Como aproveitar ao máximo uma das cidades mais gostosas do Reino Unido
Terminei minha última (e linda) viagem pela Escócia em uma das cidades mais vibrantes da Europa na atualidade: Glasgow, a maior cidade escocesa. Não faz tanto tempo assim, Glasgow carregava uma má fama de cidade violenta e complicada; mas ao desembarcar ali do trem vindo de Edimburgo (uma hora de viagem), ficou claro que a má reputação realmente ficou no passado.
Apesar de grande, no centro de Glasgow a gente tem a sensação de estar em uma cidade pequena. É turisticamente super administrável, fácil e gostosa de explorar caminhando – com dois dias inteiros dá pra ver quase tudo. Para ir aos cantos mais distantes, o transporte público funciona bem e os motoristas dos apps tipo Uber foram os mais educados que já conheci.
Caminhando pelo centro, a gente entende rapidinho porque o slogan “people make Glasgow” está espalhado em faixas pela cidade toda: porque é a mais pura verdade. Gente simpática, bem humorada e prestativa em todo canto – e exceleeeentes artistas de rua, principalmente na Buchanan Street, a rua para pedestres que é também a principal via comercial da cidade. É em algumas das travessas da Buchanan, aliás, que a gente vê pórticos com os dizeres “Merchant City” – trata-se de um microbairro dentro do centro que é uma das zonas mais gostosas de Glasgow. Lojinhas diferentes, bares, galerias e adoráveis cafés, por exemplo, ocupando antigos armazéns de tabaco e café – um programão.
Glasgow respira cultura em todo canto, com muita arte de rua e mais de vinte museus e grandes galerias de arte espalhadas. Meus preferidos? Burrell Collection, Kelvingrove Museum and Art Gallery e o Riverside Museum (em prédio lindo de Zaha Hadid). Além de temporadas da Scottish Opera e do Scottish Ballet, é também em Glasgow que fica o mítico espaço de eventos King Tut’s Wah Wah Hut, que lançou bandas como Oasis ao sucesso.
Glasgow tem vestígios que remontam à Idade da Pedra, mas virou hoje uma cidade tão multifacetada que antigas categrais, townhouses vitorianas e modernos edifícios espelhados parecem conviver, lado a lado, na mais profunda harmonia. Mas, curiosa como só ela, tem em seu imenso cemitério (a Glasgow Necrópolis, bem ao lado da Catedral de Glasgow) um de suas principais atrações turísticas. Apesar da ideia parecer meio macabra para muita gente, o local tem uma das mais panorâmicas vistas da cidade – e há diversos walking tours para contar histórias, lendas e curiosidades artísticas e arquitetônicas do local em troca de doações.
Gin é também assunto seríssimo por lá. Visitei várias destilarias, fiz meu próprio gin na adorável Crossbill Gin (dá pra ler mais um pouco sobre isso aqui) e também fui a ótimos bares focados na bebida, com menus impressionantes de rótulos e drinks à base do destilado – destaque para The Finnieston, Alston e Gin71. A experiência mais gostosa é visitar a pequena Crossbill Gin, que produz um dos gins mais aromáticos do país. Ali, sob o olhar atento do proprietário Jonathan Engels e utilizando ingredientes 100% escoceses, podemos destilar, na hora, nosso próprio gin durante os workshops promovidos opor ele em sistema privado ou grupos de no máximo oito pessoas.
Nos meus dias por lá, fiquei hospedada no ótimo Blythswood Square, um delicioso hotel de design contemporâneo instalado num casarão georgiano, no centro de Glasgow, e com excelentes tarifas – falo em detalhes sobre ele aqui e recomendo muito.
Para quem se hospeda por mais dias na cidade, um bate-e-volta bem gostoso a partir de Glasgow é ir a Loch Lomond, um belíssimo parque nacional que já funciona como tira-gosto da beleza arrebatadora das Highlands escocesas.
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Eu estava em Glasgow uma noite nos anos noventa. Estávamos hospedados em um BandB, mas, apesar de a cidade parecer bonita, vimos muitos problemas na rua. Um deles era um jovem machucado por um soco na rua. Decidimos sair de lá em direção ao norte até Ullapool. Um lugar muito agradável. Rodeado por altas montanhas e com um porto pesquero encantador. Que sim, no calor do verão, choveu todos os dias e de forma torrencial.
Beijos
pois é, Carmen; nos anos 90 Glasgow era mesmo bastante complicada. Por isso minha empolgação em ver como a cidade mudou 🙂