Okanagan Valley

InstagramCapture_6c3509f4-8136-42e4-b9b5-9676efc550a8 Vinhos, natureza exuberante e esportes de aventura num segredinho do Canadá

Um vale belíssimo, de ares desérticos. Mas tomado por mais de 200 lagos e um verdadeiro “mar de vinhedos”. Assim é o Okanagan Valley, um pedacinho da província de British Columbia, na costa oeste do Canadá, que é guardado por muitos viajantes como um segredo.

Okanagan Valley

Conhecer a região foi a maior surpresa da minha última viagem ao Canadá, entre final de setembro e primeira quinzena de outubro.  Trata-se de uma das regiões mais quentes de todo o Canadá – dizem que até o inverno por lá é camarada. Suas cidades mais famosas turisticamente são a bela Kelowna e a pacata Penticton – e foi justamente por esta última que eu cheguei à região.

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Penticton fica a menos de 40 minutos de voo de Vancouver – ou uma viagem de 4h em carro por estradas panorâmicas. Usei a cidade como base para explorar o vale porque era lá que acontecia o Go Media, um evento internacional para jornalistas de turismo – mas realmente não é a melhor base, não. Apesar de simpática e acolhedora e rodeada por uma paisagem arrebatadora – espremida entre dois lagos, é a “Interlaken” canadense -, falta ali uma infra-estrutura hoteleira de qualidade. Com uma vibe mais de congressos e eventos, deixa bastante a desejar neste sentido (não recomendaria nem um pouco o que fiquei). Já sua vizinha Kelowna, também dotada de muita beleza natural, é bem mais fértil em opções tanto de hotelaria (de charmosos B&Bs a hotéis boutique) como de gastronomia, com ótimos restaurantes.

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O lago mais famoso, o Okanagan, ganhou ares meio escoceses e hoje propaga lendas de seu próprio monstro, o Ogopogo – que ilustra inúmeras simpáticas camisetas para a criançada. Durante o verão, o vale de Okanagan vê sua população se multiplicar várias vezes com turistas canadenses e estrangeiros ávidos não apenas pelo refresco dos mergulhos em seus lagos como também uma variedade impressionante de esportes radiciais, atividades outdoor e aquáticas. No inverno, tem pequenos resorts de esqui cheios de charme e fora do super circuito de holofotes e badalação, como Big White.

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Mas ao longo do ano todo, não importa a estação, as vedetes são outras: suas vinícolas.  Não à toa, a região é chamada pela imprensa americana de “o Napa Valley canadense”. Hoje, são mais de duzentas delas, entre campos de golfe, pomares orgânicos e estradinhas panorâmicas, cobrindo de vinhedos boa parte do solo fértil existente na região. São tantas vinícolas, de tantos tamanhos e origens, que tem até produção de icewine por lá – e a única adega de vinhos subterrânea da América do Norte, escavada em uma rocha vulcânica.

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E, para mim, é aí que está seu encanto: a delícia de percorrer vinhedos, visitar vinícolas, provar vinhos que nunca chegam às prateleiras ou importadoras brasileiras (provei vários, alguns deles muito bons mesmo, ao longo da semana que passei lá), parar em charmosos cafés com terraços com vista para os lagos, comer em restaurantes instalados em fazendas e pomares orgânicos… e tudo isso rodeado por uma paisagem encantadora.

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Para se locomover por lá, um carro alugado facilita os deslocamentos, é claro, já que nada é muito perto e não há, de fato, transporte público frequente ligando as cidades. Com o carro fica fácil passear entre cidades, visitar lagos etc. Mas há também muitas agências operando tours por lá, de passeios panorâmicos a esportes radicais e tours pelas vinícolas (neste último caso, muitíssimo recomendado contratar um tour se pretender degustar os vinhos da região).

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Fiz logo num dos meus primeiros dias por lá um tour organizado pelo evento para conhecer vinhedos e produtores orgânicos da região, mas não curti, achei muito superficial. No meu último dia em Penticton, e daí por minha conta, fiz um tour ótimo com a empresa chamada Top Cat Tours para conhecer diversas vinícolas de produção mais boutique, com vinhos de alta qualidade – gostei muito (trabalham tanto com tours fechados como com tours individuais e/ou customizados). Um programaço.

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5 Comentários

  1. Oi Mari,
    Voc~e poderia indicar vinícolas, restaurantes e cafés de que gostou? Quero fazer as Rochosas Canadenses a partir de Vancouver e pensei em parar em Kelowna. Acho essas dicas precisas de quem já visitou o lugar imperdíveis! Grata!

    • Ana Maria, fui já tem dois anos, não lembro de cabeça os nomes dos cafés e dos restaurantes. Eram todos pequenininhos e fofos, a cidade é bem pequena. Sobre as vinícolas, nenhuma é ultra especial, então acho que o ideal é ir parando nas que estiverem fáceis no seu caminho. Se puder, estique também a Vernon http://www.maricampos.com/vernon-canada/, uma cidadezinha ainda mais encantadora.

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