Uma exposição incrível, as festividades do 14 de julho e um restaurante novo sensacional, entre otras cositas más
Mais uma semaninha passou aqui em Paris voando! Tirando o calorão que voltou com força total, a semana quebradinha – afinal, terça-feira foi feriado e muita gente não trabalhou também na segunda – deu uma cara diferente e ainda mais relax ao verão parisiense. Aqui, das muitas coisas que fiz nos últimos dias, as mais legais, que acho que podem servir de dicas para diferentes tipos de leitores:
Passeio pelo Sena
No último finde, fiz um passeio que há muitos anos não fazia: tomei um dos tours dos Bateaux-Mouches para fazer umas fotos (o dia estava sensacional, céu azul limpinho). Eu, que vivo passeando às margens do rio, achei legal, depois de tanto tempo, ver a cidade de novo de dentro da água. Desta vez, retirei nas maquininhas automáticas do terminal da Pont de l´Alma o ingresso já reservado na internet e achei mesmo bem prático e rápido, zero espera. E o tour também foi legal, com explicações em áudio em várias línguas (português ainda não) que servem bem para quem está visitando a cidade pela primeira vez.
Tango no Sena
Faz tempo que rola, mas também fazia muito tempo que eu não assistia uma das aulas abertas de tango que acontecem durante o verão às margens do Sena. Como eu vira e mexe vou a algum lugar perto do rio – dos bares efêmeros à picnics – acabei topando com uma delas no último domingo, no fofo Jardin Tino Rossi, Quai Saint-Bernard. As aulas são abertas mesmo, é só chegar e começar a dançar – ou sentar nas arquibancadinhas e assistir.
Rola paquera forte da terceira idade (mesmo!) mas também tem gente de tudo quanto é idade que vai lá só pela brincadeira – assim como alguns casais que, seríssimos, vão lá mesmo para praticar, paramentados com vestimentas tango-inspired e sapatos próprios. O movimento é maior aos domingos e quintas, mas anda rolando quase todo dia mesmo. Divertido.
Picnic da escola
Rolou – enfim!!! – a primeira atividade social da France Langue. Na segunda, houve aula normalmente mas, como a maioria das pessoas não trabalhou mesmo na segunda, emendando com o feriado na terça, promoveram (assim,assim, porque no fundo foram os alunos que levaram quase tudo :/ ) um picnic comunitário com as três unidades da escola convidadas. O picnic rolou na noite de segunda, no Champ de Mars, de frente para a torre e acompanhando os ensaios para os shows do dia seguinte. Acostumada que eu estava com o ritmo de eventos de quando estudei na Espanha, fico torcendo para que a escola faça disso um hábito.
As festividades do 14 de julho
Vários parisienses me disseram que a noite de 13 para 14 de julho é a noite mais longa do calendário da cidade: como praticamente TU-DO fecha no dia 14, todo mundo costuma passar a noite em claro, seja em reuniões familiares em casa, jantares com amigos ou baladas mesmo. Na terça cedinho, quando o metrô abre e muita gente está voltando para casa, outras pessoas estão… saindo para guardar lugar (sim!) para o desfile militar que começa às dez horas. Bem que tinham me avisado que era programa-de-índio-nível-ver-a-virada-do-ano-na-Times Square (“a gente vê pela TV, se acordar cedo”, me disseram vários franceses): depois das dez, é simplesmente impossível chegar perto do trecho da Champs-Elysées onde rola o desfile (ainda mais que várias estações de metrô dos arredores são fechadas como medida de segurança).
Mas a grande atração das festividades da independência francesa é mesmo a queima de fogos e show de luzes que rola na Torre Eiffel à noite. Precedida por concertos, o show dura 35 minutos, começando pontualmente às 23h. Já escaldada do mico matutino e bem avisada por franceses e moradores de Paris em geral, nem me atrevi a tentar chegar ao Campo de Marte – me contaram que tinha gente guardando lugar lá desde de manhã. Mas vi o show tranquilamente, sentadinha debaixo da Pont des Invalides (um dos lugares que curto muito para picnic), com mais um montão de gente.
E dali parti para a outra big tradição do 14 de julho francês: o Bal des Pompiers, as festas que acontecem em quartéis de bombeiros do país inteiro. Só em Paris, eram 14 “casernes” fazendo a festa (muitas delas em dobro, tanto no dia 13 quanto no dia 14). A entrada, em geral, é simbólica – bombeiros uniformizados ficam à entrada pedindo “uma moeda” e há um grande cofre no qual os visitantes depositam a quantia que quiserem. Fui na do Marais, que é considerada por muitos moradores como a mais animada – e estava mesmo absurdamente lotada, com os dois pátios internos lotados, com banda ao vivo e DJ e estilos musicais diferentes.
Fnac Live
Dos grandes festivais musicais do verão parisiense, o Fnac Live é o único gratuito. Por isso mesmo, reúne uma multidão interessantemente eclética na praça da prefeitura (Hotel de Ville) durante os quatro dias do evento, que conta com apresentações ao vivo e DJs de diferentes estilos. A última noite foi prejudicada porque caiu um chuvão lá pelas 22:30, mas tem uma infra bem boa de policiamento e do bar montado nas laterais da praça, gostei – para quem se interessar, acontece anualmente e em 2016 estará de volta.
Aliás, falando em eventos musicais gratuitos na cidade, um site ótimo para conferir todos os shows e apresentações envolvendo música gratuitos na cidade é a página do Le Parisien dedicada aos estudantes – recomendo muito.
Hexagone, Paris
Fui conferir, enfim, um dos novos restaurantes badalados de Paris: o Hexagone, do chef Mathieu Pacaud (que antes trabalhava com seu pai, Bernard Pacaud, no Ambroisie, 3 estrelas Michelin). O novo restaurante fica a uma quadra do Trocadero, na Avenue Kleber, ao lado do Citadines Residence (antigo K Hotel). Discreto por fora, tem um ambiente super aconchegante e silencioso (e cheio de luz natural durante o dia) por dentro, incluindo um jardim que faz a gente até esquecer da muvuca lá fora. A proposta ali é servir “meias-porções” para que todo mundo possa provar diferentes pratos (a sugestão da casa é uma entrada, um peixe, uma carne e uma sobremesa) sem stress.
Fui de langostinos na entrada, sole (um peixe de consistência semelhante a arraia), coelho e morangos silvestres com suspiro e creme – e estava tudo mesmo muito fresco, irretocável. E o serviço é também irrepreensível, bem simpático mas mantendo a formalidade. Gostei muito mesmo, vou fazer depois um post só sobre ele – mas é um restaurante caro. A grande sacada é ir durante o almoço de segunda a sexta, quando o menu de quatro passos vale 49 euros. No piso superior ao restaurante, bem à entrada no nível da rua, tem um bar que me pareceu bem bacana e do qual ouvi elogios também – vou ver se volto outro dia ali para experimentar.
Expo Gaultier no Grand Palais
Uma exibição que eu tinha esquecido de recomendar no post anterior (é tanta coisa que ando fazendo aqui que até me perco!) é a mostra Gaultier que fica no Grand Palais até dia 3 de agosto. Acabei indo novamente esta semana e achei incrível outra vez. Similarmente ao que comentei sobre a mostra do McQueen em Londres, é o tipo de exibição fashion-related que encanta mesmo quem vive dizendo por aí que “não liga para a moda”.
Curadoria excelente, com ambientes super bem pensados para contar a história do estilista através de suas obras, belíssima cenografia e cheio de tecnologias – como os vídeos projetados sobre as caras dos manequins que lhes dão a impressão de estarem vivos, falando e se mexendo. Programaço, e também com lojinha bem legal à saída (só aconselho a visita durante a semana que de finde rola fila e os ambientes ficam ainda mais lotados).
Ô djilícia!
Mari, que semaninha intensa e deliciosa! Vou curtindo aqui de longe. Bjo!
Mari, Bienvenue à Paris! Meio atrasado, mas de coração! Te acompanho faz tempo e fico feliz que vc possa passar um tempo nessa cidade tão rica em experiências! Se quiser companhia para museus é só chamar, pois estudo Historia da Arte aqui em Paris! Sou louca para exibir meus conhecimentos. hahahahha Aproveite Muito! Bisous!!