Marrakech: Guéliz e a rue de la Liberté

A praça principal do comércio de grandes lojas de Guéliz e o McDonald´s q virou ponto de referência para taxistas 😛

Guéliz é como é conhecida uma das mais populares áreas da “cidade nova” de Marrakech (a Medina é a “cidade antiga”, para quem não lembra). Também chamada pelos próprios marroquinos (em francês) de “ville moderne” ou “quartier européen”, a região (que quem já visitou Marrakech geralmente lembra como “aquela parte pros lados do McDonald´s), o bairro do francês Henri Prost se estende da avenidona Mohamed V até a Medina e é famoso pelo aglomerado de lojas que vão de pequenas portinhas vendendo artesanato a boutiques de luxo e lojas de fast-fashion européias. E pela grande quantidade de bancos, atms e casas de câmbio que, mais cedo ou mais tarde, acabam sendo visitados pela maioria dos turistas 😉

Mas o mais bacana da região são suas pequenas ruas perpendiculares à avenida, repletas de charmosos cafés, galerias de arte e lojinhas cheias de bossa, como algumas com objetos de design para casa. A área também é quadrilátero seguro para quem acha as negociações e barganhas no souk mais extenuantes que divertidas, com tantas lojas “comuns” por ali.

A Rue de la Liberté é o grande tesouro da área, com ótimas lojas para comprar mercadorias em couro (de verdade) e diversas galerias de arte tipicamente local – e cafés tipicamente franceses, com as cadeiras todas viradas para a rua e tudo.  Para consumidores de plantão, vale xeretear os sapatos originais (para homens e mulheres), feitos à mão, da Atika Chaussures no número 34; as adoráveis coisinhas para casa (de copos de chá marroquinos a tapetes) da L´Orientaliste no número 15; as toalhas, capas de almofada etc da Scènes de Lin no número 70;  as bolsas e casacos de couro da Place Vendome (entrada pelo número 141 da Mohammed V); os objetos africanos da Darkoum no número 15. Recomendo muito a parada de todos – consumistas e fãs de arte ou não – na Gallery 21, no número 36, para ver os lindos trabalhos em pintura e fotografia hiper-realista do inglês Alan Keohane; e a Galeria 127 (já na Mohammed V), a mais antiga galeria fotográfica do Magreb. E, é claro, terminar o rolê com os docinhos e biscoitos da a-do-rá-vel pastisserie Al Jawda no número 11 e os chocolates artesanais da Jeff de Bruges no número 17.

 

 

 

 

 

 

 

As demais ruas perpendiculares à Mohammed também estão repletas de lojinhas, boutiques e cafés perfeitas para uma deliciosa tarde de caminhada (se você for bem no finalzinho da tarde, vai acompanhar a mudança de cenário quando as luzes começam a se acender e os cafés a encher; mas não vá muito tarde porque as lojas fecham cedo).

Vale lembrar que essa área mais jovem e vibrante (por ali você vê marroquinas em roupas tão ocidentais como as nossas, sobretudo na vida noturna) também ficam o belíssimo Teatro Real de Marrakech e o mercado coberto (com stands de souvenirs, açougues, quitandinhas etc), que valem a paradinha.

A cúpula do belo Teatro Real…
… e a fachada da novíssima (e lindona) estação de trens de Marrakech

Em tempo: em táxi ou no ônibus do citysighseeing, é facinho; o táxi pode te deixar já na esquina com a avenida Mohammed V (Vous pouvez me prendre au Rue de la Liberté dans Gueliz, si vous plait?) e o ônibus tem uma parada a duas quadras, na própria avenida.

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20 Comentários

  1. Mari Campos! Olá!

    Eu e meu marido estamos com o pé no Marrocos, planejando uma viagem com a Air Maroc diretamente de São Paulo para Casablanca, com destino a Marrakech. Porem, devido aos dias dos voos de ida e volta, teremos 6 noites em Marrakech.

    Sim já pensamos em ir ate Fez ou ao Deserto e dormir em outras cidades, mas as longas horas de carro nos desencorajaram à isto (os voos internos da Air Maroc parecem não ser muito confiáveis também, além de horários de conexão não muito amigáveis). Então, tendo 5 dias inteiros por lá, você poderia nos ajudar com as seguintes questões?

    1) Pelo que tenho lido, até mesmo em guia, parece que 3 dias inteiros realmente já estariam de bom tamanho por lá, você concorda? Além dos passeios tradicionais, achei no seu blog esta região “nova” que você visitou. Me pareceu bacana (mulheres, rs). Você tem alguma outra sugestão para preencher o tempo?

    2) Pensamos em fazer bate-voltas, já vimos que você recomenda e fica “perto” a cidade de Essaouira, né? Além de algumas partes das Montanhas Atlas. Dessa forma, você acha ok ficar 6 noites em Marrakech? Como poderíamos dividir isso ou ocupar melhor nosso tempo?

    Adoramos seu blog e ler suas dicas, parabéns!!!
    Muito obrigada!
    Tatiana

    • oi, Tatiana! não acho muito tempo, não. Marrakech tem muito pra ver e fazer além das atrações turísticas tradicionais e da Medina. Tem ótimos museus, a cidade nova, vida noturna bacana e ainda os bairros distantes, como o Palmeirae. Da primeira vez que fui, fiquei 8 dias e só fiz bate-e-volta em dois deles. Como bate-e-volta recomendo muito Essaouira (linda, linda, linda!) e o Vale de Ourika (para ver o Atlas, as oliveiras, cachoeiras etc). Dos sete dias (6 noites), como no dia de chegada e saída vcs provavelmente verão pouca coisa por causa dos voos, se fizerem os dois bate-e-volta ficam exatamente 3 dias inteiros para ver Marrakech. Acho bom 🙂

  2. Oi Mari! Obrigada pela sua resposta!

    Isso, chegamos em Marrakech num sábado a noite, e voltamos para Casablanca numa sexta de manha, sendo 6 noites e 5 dias inteiros na cidade. De 5 dias inteiros, acho que o bate e volta de Essaouira faremos sim (só por causa do seu post heim! hehe). Daí entre os dias restantes, acho que veremos na hora se saímos pra mais um bate-volta ou não. Minha preocupação seria, se não tivermos no pique (muito calor, algo assim), será que ainda sobra algo interessante pra fazer por Marrakech mesmo? rs. Tenho medo de acabar ficando cansativo.
    Ah outra perguntinha, tenho lido muito sobre pessoas que passam mal com a comida local (ou com a água). Você teve este tipo de problema? Ai que medo!

    Obrigada novamente!
    Tatiana

    • Não tive em nenhuma das duas vezes. Mas sou, em geral, bastante cuidadosa com isso. Água, só bebo de garrafinha que compro fechada – nunca da jarra. E comi também em estabelecimentos próprios, regulamentados, restaurantes mesmo – deixei pra me aventurar nas barraquinhas da Djeema El Fna só nos dois últimos dias. Única coisa que eu consumia/me aventurava todo santo dia, das duas vezes que fui a Marrakech, era o suquinho de laranja das barracas de Djeema El Fna – custa tipo 4 centavos de euro e é maravilhoso, fresquinho. Quanto à sobrar tempo, depende muito dos interesses de vocês. Pra mim, não sobrou de nenhuma das duas vezes. São vários museus e palácios dentro da Medina que são maravilhosos e também tem lugares interessantes pra visitar fora, como os jardins de Menara e Majorelle, a cidade nova, Palmeirae etc. Sem falar nas várias visitas às barraquinhas da Medina 🙂 Além das comprinhas, o souk é um mundo à parte, gigantesco, é gostoso mesmo se perder lá dentro. E acho gostoso por lá parar aqui e ali pra um autêntico chá (ou café) marroquino, observar nas ruas a curiosa mistura dos moradores mais tradicionais e dos jetsetters lado a lado (Marrakech é ótima para people watching), fazer refeições boas e demoradas, sair à noite. Ainda mais que você vai com marido e pode andar sossegada o tempo todo 🙂

  3. Somos um grupo da terceira idade que gostaria de fazer uma viagem de trem na Itália, mas nos esbarramos nas malas. Você tem conhecimento se há nas principais estações de trem da Itália o serviço de carregador de bagagens, ou seja, um serviçal que coloque a mala dentro do trem?

    • oi, Catia. A maioria das estações italianas não possui esse serviço, não. Em cidades muito grandes como Roma e Milão vocês até podem dar sorte de encontrar (não é comum), mas nas menores, não. Em geral, não costuma ser difícil a operação porque muitos trens italianos (sobretudo os melhores, como Eurostar e Frecciarossa) às vezes nem apresentam degraus entre a plataforma e o trem. E os bagageiros costumam estar logo nas extremidades de cada vagão. Mas recomendo que vocês levem malas leves (à medida do possível) e de tamanho médio porque os bagageiros dos trens não estão adaptados para acomodar malas maiores.

  4. Oi Mari!!

    Estou indo para Marrakech semana que vem, gostaria de dicas de passeios(agências para tours) e hotéis, vale a pena ficar na Medina, estou indo sozinha.

    • oi, Ana Paula, tudo bem? todas as minhas dicas sobre passeios, restaurantes, o imperdível, vida noturna e hospedagem em Marrakech vc encontra aqui, ó: http://www.maricampos.com/tag/marrakech/ 😉 Se for ficar dentro da Medina, certifique-se de ficar num hotel de acesso MUITO fácil desde a praça principal Djeema El-Fna – a Medina é um labirinto de ruas e perder-se por ali viajando sozinha pode ser estressante.

  5. Oi, mari!

    Vou para marrakesh em março, só que nos primeiros dois dias fico sozinha. Minha dúvida sobre em se hospedar na medina é sobre as malas. Li que dependendo da localização, muitos riaads não possui acesso para carros, de modo que as malas tem que ser carregadas a mão. Como já vou vir de outros lugares e com compras, vou estar um pouco carregada de malas (já que o aeroporto não tem serviço de gurada-volumes). Elas ttem rodinhas, mas imagino que não seja possivel arrastá-las pela medina…Existe serviço de carregador de malas (seguro) na praça Djeema El-Fna? Seria uma boa opção ficar no bairro Gueliz? è f´cil ir para a medina de lá? Abraços e obrigada

    • Oi,Adriana. É verdade, sim. Muitos hotéis dentro da Medina são em ruelas meio “escondidas”, nas quais não é possível passar carro. E o serviço de maleteiro, a menos que seja do próprio hotel, eu não recomendaria, não – vários leitores relataram experiências meio chatas com isso. Eu, particularmente, gosto de ficar fora da Medina pelas facilidades mesmo – táxi, bancos, acesso rápido a bares e restaurantes etc. De Guéliz e outros vários bairros fora da Medina dá pra chegar bem fácil nela, seja com táxi ou com os ônibus tipo City Sightseeing, que são uma suuuuuper mão na roda para mulheres viajando sozinhas na cidade.

  6. Oiii! Fico em Marrakesh 3 dias inteiros, pensei em dividir assim: 1o- ver o que tem pra comprar, olhar bem e a noite conhecer um lugar legal pra jantar; 2o- ir à Essauoira e Vale de Ourika; 3o- fazer as compras realmente é conhecer Guéliz, parece bacana ou ir à Palmeirae, é o bairro novo, né? Que achas? E a noite, muito perigoso, estaremos em duas primas. Excelente seu blog, obg

    • Oi, Glicia. Onde vcs estarão hospedadas? À noite não é exatamente perigoso, mas é preciso algum cuidado. Só tomem táxi que o próprio hotel e o próprio restaurante chamarem, nunca tomem táxi na rua. E se ficarem hospedadas dentro da Medina prestem MUITA atenção no caminho de/para o hotel/riad para não se perderem.
      Um lugar bem gostoso e seguro para se ir à noite em Marrakech é o Bô-Zin. Espiar as barracas e fazer comprinhas no Souk é sempre um bom programa. Ver a Djeema El-Fna ao anoitecer também é um programão. Já fazer Essaouira e Ourika no mesmo dia acho MUITO difícil; melhor vcs escolherem apenas um deles, ok? No terceiro dia, dá pra fazer Guéliz de manhã e Palmeirae à tarde, se quiserem. Tem também as atrações turísticas de Marrakech, que eu recomendo muito: o Jardin Majorelle, os incríveis museus e a madraga da Medina.

      • Oiii! Obrigada pela atenção e rapidez. Quanto ao Bô-zin, é um restaurante? E perto tem barracas pra compras? Fecham a que horas? Vou início de setembro, e não terei muito tempo pra tudo que gostaria e duas dicas são perfeitas. Ficarei no Riad Mabrouka, penso ser bom, mas… grande ?

        • Bô-zin é um bar e restaurante bem gostoso. Mas é afastado, pra ir à noite – não tem nada perto pra comprar e é fora da medina. Barracas de compras são só no souk mesmo, dentro da medina, e o negócio é vocês fazerem as compras durante o dia.

  7. Oi ! Mari você sabe a real história daquela foto grande de um senhor ( aparentemente idoso)
    Esta foto esta em uma esquina perto da Estação de Onibus? Esta foto esta num paredão.
    ouvi muitas histórias sobre a “foto”esta estampada em uma fachada de um prédio.

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