Moscou era um sonho de infância. Desde muito pequena, me encantei com a visão da Praça Vermelha e da Catedral de São Basílio – fora toda a história representada ali, Revolução Soviética, Stálin, Guerra Fria, Perestroika. E, como previa, caí de amores pela cidade numa paixão muito mais arrebatadora do que eu esperava.
Moscou está a poucas horas de distância em voo das principais capitais europeias; 3h30 apenas de Amsterdã, por exemplo. Tem um trânsito que mata, é verdade: logo na minha chegada, vinda em trem de São Petersburgo, levei uma hora inteirinha para cruzar os meros 6km que separavam a estação de trens do meu hotel, às portas da Praça Vermelha. Deixei as malas no incrível Ritz-Carlton Moscou (hotelaço; falarei mais dele adiante) e saí desembestada para ver a praça dos meus sonhos de infância, a apenas uma quadra dali. Quando cheguei, em pleno março, nevava e a catedral já estava poeticamente coberta por grandes flocos acumulados em suas cúpulas arredondadas.
São mais de 2500km2 de área na maior cidade de toda a Europa. Não à toa, é preciso tempo e planejamento para explora-la como se deve. Mas para quem vai à Copa, vale saber que é bem fácil, sim, curti-la aqui e ali entre jogos – o que não faltam são atrações. Com o trânsito tão complicado, o metrô é definitivamente a melhor opção para se locomover por lá. À noite, aposte sem medo em Uber e afins, que são muito mais seguros e infinitamente menos complicados que os táxis locais.
Ao contrário de São Petersburgo, em que quase tudo está “walking distance”, em Moscou algumas atrações bem legais estão mais distantes. É claro que quem tem pouco tempo vai se ater mesmo à Praça Vermelha (que, please!, deve ser vista de dia E de noite) e ao Kremlin (que já consome um bom dia da viagem!), mas Moscou é féril também em atrações mais distantes do centro, como parques, excelentes museus, palácios e atrações pitorescas, como bunkers da Guerra Fria, que definitivamente valem a visita. Ou seja: quanto mais tempo tiver na cidade, melhor – pessoalmente, eu recomendaria cinco dias.
Como todo mundo começa o passeio pela Praça Vermelha, vale saber que lá estão a Catedral de São Basílio (entrada paga e imperdível), o Museu de História Natural, a catedral ortodoxa Kazan (gratuita), o Mausoléu de Lênin com seu corpo embalsamado (gratuito, mas geralmente com loooongas filas) e ao shopping center de luxo GUM, que ocupa o belo prédio de uma antiga loja de departamentos soviética (bom lugar para um sorvete, café ou drink no Café Bosco e o food court é simplesmente imperdível!). Vale super caminhar também pelas encantadoras ruas laterais do GUM, cheias de lojas de todo tipo, cafés e alguns restaurantes (se puder, visite também o belo Spassky Monastery).
Embora as muralhas do Kremlin estejam sempre visíveis na praça, a entrada para o complexo é feita pelo lado oposto. Reserve pelo menos meio dia para visitar o complexo, repleto de edifícios, museus e igrejas diferentes. O ingresso básico custa cerca de dez dólares e dá direito a visitar todas suas igrejas; para visitar o Armoury Chamber é preciso comprar ingresso separado. Olho: é possível comprar o ingresso online mas ele PRECISA ser trocado por ingresso físico na bilheteria.
Ainda na região, há muito mais para ver em Moscou: o mítico Teatro Bolshoi, o TSUM (outro grande shopping), a Praça Pushkin. Um pouquinho mais ao norte, os museus de Arte Moderna e de História da Rússia. Na direção sul da Praça Vermelha, vale espiar o novo mirante instalado quase atrás da Catedral de São Basílio, Zaryadye Park, com o rio logo em frente. Na mesma margem do rio, a oeste, fica a impressionante catedral do Cristo Salvador, construída como um símbolo da retomada russa da cidade após a ameaça napoleônica. Chegou a ser dinamitada e destruída durante os anos do comunismo, mas depois totalmente reconstruída no começo da abertura, nos anos 90. Linda por dentro e por fora (visita gratuita), fica diante da Ponte dos Patriarcas, exclusiva para pedestres. Do outro lado da ponte, cruzando o rio, vale espiar a galeria Tretyakov, de arte russa.
Compritas? Pegue o metrô até a estação Smolenskaya e saia na Arbat Street, não à toa conhecida como a “rua dos souvenirs”, com lojinhas de souvenirs russos lado a lado por quase toda sua extensão. A rua Arbat fica ao lado do Ministério do Trabalho, ocupando um dos indefectíveis sete arranha-céus dos tempos soviéticos espalhados pela cidade e conhecidos popularmente como “as sete irmãs”.
Para quem tiver tempo de ir mais longe, vale espiar o Monumento aos Conquistadores do Espaço e seu Museu Nacional do Espaço, o belo Convento Novodevich, subir na Torre Ostankino (maior torre da Europa e oitava do mundo) e ver o novo skyline de Moscou (mesclando prédios soviéticos, catedrais ortodoxas e novos arranha céus espelhados) do mirante da Universidade de Moscou (cujo prédio foi o mais alto da Europa até 1990). Com pequenos, vale espiar também o Zoológico de Moscou.
A cidade ainda tem muita vida noturna, ótimos restaurantes e mais um montão de atrações para quem tem mais tempo. Até suas estações de metrô, por si só, já valem qualquer passeio subterrâneo – e falarei mais sobre tudo isso mais para frente, prometo.
Durante os meus dias na cidade, fiquei hospedada nos hotéis Ritz-Carlton Moscou e Lotte Moscou (parte da The Leading Hotels of the World) – falarei mais sobre ambos também. Fiz também um city tour privativo de 3h com uma guia excelente da Excursiones Catalina, especializada em receber brasileiros e latinos no país, e utilizei os serviços da Blacklane para os transfers in e out.
Vem muito mais sobre Moscou por aqui ainda, mas já adianto: que BAITA cidade.
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Afe! Assim tudo explicadinho até parece fácil! ? Acho que esse city tour privativo é fundamental ! Ótima dica. Suas fotos estão lindas!