Uma sacada bem bolada para quem quer companhia local para jantar muito bem
Viajo sozinha com frequência há muito tempo, vocês sabem. E porque gosto mesmo, porque me sinto bem, porque volto diferente, porque faço sempre novos amigos… poderia enumerar mais um montão de razões aqui.
De tanto eu escrever sobre o assunto, sei que para muitos leitores (homens e mulheres), sejam eles iniciantes ou habitués na arte do solo travel, o momento que a maioria menos gosta durante uma viagem solo é a hora de comer sozinho – principalmente se for durante o jantar. Recebo frequentemente mensagens sobre o assunto. Particularmente, sempre lidei muito bem com isso; como sozinha com frequência, de restaurantes simplesinhos a estabelecimentos estrelados, seja a passeio ou a trabalho, quanto viajo solo; mas sei que muita gente se incomoda mesmo. Já escrevi até um post sobre a solomagarephobia, que é o nomão feioso dado ao sentimento extremo de medo/nervoso/pavor de comer sozinho; tem gente que chega a transpirar e ter palpitações quando se vê sozinho numa mesa de restaurante (outras sentem tudo isso antes mesmo de entrar no recinto e já desistem).
Repito: comer sozinho, assim como viajar sozinho, a gente não nasce gostando; mas a gente aprende a gostar, a se ver satisfeito consigo mesmo e ter prazer na própria companhia.Paris, por exemplo, apesar de todo o clichê do romantismo, é uma das cidades mais “fáceis” de se comer (e muito bem) sozinho; todo café ou restaurante tem sempre gente comendo sem companhia (sobretudo no almoço) e aqui (felizmente!) a turma não costuma ver nada errado nisso (ao contrário dos americanos e dos brasileiros que, infelizmente, ainda acham que alguém jantando sozinho desperta pena – tolinhos).
Mas confesso que gosto de boa companhia e adoro conversar, trocar ideias – quem me conhece ao vivo sabe que falo muito, o tempo todo. Então achei uma sacada genial quando me contaram do Eat With, chamado por algumas publicações internacionais de “o Airbnb das refeições caseiras”. Uma amiga vinha me recomendando a experiência há muito tempo e eu curti tanto experimentar aqui em Paris que até já repeti a dose.
Inaugurado em 2012 por Guy Michlin e Shemer Schwarz, o Eat With é uma espécie de marketplace para conectar hosts locais e turistas em mais de trinta países no mundo (tem inclusive no Brasil). A ideia é ter a chance de jantar na casa de um morador local, desfrutando uma refeição caseira de qualidade e batendo bom papo, fazendo novas amizades.
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Funcionando como uma espécie de rede social, você não paga para se inscrever no EatWith – pode criar um usuário online ou entrar com seu próprio Facebook. Clicando no nome da cidade que te interessa, aparecem todos os anfitriões e datas disponíveis. Ao clicar num determinado anfitrião/data, você tem acesso à bio do anfitrião, o menu (ou um exemplo de) que ele servirá, o preço e horário da refeição, o que está incluído (alguns anfitriões servem apenas vinho e outros vinho, champagne e digestivo; alguns servem 3 passos, outros 5) e a região onde o apartamento em questão está localizado. Tudo muito bem explicadinho mesmo. Dá até pra gente ver quem bookou a mesma refeição que nos interessa e ler recomendações de clientes prévios.
Os preços variam bastante: em Paris, por exemplo, há refeições de 36 a 74 euros por pessoa (com bebidas sempre incluídas). E a localização dos apartamentos dos anfitriões também é bem diversa, presente em distintos arrondissements. A quantidade máxima de convidados numa mesma refeição também muda muito de um anfitrião para outro, podendo variar de seis até 14 convidados (vai depender muito do tamanho da sala de jantar dele :D). E o perfil do anfitrião que cozinha para os convidados, ohlala, isso é o que mais muda: tem arquiteto, jornalista, médico, professor e até chef de verdade (dizem que os critérios para aceitação dos anfitriões é bem rigoroso e que apenas cerca de 4% dos que se inscrevem são aceitos ao final).
Aqui em Paris já jantei com dois dos anfitriões locais – justamente os dois extremos: a refeição mais barata e a mais cara do portfólio parisiense do EatWith. Dois anfitriões de perfis bem diferentes (um jornalista, um vencedor de uma edição web do MasterChef francês), com menus bem diferentes (um bem mais caseiro e francês, outro bem mais gourmet e fusion) e com posturas bem diferentes também (um sentou à mesa para comer e bater papo com os convidados, outros ficou mais distante, aparecendo à mesa quando vinha trazer um novo prato). Nos dois casos, curiosamente, o perfil dos convidados era bem diferente do que eu pensava: eram famílias norte-americanas. Depois me contaram que o mais comum é que sejam mesmo viajantes solo ou amigos mas que a época das férias de verão em Paris atrai mesmo mais famílias. De qq maneira, foram ambas noites de ótimo papo e interação ao redor de boa comida e bom vinho – e, definitivamente, uma excelente opção para quem é tímido e não quer jantar sozinho se entrosar com cabeças pensantes de diferentes partes do mundo. Acho que vou virar freguesa 🙂
Em tempo: outras empresas similares, startups ou não, são Colunching, Bookalokal e VizEat, por exemplo.
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Delicinha, Mari! Eu gostaria de conhecer, mas sou meio tímida… Acho que prefiro jantar sozinha a ter que contracenar com desconhecidos. Mas cada um, cada um, né?
Hahahaha cada um, cada um mesmo. É que tem tanto solo traveler que tem pavor de jantar sozinho, que uma reunião como essa é uma baita mão na roda 🙂
Pois eu tô doida pra eles começarem a operar aqui em Honolulu para eu inscrever a minha casa como anfitriã de jantares!! Baixei o app tem mais de um ano, e tô só no aguardo… #fingerscrossed
Enquanto nada acontece… feijoada! E vamos cozinhando pros amigos mesmo. 🙂
hahaha que legal! quando eu tiver meu cafofo próprio aqui em Paris (sonhar não custa nada, né? 😀 ) também DEFINITIVAMENTE me inscreverei 🙂
Boa tarde Mari, viajo bastante mas é a primeira vez solo, gostaria de saber se tem EatWith no chile, estou indo para lá dia 18 próximo, e que tipo de roupa levar para esse período. Pois consultamos na net , mas vc tem experiência. Um abraço e obrigada, LILLIAN
Olá, Lilian. No link deste post, você consegue pesquisar direitinho se nas cidades que vc vai visitar tem ou não Eat With. Quanto à roupa, também depende muito de onde vc vai ao Chile – o país é estreito mas bastante longo e as temperaturas mudam muito dependendo da região. De qualquer maneira, tenha em mente que já é outono por lá e, por estar mais ao sul, o Chile é, em geral, mais fresco que o Brasil – na Patagônia, por exemplo, já faz frio nesta época do ano.