A costa caribenha do México sempre foi a queridinha dos brasileiros ao programar viagens “de praia” por lá: Cancun e Playa, por exemplo, continuam no topo dos destinos desde a década de 90. Entretanto, americanos e europeus também frequentam, e já há algum tempo, a costa mexicana do Oceano Pacífico.
Quando eu visitei o México há alguns anos, chegando ao país pela primeira vez, minha parada inicial foi justamente em Los Cabos que, então, era o grande hot spot hypadinho do país. Los Cabos continua em alta, é claro, com hotelaços simplesmente irrepreensíveis na região. Mas nos últimos anos um outro destino da costa do Pacífico começou a ganhar os holofotes mundo afora como um cantinho ainda pouco explorado, com jeitinho mais “exclusivo”: Punta Mita.
Colada à já decadente Puerto Vallarta – decadente porque, assim como Acapulco, viveu seus dias de glória no turismo nacional há algum tempo mas depois caiu muitíssimo na preferência dos viajantes – Punta Mita tem se consolidado com um recanto queridinho do turismo de luxo no país. E, por isso mesmo, acabou virando um baita destino para lua-de-mel que, enfim, os brasileiros também começam a descobrir.
São 40 minutinhos de carro desde o aeroporto de Puerto Vallarta até a entrada de Punta Mita; fica na ponta norte da Baía de Banderas, no pedaço do litoral mexicano que é chamado de Riviera Nayarit.
Originalmente chamada de Punta de Mita, acabou ficando internacionalmente conhecida sem a preposição depois que big grupos de investidores se instalaram ali para explorar a região com dois condomínios de villas, hotéis e imensos campos de golfe. Mas exceto pelos restaurantes dos hotéis e um ou outro estabelecimento bem pé na areia, não rola agito, não. Nem vida noturna não tem. Sossego absoluto (não à toa, celebrities e políticos são figurinhas fáceis por lá).
A grande pedida ali são curtir o relax da praia e aproveitar os esportes aquáticos: apesar de “curtinha”, tem a costa bem recortada e “praias” bem divididas entre mar cheio de ondas (tem um point impressionante de surfistas profissionais numa das extremidades), mar piscininha pelos recifes de corais (bom para mergulho, snorkel e caiaque) e uma parte toda queridinha dos pescadores esportivos – e de dezembro a abril ainda vira palco de observação de baleias.
E bem, bem do ladinho mesmo – coisa de 15 minutinhos de carro – fica o fofíssimo pueblo de Sayulita, que ainda tem meio o jeitinho de vila de surfistas e hippies que acabou fazendo a fama do lugar nos anos 70. Restaurantes simples, cafés e lojinhas de artesanato bem local, num clima muito, muuuito dolce vita, que vem encantando os europeus há um tempão.
Mas o que vem mesmo à minha cabeça quando eu penso agora em Punta Mita, recém-chegada de lá? O por-do-sol. Todo dia. Daquele tipo que todo mundo para o que estiver fazendo – literalmente – para ver o sol ficando vermelho, vermelho, ao ser engolido pelo mar enquanto o céu se enche de tons de rosa, laranja, lilás, violeta… uma lindeza.
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