Medo de voar: o que fazer

aviãoSete fatos sobre turbulência que vale a pena saber

 

 

 

Vira e mexe recebo emails de leitores e amigos pedindo “dicas” para enfrentar o medo de voar. Em comum, a maioria deles diz que as turbulências cada vez mais frequentes têm tirado muita gente do sério nos deslocamentos ida e volta de uma viagem, uma pena.

Ultimamente, o que não faltam  são reports sobre turbulências sérias e inesperadas em voos em várias partes diferentes do planeta. Alguns com mais alarde (como o caso ocorrido durante um voo da TAM no ano passado, que vinha de Madri e precisou fazer um pouso de emergência em Fortaleza após passageiros e tripulantes terem sido feridos), alguns com menos (como os recentes casos da United nos voos a Beijing e Billings), mas todos têm um efeito meio catalisador para quem já tem um certo paniquinho de voar.

Turbulências são parte intrínseca das rotas de voo assim como lombadas, eventuais buracos e irregularidades na pista também o são durante uma viagem de carro. Ventos e o encontro de massas de ar de diferentes temperatura e pressão vão aparecer mesmo em todo roteiro aéreo, por mais cuidadosos que os pilotos sejam – na natureza, ninguém manda. Mas se você, assim como eu, não se sente a pessoa mais relaxada a bordo durante turbulências severas, alguns fatos são úteis para não te tirar do sério até chegar ao seu próximo destino:

JÁ FEZ SEU SEGURO VIAGEM? Digite MARICAMPOS5 no campo cupom para ter 5% de desconto no seu seguro!

Pensando em  alugar um carro?

Procurando hotéis para sua próxima viagem?

Que tal comprar um chip internacional com internet ilimitada para sua viagem?  Digite RBBVGRATIS no campo cupom para ter frete grátis!

  Avião

1. Casos de danos físicos provocados por turbulência severa são raros. É como acidentes: quando acontecem, ganham tanta notoriedade que, na nossa cabeça, parece que acontecem diariamente. Não é assim, não. As organizações mundiais de aviação garantem que os casos anuais de danos relacionados a turbulências são bem pouco frequentes (nos EUA, por exemplo, não chegam a 60 ao ano). Se você quiser ficar bem egoisticamente tranquilo, vale saber também que, em geral, os danos físicos causados por turbulências afetam, na imensa maioria das vezes, tripulantes e não passageiros.

2.  Tá (quase) tudo dominado. Acredite: na maior parte das vezes, os pilotos sabem exatamente quando vai acontecer – tanto que nos avisam para apertar os cintos, certo? Relatórios, inclusive antes do voo, avisam sobre eventuais casos de turbulência durante a rota. As únicas exceções ficam por conta das chamadas “clear air turbulence”, que acontecem repentinamente quando o céu está limpo, com visibilidade perfeita, e não são captadas pelos radares. E, infelizmente, estudos dizem que a quantidade de turbulências desse tipo vem aumentando (em grande parte devido ao aquecimento global) e já é o dobro do que era em meados do século passado. Nada é perfeito :/

3.  Turbulências não derrubam aviões. A gente vive ouvindo isso toda vez que um acidente aéreo inexplicável acontece (como esse último triste caso da Malaysian Airlines, que ainda tira o sono de muita gente com fobia de voar).  Os aviões atualmente são desenvolvidos para enfrentar e suportar “golpes” desse tipo.

avião

4. Pilotos são (bem) treinados para enfrentá-las.  Se nós sempre sabemos que a possibilidade de experimentarmos turbulência durante um voo é grande, ninguém sabe disso melhor do que os próprios comandantes das aeronaves. Pilotos são treinados, desde o começo, para evitar e contornar turbulências mais severas através do estudo de padrões climáticos – levando tudo isso em consideração é que as rotas de voo são definidas antes mesmo de entrarmos no avião.  O que falta hoje em dia, infelizmente, são mais comissários com bom treinamento para lidar com passageiros com crises de ansiedade ou pânico durante os voos.

5.  O aviso de apertar cintos não é mera formalidadeTudo na vida existe por uma razão, ora bolas. Não é pra enfeitar que os caras iluminam o aviso de apertar cintos – é pura e simplesmente porque o piloto acha que existe, ainda que minimamente, algum risco à sua integridade física naquele momento. Então respeite, simples assim. Manter o seu cinto bem afivelado num momento de turbulência intensa é a única maneira de evitar possíveis danos e ferimentos. Inclusive crianças (muitos pais preferem segura-las em seu colo sem apertar o cinto e relatórios provam que essa prática podem fazer a criança ser arremessada fileiras à frente em casos de movimentos muito bruscos da aeronave). Em geral, passageiros que se machucam em casos de turbulência severa são justamente os passageiros que não tinham o cinto apertado ou estavam zanzando pela cabine no momento. Mesma coisa na chegada ao aeroporto: enquanto o avião não estiver de fato estacionado e desligado, o aviso de apertar cintos estará aceso para zelar pela SUA segurança – e, claro, é esperado que você respeite o mesmo.

6. Existe luz no fim do túnel. Várias companhias aéreas e organizações internacionais de aviação dizem aqui e ali que pesquisas estão em andamento avançado para desenvolver novas tecnologias (como laser ultravioleta, por exemplo) que podem evitar os bruscos movimentos do avião em rota. #Oremos.

7. O avião chacoalhar violentamente NÃO significa que ele está prestes a cair. Pergunte a qualquer piloto e ele te dará a mesma resposta. O “chacoalhar” da aeronave numa turbulência brusca apenas quer dizer que as diferentes massas de ar e vento estão atuando sobre ela – e, teoricamente, o avião foi projetado para suportar tal movimento e o comissário, para contorna-lo.

Para tranquilidade geral da nação viajante, aproveito para linkar AQUI o ótimo infográfico da Super que o Gabe Britto recomendou nos comments. Vale ver.

Eu, que nunca tive “paixão” por voar e tenho o mesmo frio na espinha a cada decolagem, uso, durante as turbulências mais severas, a velha regra básica dos medrosos: enquanto o avião chacoalha, observo os comissários. Se eles estiverem batendo papo, lixando as unhas ou tranquilamente folheando uma revista com cara de paisagem, tá tudo bem 😀

 

JÁ FEZ SEU SEGURO VIAGEM? Digite MARICAMPOS5 no campo cupom para ter 5% de desconto no seu seguro!

Pensando em  alugar um carro?

Procurando hotéis para sua próxima viagem?

Que tal comprar um chip internacional com internet ilimitada para sua viagem?  Digite RBBVGRATIS no campo cupom para ter frete grátis!

 

12 Comentários

  1. Ótimo post, Mari! Informação é fundamental para enfrentar esses medos – por isso, também, que eu adoro assistir a programas tipo Mayday! Desastres Aéreos. Já aprendi muito ali, principalmente aprendi que é preciso MUITO para que um avião sofra algo.
    Nos casos das turbulências, recomendo esse infográfico da Super: http://super.abril.com.br/multimidia/info_432780.shtml É muito esclarecedor (e reconfortante).
    =D

  2. Excelente post, Mari. Até para quem, como eu, não tem o menor friozinho na barriga ao voar. 🙂
    ( meu pavor são mesmo os aeroportos! 🙂 )

    • concordo muito, Sérgio Murilo: entretenimento a bordo é a melhor receita contra o nervosismo. Sobretudo algo que capte bem nossa atenção, como um bom livro 😉

  3. Tenho muito medo da manutenção do avião. Minha neura é pensar se todos os parafusos foram bem apertados, se as pessoas encarregadas de checar se tudo estava em ordem não estava em um dia ruim, problemas com chefes e em casa, se não estava com raiva por não poder fazer aquela viagem também, se tinha consumido alguma droga….. Turbulências o piloto avisa, como vc bem explicou Mari. O caminho para chegar ao aeroporto é muito mais perigoso aqui em São Paulo.

  4. Adorei o post Mari! Eu tambem viajo muito e morro de medo!! E minha regra é a mesma que a sua, olhar a cara dos comissarios! Espero do fundo do coracao que eles inventem essa luz ultra violeta ou qualquer outra coisa desse tipo para ajudar a diminuir os riscos de despencar bruscamente! Já passei por cada uma dessas, que não posso nem pensar!! E em voo longo, um remedinho para dormir tambem é uma boa solução – obvio que sem efeitos colaterais e com indicacão do medico!
    Beijos

  5. Achei seu blog procurando dicas de Bali (Estou em Bali agora, :-)))

    Não tenho medo de voar, mas adorei a sua frase ” enquanto o avião chacoalha, observo os comissários. Se eles estiverem batendo papo, lixando as unhas ou tranquilamente folheando uma revista com cara de paisagem, tá tudo bem :D”.

    Vale lembrar que enquanto chacoalham, tem comissários andando pelos corredores.

    Keep the good work,

    Marcos Ténéré

Comentários não permitidos.