Viagens e pandemia: 6 dicas de segurança práticas e simples para viajar de maneira mais responsável durante a pandemia
A gente sabe que ainda estamos vivendo uma terrível pandemia e que não dá para “fazermos turismo” como costumávamos fazer até o começo de março deste ano. Mas neste segundo semestre de 2020 muita gente começa a retomar devagarzinho suas viagens pelo país e é preciso que o façamos da maneira mais segura possível.
ACOMPANHE A @MARICAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM
Mas…É mesmo possível viajar com alguma segurança na pandemia? Nestas duas semanas fora de casa, entre Monte Verde (MG) e Campos do Jordão (SP), eu achei que sim. Mas, é claro, lembrando o tempo TODO que ainda estamos vivendo uma terrível pandemia e fazendo importantes adaptações à nossa rotina de viagem. Na verdade, mudar nosso jeito de viajar é preciso.
.
? Antes de mais nada, pesquise MUITO sobre o destino para o qual pretende viajar. Não apenas como é a infraestrutura hospitalar da cidade etc, mas como o local em si está lidando com a pandemia. Isso interfere demais na experiência que a gente tem no local, acredite. Nesta minha primeira escapada, as experiências em Monte Verde e Campos do Jordão foram muito diferentes entre si. Enquanto em Monte Verde as taxas de ocupação permitidas nos hoteis são menores, há controle de entrada de turistas no portal e obrigatoriedade de uso de máscara o tempo todo na cidade, em Campos do Jordão todos os hotéis já podem operar com 100% de sua capacidade, não há controle nenhum de entrada e saída de turistas na cidade e, o pior, MUITA gente sem máscara na cidade toda.
ENTENDA MELHOR: Turismo de isolamento
.
? Pesquise MUITO antes de se decidir por uma acomodação. Procure escolher um local, seja hotel ou pousada, que realmente esteja tratando a pandemia com toda a seriedade necessária, e que esteja colocando a segurança de hóspedes e staff em primeiro lugar. Se puder, escolha acomodações que garantam algum distanciamento social entre os hóspedes por sua própria concepção. Leia reviews de quem se hospedou recentemente no local, fuce as redes sociais da propriedade, questione o hotel/pousada por email ou DM nas redes, tire todas as suas dúvidas. Como é a limpeza dos quartos? Quanto tempo de quarto vazio entre um hóspede e outro? Como estão servindo o café da manhã? Como é o funcionamento da piscina? É obrigatório usar máscara em todas as áreas comuns ou não? Se a gente vai dormir fora na pandemia, é preciso se sentir realmente seguro com a escolha. Sempre melhor prevenir que remediar.
Veja 10 hotéis no Brasil para praticar turismo de isolamento.
.
? Nesta fase de primeiras escapadas, vá de carro para destinos próximos de casa, se puder. Eu escolhi destinos a menos de 300km da minha casa e fui dirigindo meu próprio carro até eles, minimizando qualquer chance de contato com outros viajantes nos deslocamentos. Escolher destinos mais próximos de casa também ajuda a gente a administrar a situação caso os planos precisem ser mudados em algum momento ou com urgência.
ACOMPANHE A @MARICAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM
.
?Se puder, faça suas refeições ao ar livre e priorize passeios que também sejam ao ar livre. Há ampla oferta de parques, praças e até museus ao ar livre em diversos destinos brasileiros. Além de restaurantes com mesas bem distanciadas umas das outras ao ar livre, piqueniques são sempre opções deliciosas durante as viagens. E lembre-se: mesmo para atividades ao ar livre, dê preferência a estabelecimentos que tenham obrigatoriedade de uso de máscaras.
LEIA MAIS: Como ser cuidadoso ao retomar suas viagens na pandemia.
.
? Se puder, viaje durante a semana. É claro que não é todo mundo que pode se dar ao luxo de escapar durante a semana; mas se você tiver a flexibilidade do trabalho em sistema home office ou estiver tirando férias, aproveite para programar sua viagem em dias de semana. Em dias úteis há bem menos turistas em qualquer destino; você evita aglomerações e consegue preços bem mais camaradas nos hotéis e pousadas também.
.
? SEJA RESPONSÁVEL. A nossa postura pessoal é fundamental para que seja realmente seguro voltar a viajar. Respeite SEMPRE as regras estabelecidas pelo destino, pelo hotel, pela pousada, pelo restaurante, pela atração. Use sua máscara corretamente cobrindo boca e nariz o tempo todo e tenha também um frasco de álcool em gel sempre ao alcance da sua mão. Essa medida é importante para que você possa higienizar imediatamente suas mãos ao tocar qualquer superfície, em qualquer local ou circunstância. À exceção de hotéis e restaurantes, a maioria dos estabelecimentos não oferece o produto aos visitantes.
LEIA TAMBÉM: como ser um bom hóspede durante a pandemia.
ACOMPANHE A @MARICAMPOS TAMBÉM NO INSTAGRAM
.
.
Clique aqui para ler mais sobre viagens e pandemia.
.
.
Oi Mari, bom dia, esses dias me deparei com uma reportagem sobre os passaportes da vacinação que estão sendo criados para que possamos voltar a viajar para outros países no futuro. Me parece mais um documento burocrático sem finalidade útil, afinal, depois que um país vacinar toda a sua população, faz diferença se eu não estou vacinada ou até se estou contaminada ao entrar em outro país? Se a população local está imunizada, para que seria preciso provar que eu estou imunizada? Não seria mais inteligente que os países ao imunizar sua população emitisse relatórios a OMS provando o quanto estão imunizados? Para que o visitante saiba se está entrando em um país seguro ou não? Ou seja, não teria que ser eu como turista a provar q estou vacinada, mas cada país deveria relatar quanto de sua população foi vacinada. Os papéis se inverteram na minha opinião. Enfim, já pensou em fazer uma reportagem sobre o assunto para que possamos discutir e refletir? Adoraria ouvir sua opinião.
Oi, Gabriela. Suponho que você deva ter lido sobre como funcionam as vacinas contra a Covid-19, né? Nenhuma delas garante 100% de imunidade contra o vírus; o que elas garantem é um índice de proteção (que varia de uma para outra) contra os casos mais graves da DOENÇA. Vacinados ficam imunizados contra os casos mais graves da doença, mas não necessariamente contra o vírus. Sendo assim, pessoas vacinadas, apesar de não desenvolverem os casos mais graves da doença, continuariam podendo – a menos que pesquisas confiáveis um dia realmente provem o contrário, o que ainda NÃO aconteceu – continuar carregando e transmitindo o vírus a outras pessoas, caso sejam expostos a ele. Viajamos com nosso certificado de vacinação contra a febre amarela conosco há muitos e muitos anos e em muitos países só podemos entrar ao apresenta-lo – e isso nunca foi um problema 🙂 Portanto, não acho que os passaportes biológicos sejam bobagem, nem vejo pessoalmente inconveniente em adota-los, caso um dia eles sejam mesmo implementados em definitivo. Pelo contrário. O problema, a meu ver, é que eles são ferramentas de difícil implementação global, já que países terão ritmos muito diferentes de vacinação no caso da Covid-19 – o que é outra conversa.