Cruzeiro pelo Alasca: a escala em Ketchikán

A última escala do cruzeiro pelo Alasca (antes dos últimas 40h de full navegação até o Canadá) foi na pequena Ketchikán, considerada a “capital mundial do salmão”. A escala foi das mais curtas do cruzeiro, mas o dia estava lindo: céu azul na maior parte do tempo e temperatura beirando os 20 graus (verãozaço para os moradores locais, que andavam de shorts, minissaia e até sem camiseta pela cidade :D)

O Silver Shadow ancorado em Ketchikán

O portinho onde param os navios – éram três naquele dia – fica em pleno centrinho, facinho, facinho, para explorar a cidade por conta própria. Desburocratizado, mais parecia uma sequência de piers que um porto; a gente saía do navio e já estava na cidade. O escritório de turismo fica bem na área de desembarque dos navios e tem mapas bem legais para quem vai passear por conta própria.

A escala curta não foi um problema porque a cidade é muito fácil de percorrer (dá pra fazer quase tudo andando, a bem da verdade) e bem auto-explicativa (cartazes, placas e banners estão espalhados por todo canto, indicando atrações e explicando detalhes históricos)

Entre o mar e as montanhas, literalmente, Ketchikán fica ainda mais bonita com as casas pré-fabricadas coloridas típicas do Alasca e o mundaréu de barquinhos de família ancorados na marina que fica depois do porto.

Uma grande passarela de madeira e concreto contorna toda a “orla”, entre uma estátua e outra. Do outro lado, uma infinidade de lojinhas de souvenirs, roupas de frio (bastante baratas), pipocas “gourmet” (sim, de novo!!!) e semi-jóias se enfileiram.

Ketchikán, além de ter sido a primeira cidade do Alasca e ser a tal “capital mundial do salmão”, ficou mesmo mundialmente conhecida por seus inúmeros totens. Além dos vários totens espalhados pelo centrinho (alguns originais, outros fakes nas lojinhas), o Totem Heritage Center (um pouquinho mais afastado) reúne vários exemplares originais e conta um pouco de sua história (mas achei o museu bem menor e menos interessante do que supunha, para dizer a verdade; o Totem Bight State Historical Park e o Saxman Totem Pole Park, já fora da cidade – precisa de carro ou tour pra chegar lá – são mais legais).

São menos de 13 mil habitantes que vêm sua população quase dobrar diariamente durante a temporada de cruzeiros. O centrinho gira em torno da muvuca turística da beira-porto e da fofa, fofa, fofa Creek Street – que, em outros tempos, era o Red Light District da cidade.

A Creek Street está toda construída sobre palafitas e a gente circula entre as lojinhas e atrações andando sobre passarelas de madeira que me lembraram muito a linda Tortel, da Patagonia Aysén, no Chile.

Cascatinha em pleno centrinho onde havia uma foca dando sopa no dia da minha visita
Funicular “elevador” para subir as íngrimes ladeiras da cidade

Como a região é bastante montanhosa, parte da cidade é “morro acima” e tanto moradores quanto turistas se valem de funiculares para circular entre elas (você paga US$2 para um dia inteiro de andanças pra cima e pra baixo – e ganha um carimbo na mão 😛 )

É na Creek Street que fica o bizarrinho museu Dolly´s House, que, teoricamente, mantém os aposentos originais do antigo bordel da cafetina Dolly que funcionava por ali.

A vida em Ketchikán é pacata, tranquila e quieta como na maioria das cidades do Alasca que visitei. Quase não há fluxo de veículos e o silêncio só é quebrado por um ou outro dando uma canjinha musical aqui e ali 😉

O Tongass Historical Museum reúne artefatos nativos e relíquias dos primeiros exploradores da região, contando um pouco da história da mineração e da pesca que colocaram a cidade no mapa.

Melhor sinalização de ruas e atrações de toda a viagem

Para quem não quiser andar até o museu dos Totens, que fica mesmo mais longinho, tem um ônibus show de bola, gratuito, que circula pelas principais atrações da cidade o dia todo, num trajeto total de cerca de 20 minutos (pra vocês verem como tudo é pertinho). Ao lado do museu dos totens, tem também um centro de preservação de águias e cervos que é legal para quem viaja com crianças.

Quem quiser visitar as atrações mais distantes, fora da cidade, e não quiser contratar um tour, conta esporadicamente com outras linhas de ônibus, a US$1 e US$2 a viagem.

Além de caiaque, pesca esportiva e trilhas pelas montanhas que rodeiam Ketchikán, um dos tours mais vendidos por ali é o Misty Fiords National Monument, geralmente em hidro-aviões.

3 Comentários

    • Puxa, só 1h30 no máximo? tão curtinho assim mesmo? Pena, porque a cidade é fofinha! Creek street é bem pertinho do porto; mas é bom ter em mente que desembarcar às vezes leva um tempinho – ainda mais num navio com muitos passageiros – e vira e mexe a própria caminhada do navio até a saída do porto já demora um tico. Eu acho que dá tempo de fazer bem rápido – sem tempo para ficar fotografando muito – mas aconselharia vc a confirmar isso com o concierge do navio antes de desembarcar, tá?

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