Mashpi Lodge, Equador

Room with a view: literalmente!

Como eu contei no post anterior, fui parar na porção equatoriana de “bosques nublados” ou “floresta nublada”, como eles mesmos definem, localizada a mais ou menos 3h ao norte de Quito. Essa área imensa de mata nativa é conhecida como reserva biológica Mashpi e foi ali, em 1300 de seus muitos e muitos hectares, que inauguraram esse ano o Mashpi Lodge, um hotel que pretende ser verde e sustentável sem abrir mão do conforto dos hóspedes.

Materiais naturais em toda parte…

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… e banheiros sensacionais

O hotel opera em sistema quase tudo incluído: transfers de e para Quito, pensão completa e todos os passeios estão incluídos, assim como água e sucos frescos à vontade (os sucos, btw, são fantásticos; refrigerantes e bebidas alcoólicas é que são cobrados à parte, e daí bem inflacionadinhos: uma taça de vinho regular vale 10 dólares).

Tem também duas salas de tratamento no spa e jacuzzi aberta aos hóspedes

O mais legal da arrojada construção, muito contemporânea em meio à selva, é que, garantem, não foi derrubada uma única árvore para dar lugar a ela: a casa sede do hotel ocupa a clareira aberta pela antiga madeireira que antigamente era proprietária do lugar (há várias fotos por lá pra gente acompanhar todo o processo de construção do hotel). E foram utilizados muitos materiais reciclados ou reaproveitados na construção, valorizando o máximo possível de luz solar, para também economizar energia elétrica.

Os corredores do hotel também têm vista para a floresta e assim ficam super iluminados

 

O hotel visto de fora

Os funcionários em geral são muito jovens e, vindos da própria comunidade local, estão tendo ali seu primeiro emprego em hotelaria; e, ainda assim, funciona muito bem, são bastante gentis e prestativos. Os quartos são lindos, espaçosos e ultra iluminados e, o melhor, partilham todos exatamente da mesma vista: pelo menos uma parede inteirinha do quarto é de vidro e a gente tem a sensação de estar numa casinha sobre a árvore :))))))

Dentro da floresta não circulam carros; só esses carinhos de energia “carregável”
E o restaurante também usa e abusa da luz natural com pé-direito altíssimo

A internet é grátis mas, sendo satelital, ainda tem que melhorar bem (consegui usar muito pouco nos dias que estive lá, caía sempre). Não existem TVs nos quartos, o que acho absolutamente louvável; a única TV é uma LCD bem grande na sala principal, usada mais para as explicações dos guias antes das excursões que qualquer outra coisa. E os livros sobre a região, pássaros, plantas e demais animais, dispostos na frente da lojinha do hotel não estão à venda, não; são todos para empréstimo gratuito aos hóspedes.

Codinome beija-flor 😉

O programa ali é acordar cedinho (o birdwatching começa pontualmente às 6h30) e dormir cedo também (lá pelas 23h já nem há mais movimento no hotel). O birdwatching, aliás, é sensacional: os pássaros praticamente pousam no terraço do último andar do hotel (são 3 andares, contando o térreo) e os guias ainda contam sempre com binóculos e lunetas pra gente poder observar melhor os que estão mais distantes. Tucanos ali são frequentes e há também uma estação à entrada da propriedade montada exclusivamente para observar os colibris/beija-flores ali: são muitos, e de muitas espécies diferentes.

O lodge visto do alto da torre de observação, literalmente no meio da selva

Na véspera de cada dia, o guia se reúne com seu grupo (máximo de seis pessoas por grupo) para discutir os passeios do dia seguinte; são majoritariamente trekkings pela mata, mudando apenas o itinerário e o nível de dificuldade (a maioria deles termina numa cachoeira ou queda d´agua). O hotel empresta galochas para todos e recomenda que as use – e eu também recomendo muito: como a floresta é nublada, a terra está sempre, sempre úmida, chove muito; as galochas dão muito mais segurança nas caminhadas (sobretudo nas descidas, que são muitas).

O hotel ainda todo encoberto pelas nuvens que tomam o bosque logo cedo…
…. que é a hora por excelência do birdwatching

Nas caminhadas, que acontecem tanto de dia quanto de noite, fizemos várias paradas ao longo do caminho para observar e ter explicações sobre plantas e flores e também para acompanhar e observar os muitos animais da região: cobras, aranhas, insetos de todo tipo, pacas e cotias, macacos e outros animais endêmicos. Só não vimos o puma 😉

A torre de observação vista da base: guarde fôlego para subir

A propriedade ainda tem uma torre de observação de altura equivalente a um prédio de oito andares do alto da qual a gente entende bem a reserva e a geografia curiosa da floresta. Além disso, montaram um Centro de Vida para ajudar na reprodução de borboletas.

A floresta literalmente “sob meus pés” durante o passeio de Sky Bike…

Mas a grande vedete do hotel acabou sendo sua “sky bike”: uma bicicleta acoplada a uma linha de tirolesa na qual podemos “voar” sobre a floresta, numa altura de mais de 60m no trecho mais alto. De uma margem à outra, a bicicleta só se move conforme pedalamos, num trajeto de 10 a 15 minutos, dependendo do ritmo de cada um; não existe nenhuma eletricidade envolvida; e a vista lá de cima é realmente sensacional.

… e um casal de hóspedes dinamarqueses felizes da vida  terminando seu passeio pelos ares
A caminhada pelo solo sempre lamacento…
… nos leva ao ritual diário de “lavar as botas” antes de entrar no hotel novamente
As curiosas borboletas do Centro de Vida

A cozinha, sob comando do quiteño David Barriga, é muito boa e sempre lindamente apresentada. O David, super simpático (e louco por futebol, já disse que vem ao Brasil para a Copa), trata de fazer pratos típicos equatorianos naquela vibe da “desconstrução” (comi um ceviche, por exemplo, que vinha com todos os ingredientes separadinhos e eu mesma, no meu prato, que juntei todos eles, conforme meu gosto).

O simpático David explicando sobre chocolates para os hóspedes
Design na sala principal…
… e vista geral da lojinha do hotel

Mas o que mais me impressionou, na verdade, foram os níveis de ruído, baixíssimos; não só os funcionários são silenciosos como também a construção é silenciosa em si (o vaso, por exemplo, mal emite um sonzinho quando damos a descarga, assim como pia, chuveiros etc). Depois me contaram que a ideia é essa mesma: perturbar o mínimo possível os animais que rodeiam a casa.

O lodge parece pequenino, pequenino, visto do alto

Mais informações sobre o Mashpi Lodge aqui.

Belíssimo hotel.

 

 

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6 Comentários

  1. Emilia, é lindo, não é?

    Gabe, sabe que eu também voltei pensando isso? Que vou acompanhar bem de perto, pra conferir se ele é tão verde como garante que é. Porque a proposta é sensacional. O tipo de hotel que eu amaria que os gringos pudessem encontrar na nossa Amazônia também.

  2. Mari,
    Adorei o hotel! Não sei se andaria na sky bike, mas a idéia é boa!
    Uma das dificuldades em se manter um hotel “verde” – do pouquíssimo que sei sobre o tema – é a destinação e tratamento do esgoto. Eles falaram alguma coisa a respeito?
    Bjs

  3. Mari, você sempre fazer descobertas interessantes e muito bonitas. Com seu blog, viajo todos os dias pelo mundo e sempre me surpreende o quão grande e maravilhoso é o mundo que nos rodeia.

    Suas notas sobre os hotéis que conhece ou visita em suas viagens, são sempre excelentes.
    Bjs
    Carmen L.

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