As minhas impressões gerais depois de uma espetacular viagem por Moscou e São Petersburgo
Como muitos de vocês já sabem, acabo de voltar da Rússia. No total, mais de uma semana dividida em apenas duas cidades, Moscou e São Petersburgo, conferindo as principais atrações de ambas e como andam os preparativos gerais para receber a Copa do Mundo na metade do ano (recomendo fortemente quatro noites em cada cidade, três no mínimo).
De antemão, posso dizer o seguinte: a viagem foi muito, muito mais tranquila do que eu esperava, felizmente. Eu fiz a minha lição de casa, claro: li muito sobre ambos destinos antes de sair de casa, me informei sobre vantagens/curiosidades/presepadas, reservei tudo o que podia antes e até baixei o alfabeto cirílico para o meu celular pra tentar me acostumar com o dito cujo.
Fui preparada para encontrar dois destinos nos quais seria muito, muito difícil eu conseguir me comunicar – “ninguém lá fala inglês!”, muita gente me avisou repetidas vezes antes da minha viagem. Mas a verdade é que tive excelentes surpresas: nas duas maiores cidades russas encontrei gente que se esforçou de todos os jeitos, de policiais a pessoas que abordei na cara de pau na rua, para se comunicar comigo, seja arranhando inglês ou até com mímicas. Os russos são mais sisudos, sim, mas com jeitinho acabei conhecendo gente muito bacana e não tive nenhuma experiência ruim por lá.
Alguns seguidores no Instagram reclamaram que não tiveram a mesma sorte; então aproveito para contar aqui “minha técnica” 😀 Logo de cara, percebi que quanto mais jovens eram as pessoas que eu abordava, maiores as chances de elas se comunicarem razoavelmente bem em inglês. Passei a tentar usar isso como técnica e deu muito certo: encontrei até, e em repetidas vezes, russos que arranhavam também o espanhol. Também percebi que dizer logo de cara, com um sorrisão e uma frase bem rudimentar (tipo “sorry, no Russian; I’m from Brazil”) ajudava – a maioria dos russos parece ter carinho pelo Brasil e essa informação logo no início da abordagem surtia efeito bastante positivo). Funcionou muito para mim.
O uso do metrô tambem foi muito mais simples do que eu esperava: dá pra comprar os bilhetes direto da máquina, com opção de idioma inglês, e também nas estações maiores nas bilheterias há um adesivinho “we speak English” e os operadores de caixa se esforçam bastante. Além disso, as saídas estão sinalizadas também em inglês com “way out” e, durante o trajeto, o sistema de som sempre anuncia a próxima parada em russo e também em inglês. As estações se distinguem umas das outras com cores e números, fica bem mais fácil. Depois vou falar bem melhor e mais detalhadamente sobre isso aqui também.
Peguei um mini city tour de 3h em cada cidade com a Excursiones Catalina (que é também especializada em brasileiros e tem ótimos guias que falam português) para me localizar melhor em cada uma delas, reservei meus transfers aeroporto-hotel-estação de trens-hotel-aeroporto com a ótima Blacklane, comprei minha passagem de trem St Petersburg-Moscow online pelo site tutu.ru (que o Café com Kremlin, que mora na Rússia, recomendou) e o resto fiz tudo sozinha, lá mesmo, sem qualquer grilo ou dificuldade. Só não recomendo tomar táxis (são internacionalmente conhecidos por enrolarem e explorarem turistas) para lugar nenhum; mas o Uber funciona super bem nas duas cidades, em todos os lugares, e há transporte público até para os aeroportos.
E, importante dizer, tive uma hospedagem primorosa em ambas cidades: no adorável Lotte Hotel St Petersburg, no ótimo Lotte Hotel Moscou e no incrível Ritz Carlton Moscou, de cara para a Praça Vermelha (vou falar mais e melhor de todos eles mais para frente). Os concierges dos três hotéis foram super úteis na organização dos meus dias por lá.
São Petersburgo é uma cidade mais “walkable”; se você se hospedar na região central, só vai precisar pegar transporte basicamente entre hotel e aeroporto – as principais atrações estão todas concentradas no centro e fiz tudinho à pé (a única atração turística mais importante afastada é o Palácio de verão que esse, sim, precisa de transporte público para chegar até lá).
Moscou já é uma cidade bem maior e com algumas atráções mais espalhadas. O básico dos básicos está concentrado na Praça Vermelha, mas há vários museus, um convento e outras catedrais mais afastados que também valem o passeio e precisam de transporte para chegar lá. E, a bem da verdade, as estações de metrô de Moscou são tão lindas que pegar o metrô por lá é um programão – mesmo que você não precise chegar a lugar nenhum!
Em todo caso, nas duas cidades, meu conselho: peça um mapa físico para se localizar e entender bem a cidade; mas use o google maps para se locomover entre uma atração e outra que é muito mais fácil.Usei o tempo todo e deu muito certo. Aliás, ter o Google Maps operando sempre à mão é mesmo excelente, inclusive pra gente se permitir se perder por lá e dar de cara com surpresas lindas no caminho.
Esse foi só um tira gosto porque tinha muita gente com dúvidas semelhantes e mais imediatistas. Mas stay tunned que ainda vai ter muito mais Rússia por aqui.
p.s.: em tempo: sobre a Copa, há reformas em tooooda a parte, de cúpulas de catedrais (incluindo as mais importantes de cada cidade) a estádios novinhos em folha. Parece que está sendo igualzinho foi no Brasil: deixaram quase tudo para a última hora, mas agora as obras estão em ritmo acelerado e tudo deve ficar pronto a tempo, sim.
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¡Qué maravilla de viaje! He visto las imágenes en su Instagram. ¡Qué bonito! y qué frío debía hacer con tanta nieve en las calles… 😉
jajaja hacia mismo mucho frio en Moscú; St Petersburg no tanto. Pero si, ha sido un viaje estupendo, fenomenal!!!
Que sonho de viagem. E os russos são muito receptivos ou mais fechados?
Foi linda mesmo, Laura. Sobre os russos, encontrei de tudo. Eu diria que no geral são mais reservados mesmo, muitos deles passando aos brasileiros a imagem de “sisudos”; mas encontrei muita gente bacana e super receptiva no meu caminho também. E, para nossa sorte, eles em geral parecem adorar os brasileiros.
Marilinda, você pesquisou outra forma de fazer hotel-aeroporto-hotel que não fosse com um serviço de transfer? Tem alguma dica? (Para Sao Petersburgo e para Moscou). Obrigada!!bjss
Carlota, as duas cidades têm trens ligando o aeroporto ao centro. E Uber, claro.