Uma propriedade que é destino em si mesma num pedacinho paradisíaco do Oceano Índico
Vindo de Johanesburgo, depois de cinco horas de voo, o avião da Air Seychelles pousou em Mahé quando as últimas luzes da tarde davam lugar à noite. Não deu pra ver muito antes de pousar, e não deu pra ver nadica de nada durante o sinuoso caminho do aeroporto à entrada do hotel. Mas chegar ao Four Seasons Seychelles foi o prenúncio dos dias lindos que, contrariando a previsão do tempo no Weather Channel, teríamos pela frente: dos quartos, todos vilas independentes espalhadas por uma propriedade gigantesca na ilha, ao jantar que aconteceu imediatamente após a chegada no ZEZ, o restaurante principal do hotel (a saborosa cozinha local é uma mistura de sabores africanos, indianos, franceses e chineses, com uma pitadinha inglesa também), tudo parecia mais que sob medida.
Mas a maior surpresa veio no dia seguinte, ao levantar bem cedinho para ver o dia amanhecer da minha varanda. Imensas, as varandas dos quartos/vilas do hotel têm não só área de relax com mesa, cadeira e espreguiçadeiras, como bangalôs perfeitinhos para ler ou namorar e piscina privativa – tudo protegidinho pelo verde intenso da mata nativa da ilha, para garantir alguma privacidade. Da minha varanda, eu via o Oceano Índico de longe, emoldurado pelo terreno montanhoso de Mahé – de algumas outras vilas, de visibilidade mais ampla, sei que dava pra ver até a praia com perfeição.
O arquipélago africano de alma criola e sotaque francês é composto por 115 ilhotas no total, sendo Mahé, onde fica o resort, a principal delas. Lar de dois patrimônios da humanidade pela UNESCO (como a reserva natural Vallée de Mai, em Praslin, um dos dois únicos lugares do mundo onde o gigante e erótico coco do mar é encontrado), as ilhas Seychelles entregam toda a vibe paradisíaca que um turista espera ao embarcar para lá – tanto que os hoteleiros são unânimes em dizer por ali que seus hóspedes muitas vezes sequer deixam o hotel durante a estadia. Areia fininha, praias com jeitão de desertas, florestas tropicais, mar delícia.
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Em meio à selva e às raras fauna e flora que rodeiam o hotel, a água muito cristalina e sempre quentinha do mar (em média 30 graus centígrados de temperatura!) é convite constante ao snorkel e ao mergulho – e foi exatamente isso que eu fiz, logo na primeira manhã, antes mesmo de ir tomar o café. O Four Seasons Seychelles tem uma parceria super legal com o projeto Wise Oceans, que trabalha ali pela preservação dos corais locais – os hóspedes podem aprender sobre o projeto, ver as meninas trabalhando in loco e até ajudar um pouquinho antes de partir para o abraço no mar.
Não dei a sorte de ver as famosas tartarugas (tem a maior população do mundo das tartarugas gigantes Aldabra), arraias e tubarõezinhos de Seychelles (são nada menos que seis parques marinhos nacionais no arquipélago, mas infelizmente, como a viagem foi curtinha, acabei só entrando na água na praia do hotel mesmo), mas fiquei impressionada com a visibilidade da água e a fartura de espécies e cores dos peixes, uma delícia (e, com a água tão quentinha, meu wetsuit nem sequer saiu da mala por lá).
O interior das vilas é decorado em estilo franco-criolo, com assumida inspiração também na antiga série sobre a família Robinson. São imensas, perfeitas, apaixonantes.
O spa é um programão: além de ser o spa com a mais bela vista que eu já vi na vida (toda a baía se exibindo aos hóspedes em 180 graus), tem tratamentos incríveis. Fiz o signature treatment deles com produtos da Yi King 100% made in Seychelles, customizado de acordo com sua data de nascimento e elemento predominante segundo a medicina chinesa – e após o tratamento você recebe na sua vila um almoço levinho também customizado (comida e bebida) seguindo os mesmos princípios.
Eu estava sozinha na minha vila e devo alertar que eis aí uma propriedade (e um destino) super couple oriented – não que solo travelers e famílias não encontrem ali seu lugar, muito pelo contrário. Mas é que tudo ali é romântico, da cama com dossel ao voyeurismo do banheiro, do climão sozinhos no mundo da vila ao decor dos restaurantes. Para casais em lua-de-mel, pedidos de casamento e afins, fazem jantares à luz de tochas na praia e é possível contratar também um jantar exclusivo na Foumba, um espaço do hotel inspirado nas tradicionais casas antigas criolas (o significado de Foumba é justamente Casa Antiga) super privê. Sem dúvida, uma das propriedades mais românticas que eu já vi na vida.
Quem opta por não sair do resort, além das delícias da praia em si e da sua vila, pode entrar nos trekkings guiados oferecidos pelo próprio hotel (geralmente com direito a canela, baunilha e gengibre dando sopa pelo perfumado caminho) ou aproveitar outras atividades que também oferecem no alto das montanhas de Mahé, como meditação ao por-do-sol, yoga, aula de artes e até terapia do riso. E foi bacana ver como o hotel realmente se preocupa com sustentabilidade e preservação, incluindo medidas super inteligentes de captação e consumo de energia, reutilização da água etc, sem interferir em nada no conforto dos hóspedes.
A bem da verdade, saí do resort somente um dia para conferir os agitos do centrinho de Victoria, a “capital” de Mahé (mercado, souvenirs, praças, lojinhas, mas passeio suficiente para poucas horas) e voar à bela Praslin, outra ilha do arquipélago, para ver de pertinho os tais Coco-de-Mer no parque nacional Valée de Mer (o parque é lindo e bem preservado mas, como tudo nas Seychelles, custa uma facada – mais de 20 euros de entrada por pessoa). Um outro passeio off-Mahé bem recomendado na maioria dos fóruns (e também por amigos meus que foram e fizeram) é contornar de bicicleta a paradisíaca e pequenina ilha de La Digue.
Volto. Mas só se for muito bem acompanhada 😉
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Mari, não sei como você faz para ir a esses lugares mágicos. Aqui eu trabalho em uma área fechada e você desfrutar do mar e do sol, ao ar livre. Embora aqui, eu também gosto, em certo sentido, a deslumbrante paisagem e do seu mar de filme. Eu acho, de verdad, que o seu trabalho é uma verdadeira aventura emocionante.
Carmen, querida, meu trabalho é mesmo cheio de aventuras 🙂 Tem as burocracias e as noites sem dormir em quartos de hotel a escrever, escrever, escrever. Ter a chance de entrar no mar numa viagem a trabalho, como aconteceu num dos dias em Seychelles, também é algo muito, muito raro, infelizmente. Mas passo sempre o dia todo na rua, zanzando pra lá e pra cá, vendo coisas interessantes, conhecendo gente, que é algo que realmente adoro!