As vantagens de utilizar a cidade como base para começar a explorar a bela região francesa
Voltar à Normandia é, pra mim, sempre um prazer imenso. Depois de tanto estudar sobre a região durante os tempos de escola (quem é que não ficou marcado pelas histórias do Dia D?), conheci esta parte da França há pouco mais de cinco anos e caí de amores por sua beleza arrebatadora – tanto que voltei feliz da vida pela terceira vez em outubro último.
Desta vez, ao contrário de ir direto para Barnevile ou Carteret, as adoráveis cidadezinhas normandas que me conquistaram definitivamente – e onde os queridos Flávia e José de Mello têm dois dos mais charmosos hotéis da região, o Hôtel des Ormes e o Hôtel des Isles (em ambos casos, que eu mega recomendo!) – fiz base numa das maiores cidades da região: Le Havre. E gostei.
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Montar base em Le Havre é mesmo bom para começar a explorar a região. Falta ali um hotelaço (dentre 40 opções diferentes de hospedagem, o Art Hotel, bem no centro, quebra um galho, e há Mercure, Novotel e diversas outras opções mais em conta), mas chegar em trem vindo de Paris é muito fácil – são meras duas horas em trem direto de Paris St Lazare ao centro de Le Havre (e a passagem custa apenas cerca de 20 euros) – , a infra para ficar é boa (restaurantes de todo tipo, de cafés a estrelados no Michelin; comércio, vida noturna, museus etc) e de lá fica fácil ir a algumas das cidades mais encantadoras da Normandia, como Étretat, Honfleur, Deauville etc, distantes menos de uma hora. Até Lisieux, cidade de peregrinação católica famosa entre os brasileiros, fica a uma curta distância.
Mas Le Havre é também coberta de história. Uma história doída, sofrida, mas de final feliz. Durante a segunda guerra mundial, o centro da cidade foi quase totalmente destruído em dez minutos de bombardeio. Como uma fênix reerguida literalmente das cinzas, dez anos depois boa parte da cidade já havia sido reconstruída num projeto super polêmico do arquiteto Auguste Perret que, há dez anos, deu à cidade a chancela de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
As típicas casinhas normandas, destruídas durante o bombardeio, foram substituídas por edifícios sisudos de concreto, de três ou quatro andares. Carentes de charme por fora, esbanjam originalidade e ousadia do lado de dentro, num projeto que valoriza a incomparável luminosidade natural local, que tanto encantou os pintores impressionistas, como Monet e Boudin, em outros tempos. Uma das últimas “peças” destruídas a serem repostas foi justamente o principal teatro da cidade – o novo teatro, também de arquitetura super polêmica que lembra um vulcão, foi projetado justamente pelo brasileiro Oscar Niemeyer (e acaba de ganhar uma sensacional midiateca adjunta). Aliás, as conexões com o Brasil vão longe, desde os tempos da importação europeia do nosso café – tanto que, hoje, uma das principais competições de vela do mundo, a Transat Jacques Vabre, parte do Havre e chega a Itajaí.
É ali que fica também o incontornável MuMA – Museu André Malraux de Arte Moderna, que tem o maior acervo de pintura impressionista da França após o Museu D’Orsay em Paris. E somem-se a isso o moderno shopping center Docks Vauban (que ocupa antigos depósitos do porto restaurados), um cinema decorada por Christian Lacroix, um super spa projetado por Jean Novel e outras ousadias.
Entre taças de bons vinhos, cidras, Benedictine e Calvados (as mais famosas bebidas locais), queijos incríveis, e, claro, frutos do mar sempre fresquíssimos, é partir diariamente para o abraço, ops, para as inesquecíveis paisagens normandas por vezes bucólicas e por vezes arrebatadoras (como não cair de amores pelo Nez de Joburg ou pelas falésias de Étretat?!) os arredores da cidade.
E depois, daí sim, num carro alugado, esticar a viagem romanticamente para as pequenas jóias normandas, como Barneville e Carteret. Suspiros.
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Oi Mari!! Estou apaixonada pelo seu blog…. Infelizmente adie por várias vezes a minha viagem solo, muitas vezes por medo e outras por deixar a cultura de que a gente só está bem se estiver acompanhada me dominar… Mas chegou a hora e ano que vem farei minha primeira viagem sozinha… Preciso disso!! Poderia me dar uma dica de algum lugar para ir pela primeira ve sozinha? Sei que é algo muito pessoal, mas uma dica sempre é bem vinda e ainda mais se for de uma especialista….
bjs Patrícia
Oi, Patricia! Que legal 🙂 Dica de destino depende muito do perfil do viajante… Se é tímido ou extrovertido, se gosta de mar, montanha ou cidade, do tipo de vibe e programa q gosta… De muitos fatores! Clica no ícone “viajar sozinho” do menu superior q vc vai achar vários posts (e vários comentários) cheios de boas ideias. Certeza q alguma delas tem a sua cara 🙂