Durante minha última viagem à Austrália, em abril deste ano, passei a maior parte do tempo desbravando a província de South Australia. Passei uma semana em Adelaide a convite do Turismo da Austrália para participar da ATE2018 (a maior feira de turismo australiano) e. antes e depois disso, passeei também por outros cantos da província e do país.
South Australia é uma província australiana conhecida pelos excelentes vinhos (tem um dos mais importantes territórios vinícolas do mundo), pela boa mesa e pelas paisagens tão fartas e emblemáticas, do outback a imensos rochedos debruçados sobre o mar.
Uma das escapadas que fiz foi fugir de para o Outback da Eyre Peninsula, em um pre-tour de 3 dias oferecido pela feira. Comecei tomando um voo de Adelaide a Port Lincoln (o voo em um aviãozico da Regional Express demora menos de uma hora mas, pela geografia recortada, de carro a viagem dura quase nove) e de lá segui em carro até o Gawler Ranges National Park.
A região é famosa pela vida selvagem, pela beleza do imensa salina Gairdner e pelas rochas vulcânicas avermelhadas. Entrei em um dos roteiros tudo incluído do Gawler Ranges Wilderness Safaris, que opera o Kangaluna Camp bem no meio do outback. Nos pacotes deles todo o deslocamento entre Port Lincoln e o acampamento (cerca de 3h de viagem), todos os passeios, refeições e bebidas estão incluídos; mas é preciso olho: o camp se define como glamping, define suas tendas como “luxury”, mas a realidade é diferente. As tendas são completas (com dois quartos para até quatro pessoas no total) e equipadas com banheiros, mas extremamente quentes (a minha ainda tinha um problema no ziper da entrada que permitia que diversos insetos entrassem na tenda. Os almoços são extremamente simples (sanduíche de alface, tomate e cenoura num dia, restos frios do jantar no outro!!!) e bebidas outras que água (refris, sucos, vinho e cerveja) só são servidas durante o jantar (que é ok) – o que na minha opinião não combina com os preços cobrados pela propriedade. Falo mais especificamente sobre isso no meu texto para o Panrotas.
A localização do acampamento é bem legal: literalmente no meio do outback, com um bom distanciamento entre as tendas, um pequeno poço (onde emus bebem água durante o dia e cangurus durante a noite) e um céu incrivelmente estrelado (perfeito para observar planetas, constelações, nebulosas etc a olho nu ou também através do pequeno telescópio da casa).
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Já o veículo utilizado para os tours é bastante confortável – o que é essencial porque os deslocamentos são sempre muuuuito longos. Os passeios incluem reservas de koalas, as Wudinna Rocks, as Kolay Mirica Rocks (cujo incrível formato natural lembra um imenso órgão de catedral – ou uma sequencia de cigarros, para algumas pessoas), regiões com rochas utilizadas para criar naturalmente tintas coloridas pelos aborígenes etc.
Cangurus confesso que vimos poucos (ainda mais depois de ter visto tantos, e tão pertinho, durante minha estadia no One&Only Emirates Wolgan Valley – falo mais sobre o hotel aqui). Koalas vimos alguns, e bem pertinho, em uma reserva antes de chegar ao parque. Pássaros, sim, vimos muitos, e todo dia. O visual mais impressionante fica por conta da salina (ou lago) Gairdner, uma gigantesca superfície coberta de sal pela qual podemos caminhar (e que, contrastando com o céu azul e sol intenso comuns à região, vista de longe parece gelo).
Mas importantíssimo: tudo aquilo que você leu sobre as moscas infernais do outback australiano É VERDADE! Eu achei que exageravam e fiquei chocada in loco com o ataque das bichinhas (foi tão surreal que essa viagem ficou conhecida durante a feira como “o rolê das moscas”, hahaha). Elas são em quantidade assustadora e ficam O TEMPO TODO sobre as costas, cabeça, rostos (principalmente boca, por causa da umidade) dos turistas das 6 da manhã às 6 da tarde (pelo menos). É imprescindível vestir uma headnet (aquela rede para colocar na cabeça, sobre o chapéu ou boné, comumente vendida junto com material de pesca) em todos os passeios.
Fazer o passeio por conta própria na área é viável? Não recomendo. No parque nacional, você dirige horas a fio sem ver viv’alma e os caminhos são bem chatinhos. Em três dias por lá cruzamos com apenas três outros veículos – sendo que um deles era de um jovem casal americano que resgatamos; eles estavam em um carro alugado cujo pneu estourou e o veículo não tinha ferramentas para a troca pelo estepe). Acho bem prudente entrar em um tour.
E o que mais tem na Eyre Península? Além do outback, a Eyre Península é muito famosa pela sua costa super recortada (destaque absoluto para os paredões de rochedos impressionantes à beira-mar em Venus Bay), pelos passeios para nadar com golfinhos e leões marinhos em Baird Bay e pelos frutos do mar fresquíssimos.
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