O charme francês de St Barth

DSC_0890 Belas praias e atmosfera francesa conquistam quem visita esse ilha caribenha

 

 

 

Dans mon île/ Ah comme on est bien/ Dans mon île/ On n’fait jamais rien/ On se dore au soleil/ Qui nous caresse/ Et l’on paresse/ Sans songer à demain

 

Vista da janelinha do minúsculo avião da Tradewind (uma empresa que faz uns voos mais confortáveis entre ilhas caribenhas), St Barth/Saint Barthélemy já me surpreendeu pelo relevo excessivamente acidentado, montanhoso, e tão coberto de verde. Mesmo com território pequenininho (são apenas vinte e cinco quilômetros quadrados de área total), suas esparsas casas mais pareciam pequenos pontos em meio a uma mata verdejante e suas “calhas” tinham um quê de desertas, sem construções ao redor, apenas alguns barcos ancorados próximos à praia.

St Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint Barthelemy

Se você não embarcou num cruzeiro pelo Caribe, só existem dois jeitos de chegar a St. Barth: via ferry desde St Maarten/Saint Martin (cerca de uma hora desde 63 euros com a Voyager, por exemplo) ou via aviõezinhos comerciais locais – o aeroporto é minúsculo (mesmo!) e grandes aviões comerciais de companhias aéreas conhecidas não chegam ali. Eu estava numa viagem a trabalho e vinha de Antigua, ilha quase vizinha, num voo curtíssimo (e lindo, lindo) de apenas 25 minutos; o pouso é um espetáculo à parte (tanto que é comum ver turistas parados à cabeceira da pista para ver a cena diariamente), com o aviãozinho passando por entre dois picos antes de pousar em uma minúscula e curtíssima pista.

Colombier <3
Colombier <3

 

St Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySeja na capital Gustavia, de cais cheio de veleiros e iates atracados e centrinho charmoso, ou em suas belas praias (algumas acessíveis apenas via trilhas ou pelo mar), St Barth/St Barthélemy é puro charme francês. E, mesmo tão democrática (há opções de pousadas a hotéis de luxo), guarda um interessante quê de exclusividade – o maior de seus hotéis (e olha que são apenas 30 na ilha toda) tem oitenta quartos e o menor, somente oito.

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As estradinhas sempre sinuosas e cheias de subidas e descidas estão por toda a ilha
As estradinhas sempre sinuosas e cheias de subidas e descidas estão por toda a ilha

 

St Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemyPara os turistas, não há formalidade de entrada – basta ter um passaporte válido e é recomendável que viajantes brasileiros tenham o certificado de vacina contra febre amarela. Batizada em 1493 por Cristovão Colombo em homenagem ao seu irmão Bartholomeu, sofreu inúmeras invasões de piratas e em 1784 foi cedida pela França à Suécia de Gustavo III, que batizou sua capital em sua própria homenagem. Hoje, a moeda corrente é o euro e a temperatura tem média anual de 25 graus centígrados (o clima de sol e calor tropical dura praticamente o ano todo e de agosto a novembro são os meses considerados mais quentes e ensolarados).

St Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint Barthelemy

A presença sueca até pode ser percebida nas construções retas e coloridas, mas no idioma, na gastronomia e na própria cultura local não há dúvida que St Barth seja hoje francesa. Apesar de tantas celebridades internacionais que são habituées da ilha, é preciso dizer que a vibe de St Barth continua deliciosamente relaxada – mas é preciso preparar o bolso, sim. Hotéis, bares, boutiques e restaurantes de grife enfiam a faca cotidianamente no turista. Também não há transporte público – apenas táxis com corridas a preços abusivos – e alugar um carro para pegar já no aeroporto é praticamente essencial.

St Barth Saint Barthelemy

Gustavia vista do barco alugado
Gustavia vista do barco alugado

 

O azul-turquesa tão típico dessa região do planeta é o maior atrativo de suas dezesseis praias, da enseada com jeito de piscina natural de Grand Cul-de-Sac, na ponta leste da ilha, à bela Saline (batizada assim por causa da antiga salina que funcionava na região e à qual só se pode chegar caminhando). Outros programões são as praias de Petit Cul-de-Sac, Flamant, Lorient ou Grand Fond. Mas minha preferida foi, de longe, a exuberante Colombier: linda vista do alto e vista de pertinho, e melhor snorkel da ilha (com direito a tartarugas!). Para chegar até lá é preciso encarar uma trilha de cerca de meia hora ou chegar em barco – e alugar um barco por um dia todo é o programa mais legal por lá. Praia calmíssima, deserta, maravilhosa. Aliás, a única construção que se vê em Colombier é a antiga (e modernex) casa de veraneio da família Rockefeller, da década de 60.

Centrinho de Gustavia
Centrinho de Gustavia

 

St Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemySt Barth Saint BarthelemyEntre uma prainha e outra, recomendo muito ver o por-do-sol no Do Brazil, dar um giro pelas boutiques e pela orla gracinha do centro de Gustavia (ali o iate gigantesco do bilionário russo Roman Abramovich virou uma das atrações; de tão grande, nem consegue entrar no porto de Gustavia) e conferir o comércio da agitadíssima Saint Jean, no litoral Norte da ilha. Escapar à filial caribenha do Nikki Beach também vale. À noite, a vedete da ilha é o Le Ti St-Barth, um cabaré de decor em veludo vermelho que é invadido por showgirls em trajes fetichistas (com DJ e tudo) sobre as mesas após o jantar como um Moulin Rouge local.

O Nikki Beach local numa sexta sossegada
O Nikki Beach local numa sexta sossegada

 

St Barth Saint BarthelemySt Barth Saint Barthelemy

Final de tarde no Do Brazil
Final de tarde no Do Brazil

 

Vibe inferninho duvidoso no Ti
Vibe inferninho duvidoso no Ti

 

St Barth Saint BarthelemyFiquei hospedada ali no excelente Le Guanahani, o único resort da ilha, localizado em Grand Cul-de-Sac. Sempre via declarações de amor ao hotel de antigos hóspedes e, olhando o site, não entendia muito – mas realmente é uma tremenda propriedade, serviço primoroso, memorável. São 68 quartos bem charmosos (e bem coloridos, com as formas suaves da arquitetura crioula dentro e fora), spa Clarins, dois ótimos restaurantes e um beach club bem, bem legal. O hotel é parte da Leading Hotels of the World e da Virtuoso, e ocupa quase 65 mil m² de propriedade privada, com direito a duas prainhas praticamente particulares – uma delas, formada pela lagoa protegida pelos recifes. Tem staff jovem e super atencioso (gracinha mesmo!) e fica pertinho do aeroporto, com traslados sem custo tanto de lá quanto do porto de Gustavia.

St Barth Saint BarthelemyLe Guanahani

A recepção bem humorada, de balcão inspirado em malas antigas
A recepção bem humorada, de balcão inspirado em malas antigas

 

 

Le GuanahaniLe GuanahaniLe GuanahaniLe Guanahani

Le Guanahani

As acomodações são divididas em bangalôs e vilas entre jardins tropicais (com direito a passarelas por entre hibiscos e palmeiras) – e todas contam com varanda particular, wifi free e amenidades Clarins e a maioria com vista para o mar. Para o lazer, fartura de esportes aquáticos como snorkeling, wakeboarding, mergulho, windsurf, jet ski e caiaque.

Le GuanahaniLe GuanahaniLe GuanahaniLe GuanahaniLe GuanahaniLe Guanahani

Risoto trufado do restaurante italiano do hotel - deu saudade
Risoto trufado do restaurante italiano do hotel – deu saudade

 

 

Vista do quarto
Vista do quarto

 

Le GuanahaniEntrei pro fã clube da ilha e do hotel 😀

 

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4 Comentários

  1. OI Mari, saudades !!! Mas vc não para né??? Adorei seu post sobre St. Barth e hotel Le Guanahani, dá vontade de ir correndo para lá !!!!!

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