Dicas do que ver e fazer na cidade mesmo para quem tem pouco tempo por lá
Uma das frustrações que eu trazia da primeira viagem ao Equador, em 2012, era o fato de não ter chegado a conhecer Guayaquil. Eu tinha visto a cidade, colorida e bastante “verde” do avião – já que a maioria dos voos Quito-Galápagos faz escala em Guayaquil na ida e na volta – mas não tinha ficado nem um pouquinho por lá.
Desta última vez, corrigi o equívoco: com o roteiro do Tren Crucero terminando justamente em Guayaquil, aproveitei para ficar três dias por lá para explorar e conhecer a cidade. E, para minha surpresa, achei tempo suficiente: consegui fazer ali tudo o que eu tinha planejado.
Fiquei hospedada no Oro Verde Hotel, integrante da Leading Hotels of the World. Apesar de estar na principal avenida da cidade, ele não fica na zona mais turística da cidade, mas gostei bastante da localização: está a uma curta corrida de táxi (ou uma meia horinha de caminhada tranquila) até a muvuca turística ou o Malecón e tem bastante oferta comercial e gastronômica nos arredores. Aliás, tem uma boa proposta gastronômica dentro do próprio hotel, no restaurante Le Gourmet, que mistura a culinária francesa com toques bem equatorianos num bom menu degustação e também em boas opções à la carte.
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Guayaquil (que tem com Quito uma rivalidade tipo RioXSão Paulo) tem quase 3 milhões de habitantes e, embora esteja no nível no mar e tenha pinta de cidade de praia, é banhada apenas pelo Rio Guayas. Explorar a cidade é fácil: o transporte público é decente e barato e dá pra fazer muita, muita coisa legal à pé (taxis são ok mas é melhor pegar no hotel ou chamar radio táxi). Comecei os passeios pelo centro histórico da cidade, onde ficam o comércio principal, o Museo Antropológico y de Arte Contemporáneo, os edifícios do governo, o Parque Bolivar (chamado mesmo é de Parque de las Iguanas, já que seus gramados, bancos, árvores e até a estátua do Bolívar estão literalmente tomados por dezenas de iguanas que vivem regularmente ali) e a bela Catedral de Guayaquil,
Por ali, vale também ver de perto a bela Torre do Relógio, de arquitetura árabe, e caminhar pelo Malecón Simón Bolivar (chamado localmente de Malecón 2000), um calçadão de 2,5km que margeia o rio e fica cheio de famílias e crianças locais, sobretudo nos finais de tarde e fins de semana. Ali há não apenas espaço para caminhadas, pedaladas e outros esportes, como lojinhas de artesanato, praça de alimentação e outros quiosques de serviços. É também do Malecón que partem os passeios de barco para a Isla Santay, logo em frente, onde é possível fazer passeios eco-turísticos.
Mas o que eu mais gostei da cidade são dois lugarzinhos vizinhos que ficam já depois do final do Malecón, na direção do Puerto Santa Ana. O primeiro deles é o Cerro Santa Ana, um belo exemplo de revitalização: antigamente um bairro pobre, sem infra e com fama de perigoso, o bairro nas encostas do morro teve suas coloridas casas restauradas e foi transformado em zona turística, com direito a lojinhas, bares, restaurantes e até albergue. Até a parte mais alta, são mais de 400 degraus, numa subidinha puxada; mas ir ali no final da tarde é presentão, com vista linda da cidade lá do alto na hora do por-do-sol.
Logo ao lado, na parte baixa do morro, fica o fofíssimo bairro de Las Peñas, o mais antigo e tradicional da cidade, com direito a ruas de ladrilhos e casas do final do século XIX restauradas. Lojas charmosas, bares, restaurantes, bares, galerias de arte e até um hotel boutique novinho em folha (chamado Mansión del Rio) são alguns dos atrativos dessa área encantadora. Quem quiser, pode completar o passeio caminhando ao Puerto Santa Ana, anexo a Las Peñas, que hoje abriga alguns dos edifícios mais modernosos (e caros) da cidade.
Curiosidade: no dia 31 de dezembro, é costume local promover a “quema del año viejo”, uma espécie de queima do Judas na cidade. Quem for até a calle 6 de marzo (próxima ao barrio del artillero) de novembro em diante,vai encontrar bonecos gigantes (mesmo) feitos em papel machê que são usados para a queima entre amigos e familiares. Os formatos dos ditos cujos vão de minions e smurfs a sátiras de figuras políticas.
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Gostei muito do seu artigo sobre a minha cidade natal, deu ate pra matar um pouco a saudade…