se deslocar, certo?).
Daí você está pensando: tá, mais eles só fazem isso porque cobram fortunas. Não, não cobram, não; o hotel é caro, claro, porque é um hotel de luxo – mas nem um pouco mais caro que hotéis de luxo de grandes redes que não têm um pinguinho de personalização de serviço. Quem tem serviço bom, tem, e vale cada centavo – nem que seja pra gente ir só de vez em quando, em celebrações muito especiais. E, quer saber? Nem é preciso ir muito longe, nem pagar em dólares, não.
No Brasil mesmo há vários hotéis e pousadas de charme que fazem jus ao lema de serviço perfeito. Quer um exemplo? A doce Pousada Barra do Bié é um, e dos melhores. Tocada pessoalmente pelo casal de donos, Ana e Ciro, essa pousada em meio às montanhas e cachoeiras de Cunha, São Paulo, tem pouquíssimos funcionários (que, aliás, você quase nunca vê, de tão eficientes) – mas prima pelo serviço tão perfeito que parece ter uma equipe gigante por trás de tudo. Nada como o charme do toque especial dos donos num hotel. Especial, de verdade.
Obrigadíssima pela dica.
Adoro as dicas das pousadas brasileiras, porque anoto todo pelas futuras visitas ao seu pais.
As pousadas brasileiras são uma das melhores invençôes em matéria de acomodaçoes, com os pequenos hotéis resorts, os B&B e os hospedagem rural “con encanto”
Um beijo
Carmen
É verdade Mari. Nunca tinha pensado nisso, mas tem vários hotéis que a gente fala bem e se for lembrar não tinham nada demais, mas o pessoal trata a gente que nem rei. Faz toda a diferença ser bem tratado.