Como ficam as novas regras sobre cobrança de bagagem despachada, correção do nome no bilhete e direito de cancelamento do ticket, entre outras
Muito se falou – entre boatos e verdades – e muito se escreveu – também entre boatos e verdades – sobre as alterações nas regulamentações impostas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) que passam a vigorar a partir deste mês de março.
A maioria do falatório e dos textos tinha como assunto base a cobrança de malas despachadas para viagens nacionais e internacionais – regulamentação que, até o momento da publicação deste texto (manhãzinha de 15 de março), continua suspensa segundo liminar.
Mas a meu ver existem outras regrinhas (talvez mais) importantes entrando em vigor e às quais pouca gente tem dado atenção. Em geral, são normas que ficam mais equiparadas com o que já é praticado no setor como praxe lá fora. Para não dizer que não falei das flores, resolvi subir este post e listo aqui algumas delas:
- Direito à correção de nome no bilhete sem custos
Só quem já teve um bilhete emitido em seu nome com algum equivoco sabe o quanto isso é fundamental – com uma letrinha errada no nosso nome ou sobrenome a gente simplesmente não embarca. Até então, era preciso cancelar o bilhete e emitir um novo, com o passageiro arcando com os custos e taxas da reemissáo. A partir de agora, será possível corrigir um erro no preenchimento do nome do passageiro até o momento do embarque, sem custos.
- Cancelamentos
Fica estipulado a partir de agora que o passageiro pode desistir de sua compra de bilhete aéreo em até 24 horas após receber o comprovante da mesma, sem custos. Mas olho: essa regra só vale desde que a passagem tenha sido comprada com no mínimo 7 dias de antecedência da data de partida no voo.
- No show
No show, expressão utilizada para quando o passageiro não se apresenta para embarque no voo que comprou, até então era punido com o cancelamento automático de todos os outros trechos do mesmo bilhete. Ou seja, se você por algum motivo perdesse seu voo de ida, perdia compulsoriamente o direito a fazer o voo de volta e/ou quaisquer outros voos que formassem parte do mesmo bilhete. A partir de agora, se houver no show (aka, se você perder o primeiro voo do seu bilhete), será possível manter os trechos subsequentes – desde que a companhia seja avisada/notificada sobre sua necessidade de remarcação ANTES do horário previsto para saída do primeiro voo.
- Regras tarifárias
A partir de agora é mandatório que toda tarifa aérea seja anunciada/informada já incluindo taxa de embarque, de combustível e de administração. Ou seja: acabam eventuais sustos na hora da emissão, como encontrar uma passagem super promocional e só na hora de finalizar a compra descobrir que o custo dela quase dobra somando-se todas as taxas. Agora o preço total que a gente vê na oferta ou cotação tem que ser já o preço final do bilhete.
- Outras taxas
A cobrança da taxa de combustível está (ao menos por enquanto) novamente autorizada, o que deve encarecer razoavelmente as passagens de algumas companhias aéreas, inclusive nas emissões com milhas. O valor da taxa de combustível poderá variar de companhia para a companhia e até entre as classes de uma mesma companhia.
BAGAGENS
- Franquia de bagagem
Muito além do ato de cobrar ou não pelas bagagens despachadas, a partir de agora as companhias aéreas ficam liberadas para criar políticas próprias para elas. Ou seja, as regras podem (e vão) mudar de uma companhia para outra – mais do que nunca, a gente tem que se informar o máximo possível antes de concluir a emissão de um bilhete. Se até então a gente tinha garantido o direito a despachar um volume de 23kg em voos domésticos e em boa parte da América do Sul e dois de 32kg em outros voos internacionais (e ainda éramos o único país do mundo com tal direito em vigor), a partir de agora as regras vão mudar e podem variar de companhia para companhia. As cias nacionais e a TAP, por exemplo, já anunciaram que suas franquias para voos internacionais passam a ser de no máximo dois volumes de até 23kg cada para os bilhetes de classe econômica.
- Bagagem extraviada
Outro item imporantíssimo: a partir de agora, fica estabelecido que o prazo máximo para devolução de malas perdidas/extraviadas será de no máximo sete dias para voos domésticos e no máximo 21 dias para voos internacionais. Ainda acho tal tempo um verdadeiro exagero – quem já ficou sem mala numa viagem sabe como cada dia sem ela pode ser um perrengue! – mas a normatização deve ajudar o passageiro. Após tais períodos, se a bagagem não tiver sido localizada ainda, as companhias têm um máximo de sete dias para indenizar ($$$) os passageiros por tal “equívoco”.
- Bagagem de mão
O peso máximo da bagagem de mão de cada passageiro passa de 5kg para 10kg, mesmo em voos nacionais; mais uma das regras que se alinha com boa parte das companhias aéreas de outros países.
- Bagagens despachadas
Eis aí um território ainda complicado, ainda mais que por enquanto a medida está suspensa. De todos modos, nenhuma das companhias aéreas brasileiras já anunciou a cobrança imediata pelas malas despachadas. A LATAM anuncia que futuramente poderá cobrar R$50 pela primeira mala, mas que por enquanto uma mala de até 23kg por passageiro está garantida nos voos nacionais e na America do Sul; para os voos para outros países e regiões, duas malas de até 23kg por passageiros não terão custos.
A Azul afirmou que continuará a incluir uma mala de até 23kg nos voos nacionais e dentro da America do Sul sem custos, mas que criará uma nova classe de tarifa super econômica que não dará direito a bagagem despachada (a mesma custará R$30 para o passageiro que desejar faze-lo). Nos voos para EUA e Europa, a franquia gratuita também passa a ser de dois volumes de até 23kg por passageiro.
A GOL deve começar a cobrar (se a liminar for suspensa) a partir do dia 4 de abril nas tarifas light para voos nacionais – uma mala de até 23kg custará R$30 se adquirida no ato da reserva ou R$60 se comprada no check in; as demais tarifas incluirão a mesma mala sem custos. Nos voos internacionais (América do Sul, neste caso, única região atualmente coberta pela cia alem do Brasil), US$10 pela mala de até 23kg no ato da compra do bilhete ou US$20 na hora do embarque para tarifas light – e gratuita para demais tarifas.
A Avianca Brasil afirmou que pode reestruturar suas classes tarifárias e passar a cobrar pelas bagagens despachadas, mas que ainda estão estudando o mercado.
Muito bom! Li tanto sobre a coisa da cobrança das bagagens em tantos lugares diferentes que realmente não me lembro de ter lido sobre essas outras regras, que nos são bem importantes e favoráveis. Vou salvar.
Oi Mari, cheguei no seu site pq estou planejando uma viagem pra Africa do Sul. Queria pedir uma ajuda através de um dos posts do tema, mas não consegui espaço de comentários em nenhum dos posts, então estou vindo aqui.
A viagem é em 4 adultos e uma criança de 8 anos. Vi até agora no Sabi Sabi Bush Lodge e no Thornybush Serondella Game Lodge. Ambos possuem esquema all inclusive e com 2 saidas de game drive diárias. O Sabi Sabi está o dobro do valor do outro. Tem tanta diferença entre os dois?
Algum outro você recomenda que olhemos?
Obrigada
Daniela
Oi, Daniela, tudo bem? os espaços de comentários estão funcionando em todos os posts da África do Sul, sim – você pode ver todos eles neste link aqui http://www.maricampos.com/tag/africa-do-sul/. Os lodges que eu recomendo são somente os que eu testei pessoalmente e aprovei, e estão todos listados nos posts aqui no blog: Sabi Sabi, Royal Malewane, Thornybush River Lodge, Tintswalo Safari Lodge e são todos all inclusive e igualmente incríveis! Recomendo aqui também hotéis com safári mas fora do Kruger e sem esquema tudo incluído, como o Botse Botse e o Gondwana. Acho os quatro primeiros imensamente superiores aos dois últimos em todos os quesitos: qualidade dos safáris, qualidade de serviços, de instalações, preparo do staff etc. Dos dois que vc menciona, o Sabi Sabi eu conheço e adorei a experiência; já o Serondella eu não conheço, mas é parte da Thornybush Collection, que tem lodges incríveis – como o Thornybush River Lodge que eu menciono acima, e que amei. Portanto, eu te sugeriria cotar também o Royal Malewane, o Thornybush River Lodge e o Tintswalo Safari Lodge pra vc ver bem o que está incluído em detalhes em cada um pra fazer sua escolha no final. Dá uma olhada também nos posts-reviews que eu fiz aqui de cada um deles. Embora todos os quatro sejam excelentes e operem em sistema all inclusive, o conceito de all inclusive pode variar um pouquinho entre eles: no Royal Malewane e no Tintswalo, por exemplo, até a lavanderia está incluída.
Oi Mari, muitíssimo obrigada pela resposta!
Eu estou lendo todos os seus posts, rsrsrs!!!
Mas infelizmente não consigo comentar por nenhum deles… Não aparece no final o campo para escrever… ;(
Mas vc foi muito gentil ao me responder por outro post!
Obrigada novamente!
Abraços, Dani.
Que esquisito q não apareça a caixa de comentários pra vc especificamente nos posts sul-africanos; testei em tres navegadores, quatro computadores e tres celulares diferentes e em todos apareceu normalmente. Tomara que os posts ajudem vcs a tomar a melhor decisão 🙂
Oi Mari, eu até tirei um print da tela para enviar a vc de como eu vejo, mas não tem como anexar a imagem aqui.
Entrei em contato com todos que você indicou e esses dois, Thornybush e do Gondwana, têm disponibilidade para a nossa data.
Mari você poderia explicar se existe diferença do safári do Thornybush e do Gondwana?
Sei que você ficou no Thornybush River Lodge, mas para nós só tem disponibilidade no Thornybush Game Lodge e Thornybush Waterside Lodge.
O Gondwana fica na Garden Route, não é a região do Kruger.
O safári do Gondwana é inferior por ser fora do Kruger?
Mais uma vez agradeço pela sua atenção!
Abraços, Dani.
hahahaha Dani, não tava duvidando da sua palavra! Estava tentando entender como era possível acontecer isso tecnicamente, se outros leitores estão acessando normalmente e deixando seus comentários – a gente sempre quer que o leitor tenha a melhor e mais prática experiência possível no blog. Sobre os lodges, sim, os safáris do Thornybush são bastante superiores aos do Gondwana, e todo o serviço geral em si também (quartos, gastronomia, staff). Os lodges da Thornybush ficam em reservas privadas, em sua maioria sem cercas separando-as do Kruger – então a gente realmente nunca sabe que animais vai encontrar naquele dia, muito menos onde. O Gondwana fica numa game farm, que é um tipo de propriedade onde os rangers já sabem exatamente quantos animais de cada espécie existem por lá e onde costumam ficar. É um processo bem menos excitante pro turista e pros próprios rangers. Tem um dos meus posts aqui, que você seguramente deve ter lido, explicando justamente essa diferença. Além disso, o Gondwana usa só ranger e os Thornybush usam ranger e tracker, o que é sempre melhor. Entre os dois, eu definitivamente ficaria com um dos Thornybush.
Ai Mari, fiquei noiada de não ver o espaço dos comentários…
Olhei até pelo Ipad do meu filho e não consigo visualizar…
Coisas da internet… Rsrsrs.
Eu li sim seu post!!! Mas meu marido precisa de tudo detalhado… Rsrsrs.
Eu digo que viver com ele é praticamente defender uma tese!!! 😉
Mari, muitíssimo obrigada pela sua disponibilidade e atenção!!!
Nos ajudou muitooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!
Abraços,
Dani
Dani, você tem razão – as caixas de comentários continuavam aparecendo pra mim, mas agora deixaram de aparecer mesmo. Obrigada pelo aviso; vou investigar para tentar descobrir o que teria causado isso. No mais, pode perguntar quanto quiser – é para isso mesmo que o blog existe, para inspirar e contribuir para que as viagens dos leitores sejam o mais redondinhas possíveis. Volte sempre que tiver dúvidas durante a organização da sua viagem.
Post excelente! Eu andava xingando a coisa das bagagens, mas parece q tem conquistas importantes, sim, nas novas regras. Muito bom!