Voos cancelados e afins

Eu sempre defendo que os pepinos de viagem, por mais estressantes que sejam na hora H, depois viram lenda, causos, histórias e a gente sempre, sempre, semrpe acaba tendo uma história engraçada ligada a eles para contar. Tipo #polyannafeelings mesmo.
Mas só quem já passou por problemas como voos cancelados, malas extraviadas e outras coisas do gênero sabem quão chatas essas coisas são enquanto acontecem. E quão calmos precisamos nos manter para saber exigir nossos direitos e lidar com esses imprevistos. Principalmente quando temos alguma culpinha nesse cartório.
Na viagem à França, eu fiz algo que NUNCA recomendo aos amigos e leitores: emiti dois bilhetes sequenciais, mas separados, em companhias aéreas diferentes. Como o bloqueio dos voos para Paris oferecido pela operadora saía do Rio, eu emiti SP-Rio separado. Claro que deixei boas sete horas de intervalo entre a chegada de um voo e a saída de outro, justamente achando que, assim, eu lidaria bem com atrasos e tal.
O susto já começou na ida: não tinhamos teto para pousar no Rio e o piloto avisou que teria que desviar o voo para Confins (!!!!) e de lá seríamos acomodados em outro voo para o Galeão. Foram 25 minutos sobrevoando o Rio com o coração na boca. No fim, conseguiram teto e deu tudo certo; mas, se não tivesse, eu teria perdido meu voo Rio-Paris e babau excursão.
Só que na volta rolou pepino de novo: o avião da Air France que nos levaria de Paris para o Rio apresentou problemas técnicos e o voo foi cancelado – sairíamos só no dia seguinte, e eu chegaria no Rio, obviamente, muito depois do meu voo para SP ter partido. Tentei de todo jeito argumentar para a AF me colocar num voo para SP, ou providenciar um novo voo Rio-SP para mim, mas eles estavam irredutíveis: “nosso contrato com você prevê apenas que você chegue ao Rio”. Como Murphy nunca faz pouco, não consegui falar na Azul no call center para remarcar meu voo, a remarcação online estava fora do ar e mocinho do chatAzul disse que não era possível alterar passagem pelo chat. Osso.
Como sou uma mocinha de sorte, e o pessoal da Azul é mesmo 100% sempre, quando eu cheguei no Galeão e já não tinha mais assentos à venda que os voos do dia estavam lotados, me colocaram na frente na lista de espera e, voilá!, graças a um “no show” no último voo para Viracopos eu fui reacomodada e cheguei sã e salva em casa.
Mas daí fica a lição para vocês todos e a definitiva para mim: nunca, nunca, nunquinha da silva devemos aceitar emitir voos sequenciais que não estejam todos no mesmo ticket. Além dos inconvenientes básicos – a franquia de bagagem super diferente nos voos nacionais e internacionais, por exemplo – a  gente só conta com apoio e cobertura da companhia aérea se tiver comprado mesmo tudo junto, num mesmo bilhete.
Eu faço aqui meu mea culpa por ter cometido um erro tão tonto, tão primário, tão mirim. Mas você, porfaplease, anota aí a moral da história para NEVER EVER fazer igual.
Merci.

12 Comentários

  1. É engraçado como a gente aconselha sempre as pessoas a fazerem o correto e vez ou outra acaba fazendo o contrário. Eu tbm estou ansiosa por um voo de conexão super apertada q vou pegar em breve. Apenas 1h30 entre a chegada de um e a partida do outro. POr mim eu não teria escolhido esse, mas como não vou sozinha, minha opinião era minoria…espero que corra tudo bem…mas é assim mesmo, as vezes a gente escorrega bem ali onde avisamos que existe a casca de banana. Fazer o q? somos humanos!
    beijo gde

  2. É engraçado como a gente aconselha sempre as pessoas a fazerem o correto e vez ou outra acaba fazendo o contrário. Eu tbm estou ansiosa por um voo de conexão super apertada q vou pegar em breve. Apenas 1h30 entre a chegada de um e a partida do outro. POr mim eu não teria escolhido esse, mas como não vou sozinha, minha opinião era minoria…espero que corra tudo bem…mas é assim mesmo, as vezes a gente escorrega bem ali onde avisamos que existe a casca de banana. Fazer o q? somos humanos!
    beijo gde

  3. Karla, mas se a conexão é entre dois voos que estão no mesmo bilhete, menos mal; a companhia terá mesmo que te entregar de um jeito ou de outro no destino final. O único periguito nesses casos de conexão apertada é a nossa mala não chegar junto com a gente 😛

  4. Caramba,que perrengue Mari.
    Acabei de emitir minha volta de Londres em um voo com conexão super apertada (1 hora)… mas a conexão é vinculada (ambos os voos são da air france)…
    Só fiquei com uma dúvida: como emiti minha ida e volta separados, pois usei milhas, o meu voo da volta não tem direito aquela franquia de bagagem especial para brasileiros (duas malas de até 32 kg cada???
    beijoss

  5. A dica do post é essencial, Mari, mas a Air France já me deixou vendo aviões mesmo com o trecho doméstico emitido no mesmo bilhete. O vôo Paris-Rio atrasou e eu perdi a conexão para Brasília, que era operada pela TAM, mas foi comprada no site da companhia francesa, junto com o trecho internacional.
    Foi um sufoco: a TAM dizia que não era com ela, a Air France dizia o mesmo… Rodei a baiana e fui socorrida pela ANAC, que conseguiu me colocar num vôo para casa, várias horas depois do que estava previsto…

  6. Uma chatice isso, Mari. Mas no meu caso que não moro em SP nem no Rio, ou em nenhuma outra capital de onde partem voos internacionais, tenho que geralmente pegar um voo até SP, e não existem voos vinculados que saem daqui, a não ser que seja um voo dentro da Am. do Sul, e que eu vá de GOL ou TAM.

    Ano passado perdi um voo por causa disso. Fui pra Buenos Aires e comprei passagens desvinculadas (comprando vinculado é o sistema da cia que “escolhe” os voos, o tempo de espera no aeroporto geralmente é longuíssimo). Enfim, comprei desvinculado por n motivos e tb pq daqui até SP fui com milhas. Bom, o voo para SP fazia ainda conexão em Brasília, e o avião que sairia de lá atrasou o suficiente pra eu perder o avião de SP para BsAs. O tempo que eu tinha deixado para fazer o check-in em SP era mais que suficiente. Foi horrível, passei a noite no aeroporto e ainda tive que comprar outra passagem em cima da hora em outra cia. Mas não considero minha culpa, não tenho culpa da cia aérea atrasar. Tanto que gerou um processo.

  7. Mari,
    A gente fica tentada a fazer essas coisas, apesar de saber que não deve.
    Quem já trabalhou em laboratório da área de saúde/biomédica sabe que a frequência maior de acidentes ocorre em dois grupos: os inexperientes e os muito experientes! Os inexperientes erram por não dominarem a técnica e os muito experientes, por excesso de confiança, acabam não seguindo as boas práticas! 😉
    Enfim, que bom que tudo se arranjou e você ainda nos fez um alerta!
    Bjs

  8. Olá Mari. Tenho um voo de Marrakech a Madrid, que chegará em MAD às 17 e um saindo de lá, por outra cia, não vinculado, às 20:45. Terei q pegar pagagens, passar pela imigração e fazer o check in na nova cia. Acha muito arriscado?

    • Pessoalmente acho arriscado, Leonardo. Vc tem como trocar? porque há vários fatores: o voo Marrakech-Madrid pode demorar pra sair, a fila de imigração pode estar grande, a fila do check in (mesmo se tiver feito online, caso tenha que despachar bagagem) também… a gente nunca sabe. São 3h45 e intervalo, em teoria, massss…. eu pegaria folga maior, se possível. Ainda mais que o aeroporto de Barajas é imenso e você provavelmente precisará trocar de terminal.

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