Minha nova visita a Viena foi mais musical do que nunca
Sabemos que Viena transpira música, certo? Não apenas pela rica herança musical mas também pela movimentada cena musical contemporânea (dos mais variados estilos e épocas) que assola a cidade constantemente. Mas 2017 é também um ano de celebrações musicais especiais, como os 150 anos da clássica valsa Danúbio Azul de Johann Strauss – e foi esse o mote desta minha última viagem a Viena, que termina hoje: vim à cidade convidada pelo Vienna Tourism Board para assistir ao disputado Summer Night Concert da Filarmônica de Viena nos jardins do Palácio de Schonbrunn, realizado no último dia 25.
Como adoro a cidade e sou cada vez mais fã desta mistura perfeita de clássico e contemporâneo a cada esquina, estiquei a viagem antes e depois do evento-convite e fiz um novo giro por alguns dos lugares mais gostosos de Viena, sobretudo buscando esse apelo musical – com direito até a fazer uma aula de valsa! 🙂
Anualmente, Viena sedia mais de 15 mil concertos de todo tipo de música, inclusive eletrônica (os maiores festivais são Wien Modern, Resonanzen, Voice Mania, Rock in Vienna, Danube Island Festival, Music Film Festival, Popfest e Waves Vienna). Estima-se que todas as noites pelo menos dez mil pessoas apreciem música clássica na cidade, em apresentações da Vienna Philharmonic (fundada há 175 aos e com mostra especial na House of Music!), dos Vienna Boys’ Choir (em pleno funcionamento desde o final do século XV) ou da University of Music and Performing Arts Vienna, que completa 200 anos com um imenso festival de música, o “Aufspiel”. Isso sem falar da incrível Vienna State Opera, do Musikverein, da Konzerthaus e da Mozarthaus Vienna, além de eventuais músicos clássicos tocando nas ruas e praças ocasionalmente.
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No dia em que estive passeando na cidade a convite do escritório de turismo, antes de rumarmos à noite para o esperado concerto no Schonbrunn, visitei pela primeira vez o pequeno Strauss Dynasty Museum (7 euros), que conta a interessante história dos Strauss (Johann Strauss pai, Johann Strauss filho e seus irmãos Josef Strauss e Eduard Strauss), todos imensamente envolvidos com a música durante seu tempo. O museu tem apenas dois anos e um pequeno mas bem interessante acervo sobre a família – com direito a vários equipamentos com fones de ouvido para irmos escutando trechos das obras enquanto visitamos as pequenas salas repletas de fotos, documentos e objetos.
Passamos pela House of Music, um museu interativo bem legal, principalmente para quem vai com crianças. Há uma sala dedicada a Johann Strauss e a valsa vienense, mas a parte mais divertida é seguramente quando podemos nos tornar “maestros virtuais” da sinfônica tocando Danubio Azul.
Depois, rumamos à Elmayer Dancing School (fundada em 1919), uma das mais tradicionais escolas de dança da cidade. Viena, para quem não sabe, ainda mantém viva a tradição dos bailes e das debutantes (são mais de 450 bailes oficiais por ano na cidade!) e até hoje é super comum jovens entre 15 e 18 anos fazerem aulas de valsa esperando “abrir” o baile no qual irão. Como parte do programa, fizemos uma divertida aula de valsa em grupo; as aulas são disponíveis para qualquer pessoa (por 68 euros para duas pessoas) em sistema aula particular de 50 minutos, ou aos sábados, em aulas coletivas de uma hora (a 45 euros por pessoa). Deu até pra arranhar uns passinhos mesmo 😛
Fiquei hospedada no hotel Imperial Vienna, o mais icônico hotel da cidade, e que já recebeu (e recebe até hoje) não apenas reis, rainhas, presidentes e celebridades de todo tipo como também os principais maestros e músicos clássicos que se apresentam na cidade. O hotel é realmente um case e vou escrever depois um post só sobre ele (jenquanto isso, já tem texto meu sobre o incrível head concierge do hotel que inspirou Wes Anderson em seu The Grand Budapest Hotel lá no Viagem Estadão).
E o concerto… que experiência incrível! Todos os anos, a Filarmônica de Viena promove seu Summer Night Concert at the Schonbrunn Palace, uma das maiores atrações do calendário de concerto da cidade (só perde em público para o concerto de ano novo). Na temporada pré-verão, a orquestra se apresenta por uma noite num palco erguido em plenos jardins do palácio gratuitamente. Isso mesmo: este concerto é aberto ao público e gratuito. Há uma área delimitada para convidados – dos quais eu felizmente fazia parte este ano, sentados em cadeiras numeradas na área diante do palco – , mas público em geral se espalha sem custos pela grama dos imensos jardins do Schonbrunn até o alto da glorieta.
O espetáculo ao ar livre dura cerca de duas horas e vai dos maiores clássicos vienenses a obras contemporâneas – neste ano, tocaram até o tema de Harry Potter! Uma lindeza mesmo, recomendo muito para quem conseguir ir a Viena nesta época no próximo ano.
Mais lindezas da viagem virão em breve parar aqui nas páginas do blog, mas já dá pra sentir um gostinho com as imagens e Stories lá do meu Instagram 🙂
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Viena é uma cidade linda! Fomos no inverno e a cidade é mágica nessa época, com os mercados de natal…