Como é fazer safári em Maasai Mara e outras reservas e parques importantes do Quênia
O Quênia é, sem dúvidas, um dos mais famosos destinos de safári no mundo inteiro. O país é não apenas lar dos big 5 (leão, leopardo, búfalo, elefante e rinoceronte) e diversas outras espécies de animais, como também um dos melhores destinos do mundo para prática de birdwatching.
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As oportunidades de avistamento de animais selvagens são excelentes em vários cantos do país, as culturas locais são incríveis, os preços dos lodges e camps são bem mais amigáveis que em destinos como a Botsuana e a capital Nairóbi vale um belo stop na ida ou na volta. Além disso, sua reserva nacional Maasai Mara é considerada o melhor lugar do mundo para avistar felinos.
Minha última viagem para lá, em novembro de 2019, foi simplesmente deliciosa. E é com base nela que deixo as informações abaixo:
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Como chegar
Não há voos diretos do Brasil para o Quênia. Para fazer safáris no país, é preciso voar a Nairobi e, de lá, ir em carro ou avião para a reserva ou parque onde estiver instalado seu camp ou lodge. Há também opções de lodges e camps literalmente ao redor da cidade, no Parque Nacional Nairobi. As rotas mais práticas para brasileiros chegarem a Nairobi são via Joanesburgo (Latam+South African Airways) ou via Addis Ababa (Ethiopian). Dentro do Quênia, empresas como a Safarilink operam voos entre a capital e inúmeras reservas do país em pequenas aeronaves.
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Quando ir
Previsão do tempo costuma ser complicada no país, ainda mais sob os efeitos do aquecimento global. Temperaturas também podem variar muito em uma mesma época, dependendo da altitude da reserva visitada. Mas, em geral, a estação mais seca vai de janeiro a março e a estação mais chuvosa de abril a junho.
As melhores épocas para viajar para o Quênia atrás de safáris são julho a setembro, que coincide também com a Grande Migração Maasai Mara-Serengeti. Os meses mais procurados para turismo são julho, agosto, dezembro e janeiro. Eu viajei entre final de novembro e começo de dezembro e foi excelente.
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Vistos e vacinas
É obrigatória a apresentação do certificado internacional de vacinação contra a febre amarela nos dois destinos.
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Stop em Nairobi
Nairobi é uma cidade grande e movimentada, que recebe muitos executivos o ano todo. E vale super um stop ali antes ou depois dos safáris no Quênia. Tem bons restaurantes, belos mercados para comprar artesanato local, excelentes cafés e uma parte bem contemporânea com ótimas lojas. Tem vários shopping centers também, para os fanáticos por esse tipo de local. Há vários bons hotéis na cidade – e recomendo DEMAIS a estadia no Hemingways Nairobi, um hotelaço irretocável! Acho o badalado hotel Giraffe Manor, que ficou mega famoso no instagram, bem overpriced; mas, para quem quiser interagir com as girafas, vale saber que o hotel fica dentro de um centro de tratamento e preservação das girafas Rothschild (o Giraffe Centre) e o centro está diariamente aberto à visitação. As visitas ali são baratinhas, super interessantes, sempre guiadas e sem restrição de idade.
Clique aqui para pesquisar opções de lodges e camps de safári no Nairobi National Park
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Onde fazer safári
Como em qualquer viagem de safári, o camp ou lodge no qual você se hospeda interfere diretamente na sua experiência geral de viagem. Então escolha camps e lodges de qualidade reconhecida e atestada para garantir não apenas que você tenha acomodações e alimentação de boa qualidade mas, principalmente, uma equipe altamente qualificada e treinada para você fazer safáris lindos em segurança.
Como meu interessse era me hospedar somente em, camps e lodges 100% focados em sustentabilidade e conservação ambiental e de vida selvagem, fiquei hospedada somente em propriedades da Porini Camps e da Great Plains Conservation. E recomendo muito ambos.
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Para orçamentos mais apertados
Os camps da Porini Camps são bastante confortáveis, 100% sustentáveis (inclusive inteiramente movidos a energia solar) e se encaixam também nas viagens de quem embarca com orçamento mais reduzido. Ainda assim, são sempre em sistema tudo incluído (transfers, safáris, refeições, bebidas). Os quartos são todos em formato tendas bastante confortáveis, com no máximo doze tendas por camp (muitos possuem apenas seis!).
Mas vale saber que os banhos são em sistema bucket shower, com hora marcada e água racionada, entregue aquecida em baldes pelo staff. A maioria dos camps também tem acesso à internet muito limitado ou mesmo inexistente – e não há como carregar eletrônicos nas tendas; há uma cabana com power outlets para hóspedes deixarem as coisas carregando durante a noite, enquanto dormem. Os membros do staff dos camps, sempre 100% compostos por homens maasai, são geralmente adoráveis.
Os ótimos game drives são liderados por guias maasai experientes, com inglês fluente em áreas de conservação fora dos parques nacionais, mas sem cerca nenhuma entre o camp e a vida selvagem, o que nos permite deliciosas e incríveis visitas de animais selvagens do lado de fora de nossas tendas (mas tudo em segurança para o hóspede, é claro).
A Porini Camps, que levou mais uma vez o World Tourism Awards de turismo sustentável na África no ano passado. tem diversos camps de safári espalhados pelo país, inclusive um dentro do Nairobi National Park, que fica na capital. Possuem também um camp em Ol Pejeta, a reserva no norte do país que guarda os dois últimos rinocerontes brancos do norte do mundo. Mas eu recomendo especialmente dois camps, em reservas imperdíveis: o Porini Amboseli, anexo ao Amboseli National Park, e o Porini Mara Camp, adjacente à Reserva Nacional Maasai Mara.
Amboseli e Maasai Mara são as duas regiões simplesmente imperdíveis para safáris no Quênia. A primeira é conhecida pela fartura impressionante de elefantes e pelas espetaculares vistas para o Kilimanjaro; e a segunda é considerada o melhor lugar do mundo para avistamento de felinos. Tive realmente experiências de safári incríveis nos dois lugares (inclusive à pé), com avistamentos sensacionais em toda saída. E os camps ainda promovem visitas interessantíssimas às suas comunidades maasai.
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Clique aqui para pesquisar lodges e camps de safári no Amboseli National Park
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Para orçamentos mais robustos
Se o seu orçamento é mais folgado, escolha sem pensar das vezes as excepcionais da Great Plains Conservation. Todos os seus camp são 100% sustentáveis mas altamente luxuosos. Recomendo especialmente o Mara Nyika, o mais novo, localizado em uma reserva anexa a Maasai Mara e com apenas quatro tendas no camp todo.
Com capacidade máxima de apenas oito hóspedes, o camp de luxo foi todo construído de maneira ética, opera 100% com energia solar, trata e reaproveita a água que consome e é 100% plastic-free. Boa parte do que se consome no camp é produzido ali mesmo (exceto os vinhos de sua incrível adega, é claro).
As tendas são enormes, todas com sala, quarto, imensos banheiros completos (com ducha e banheira) e varanda, tudo decorado com absoluto esmero – e tudo com vista para a vida selvagem. As tendas são interconectadas com a casa principal por adoráveis passarelas de madeira. Há wifi em todas as tendas, diversas entradas para carregar eletrônicos e o minibar está incluído também nas diárias. Por várias vezes vi elefantes da minha varanda.
Ali também tudo está incluído (transfers, game drives, refeições, bar aberto e até lavanderia!), e para os sundowners eles montam impressionantes bares completos em plena savana. E mais: o camp empresta óculos de leitura e câmeras DSLR com lentes objetivas, sem custos, para os hóspedes durante sua estadia.
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Vale saber
As jornadas entre diferentes áreas e reservas podem levar muitas horas de carro ou necessitar de vôos locais em pequenas aeronaves que pousam nas savanas. Em Maasai Mara é possível fazer também belíssimos passeios de balão ao amanhecer, nos quais a gente vê lá do alto até o Serengeti, na Tanzânia.
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Como eu viajei
Essa viagem específica ao Quênia, entre novembro e dezembro de 2019, eu fiz a trabalho, a convite das empresas Porini Camps e Sariri Terra. Quem organizou todo o roteiro queniano da viagem foi a operadora africana Gamewatchers Safaris, a mesma empresa com a qual eu viajei depois sozinha para a Tanzânia. Diversas agências de viagem brasileiras vendem os serviços da Gamewatchers. Eles cuidaram de todos os transfers terrestres, reservas dos hotéis, voos domésticos e até meu passeio de balão em Maasai Mara. Todos os roteiros deles são customizados, feitos de acordo com os interesses e o orçamento de cada cliente, do budget ao luxo. Os motoristas e guias são bastante atenciosos e há equipe que fala inglês e espanhol fluentes.
Eu gostei bastante do trabalho da Gamewatchers Safaris e recomendo. Negociar passeios e transfers in loco nem sempre são coisa fácil ou simples – e os táxis locais costumam cobrar preços exorbitantes de turistas. Só vale a pena ficar independente em Nairóbi, que é uma grande cidade, bem organizada, com transporte por aplicativos como Uber etc. Para os safáris e interior do país, acho que vale muito a pena organizar a viagem toda com uma agência de viagens para não ter que se preocupar com nada lá.
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Leia aqui tudo que já foi publicado sobre safáris no blog.
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Olá, vi que fosse durante a pandemia. Há um laboratório específico para que aprovem o certificado negativo no Quenia ou pode ser feito em qualquer um, desde que tenha sido traduzido?
Obrigado, fico no aguardo.
Oi, Ronaldo. Você viu errado 🙂 Como digo em dois momentos do post, minha última viagem para o Quênia foi no finalzinho de 2019, portanto antes da pandemia 🙂 Cheque com sua agência de viagens a melhor maneira de providenciar a tradução correta do seu teste negativo, porque as orientações podem mudar bastante de um mês a outro nesses tempos.
Boa tarde, Mari
Quero dizer a delícia que é ler sobre os safaris que vc já fez.
Como tem bastante experiência no assunto, gostaria de saber o valor ideal para dar de gorjetas.
Agradeço sua preciosa atenção
Boa tarde, Mari
Quero dizer a delícia que é ler sobre os safaris que vc já fez.
Como tem bastante experiência no assunto, gostaria de saber o valor ideal para dar de gorjetas.
Agradeço sua preciosa atenção
Oi, Luciana! Gorjeta é aquele lance super pessoal e depende muito do quão bom a gente acha o serviço do nosso guia ou da dupla ranger+tracker, certo? Via de regra, é sugerido um mínimo de US$5 por pessoa por dia para o tracker e US$10 por pessoa por dia para o ranger, entregues ao final da estadia (o que seria para um casal um mínimo de US$30 por dia). Nos lodges de luxo essa quantia diária de gratificação costuma ser mais alta (geralmente cerca de US$50 por dia); alguns lodges inclusive deixam sua própria sugestão de gratificação no diretório de serviços de cada quarto. Mas, novamente, são sugestões e cada hóspede costuma deixar quanto acha justo pelo trabalho desempenhado pelos funcionários envolvidos 🙂