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O 787 Dreamliner da Ethiopian recém-chegado ao aeroporto do Galeão antes de voar para Guarulhos, São Paulo |
Nessa última segunda-feira, o Brasil recebeu, enfim, o primeiro voo de um Dreamliner (Boeing 787). Para quem curte e/ou acompanha notícias da aviação, sabe que esse foi um grande feito: apesar de recentes controvérsias, o Dreamliner está no dream team (oops, sorry pelo trocadilho :D) da aviação contemporânea, entre os grandes e revolucionários aviões que andam mudando a cara do mercado.
Enquanto ouvíamos promessas de outras companhias que já operam por aqui trazerem seus novíssimos Dreamliners para operar nas rotas envolvendo o Brasil (inclusive a LAN), qual não foi a surpresa geral ao tomarmos conhecimento de que a Ethiopian Airlines, que começa agora a voar para São Paulo e Rio, seria a primeira (enfim!) a trazer a aeronave para cá.
Aceitei o convite da Ethiopian, feito pela AVIAREPS, para participar da primeira coletiva a bordo do Boeing 787 Dreamliner como parte das atividades de divulgação do voo inaugural da Rota Addis Ababa (ou Adis Abeba) para Rio de Janeiro e São Paulo. Infelizmente, não voamos até a Etiópia, mas bem que gostaríamos 😀
A coletiva aconteceu no voo inaugural, mas só no trechinho entre Rio de Janeiro (Galeão) e São Paulo (Guarullhos) – o voo vinha de Addis Ababa, Etiópia (com escala técnica em Lomé, no Togo) e seguiria para Addis Ababa novamente.
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A classe executiva… |
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… e a classe econômica da Ethiopian Airlines |
Batizado debaixo de muita chuva ao chegar ao aeroporto do Galeão, o avião já atrai as atenções por fora mesmo, grandão quando comparado às aeronaves que estão ao lado nos outros fingers. Por dentro, ele não parece grande; apenas comprido, longo. E estava novinho, é claro, tinindo. Desenho bonito dos compartimentos de bagagem e composto de materiais que mesclam substâncias como fibra de carbono e plástico na estrutura principal (a Boeing garante, segundo Donna Hrinak, presidente da empresa no Brasil, que ele consome 20% menos combustível que outras aeronaves do mesmo porte e maior umidade do ar a bordo).
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Janelinhas com redução gradual de luminiosidade por acionamento eletrônico em todas as classes |
Chamam a atenção de cara suas janelinhas (que são as maiores da aviação comercial mundial atualmente) que não se abrem e fecham com os flips de sempre – são acionadas eletronicamente por botões na parte inferior de cada uma delas que escurecem o vidro através da redução gradual de passagem de luz.
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Design bonitón para os compartimentos de bagagem |
Durante o voo Rio-São Paulo que fizemos (na classe econômica, bien compris), a decolagem silenciosa e sem trancos foi o que mais chamou minha atenção. O 787 Dreamliner da Ethiopian que fica nessa rota Etiópia-Brasil (a companhia possui cinco aeronaves desse modelo no total) tem 24 assentos na classe executiva e 246 na econômica (na econômica, o espaço entre os assentos é o mesmo da maioria das demais aeronaves que fazem voos intercontinentais). Na executiva as comissárias usam uniforme diferente, inspirado nos trajes típicos etíopes (e comissários brasileiros devem integrar o staff da rota a curto prazo) e os voos de e para o Brasil contarão também com opção de prato típico etíope dentre as opções de menu disponíveis.
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A comissária Hilena com o traje especial de serviço da classe executiva |
Os 787 Dreamliner tiveram que permanecer em solo de janeiro a abril por dois incidentes consecutivos com suas baterias de íon-lítio. “Mas nós nunca tivemos quaisquer problemas com essa aeronave e a companhia foi a primeira a estar pronta para voltar a utilizá-lo no final desse período”, frisou Tewolde Gebremariam, CEO da Ethiopian que veio no voo inaugural.
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A coletiva da Ethiopian à bordo do Dreamliner |
O simpático Gebremariam, aliás, fez questão de cumprimentar os brasileiros pela conquista da Copa das Confederações (disse que viu o jogo no aeroporto etíope, e torceu ;D) e frisou que a nova rota não quer apenas ligar Addis Ababa ao Rio e SP mas sim conectar a África Oriental com a América do Sul como um todo, e mais rapidamente – além de promover o turismo etíope, é claro, e conectar os BRICS. “É importante destacar também que somos atualmente a única companhia aérea africana rentável”, completou.
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A lindona cabine do 787… |
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… e detalhe do sistema de entretenimento da econômica (com entradinha USB) |
De Addis Ababa é possível fazer conexão para diversos destinos da África, Oriente Médio e Ásia. Num ano em que a Etiópia apareceu nas hot lists de destinos a se visitar das mais influentes publicações de turismo do planeta, taí um grande feito.
Voarei. Ah, se voarei. =)
Voaremos, Gabe; voaremos 😉
Qual é o peso da bagagem permitido??
Depende do seu destino final, Victor. As regras variam em função do destino, mas estão todas no site da companhia.