Eu sabia que ia gostar muito da Normandia desde muito antes de embarcar pra lá. Sabe aquele tipo de destino que a gente escolhe sem ter o menor “medo de errar”? Pois é. Mas eu não imaginava que fosse gostar TANTO, a ponto de voltar cheia de histórias e vontades de voltar pra lá pra uma temporada maior para desfrutar do joie de vivre local.
Embarquei levando também na mala saída de praia e biquíni, afinal, era alto verão, finalzinho do mês de julho. Ledo engano: a Normandia não é destino para praia. Não para praia no nosso conceito brasileiro, ao menos. Afinal, lá a vida gira em torno do mar – comida, decoração, hábitos, recarga de energia, atividades para crianças e adultos… todos os moradores de todas as cidades que visitei, mesmo as que não estavam na costa, tinham intensa relação com o mar. Mas é uma relação de contemplação nas caminhadas matinais ou na pausa para ver o por-do-sol, de prazer profundo de sair para navegar ou velejar por algumas horas (ou por todo um final de semana) e até, eventualmente, dar um mergulho renovador nas águas gélidas da região (em torno de 15 graus no verão).
Eis aí uma viagem que é puro deleite, cenário perfeito para casais em busca de romance, para famílias em busca de integração, para solo travelers em busca de auto-conhecimento. Amei. Das paisagens muito, muito verdes por toda a parte às falésias em precipícios para o mar muito azul, não há local que eu não tenha gostado na semana que passei passeando pelo Cotentin – nome como é conhecida a região chamada também de Alta Normandia. É claro que eu também fui ao Monte Saint Michel, destino de 100% dos brasileiros que visitam a região; mas me surpreendi muito mais com os recantos inesperados que se revelaram durante passeios despretensiosos, cheios de românticas casinhas em pedra e telhado de ardósia, jardins absurdamente floridos, bunkers da 2ª. guerra espalhados aqui e ali, declives em direção ao mar de fazer a gente perder a respiração, diferenças impressionantes entre as marés alta e baixa em toda a costa, padarias anônimas vendendo macarrons maravilhosos, hotéis de puro charme, gastronomia inesquecível, lojinhas e epiceries de deixar qualquer um maluco.
Meu conselho? Tome um trem de Paris a Cherbourg, a maior cidade e estação de trens da região, já que a viagem de 3h é tranquila e prazeirosa, com belas paisagens se descortinando nas grandes janelas dos vagões. Ali mesmo, na estação de trens, alugue um carro por uma semana – carro é essencial para poder passear propriamente por lá (o aluguel por uma semana pode custar menos de 200 euros, com taxas!). Se puder, escolha uma base – um belo e confortável hotel, de localização estratégica (fácil acesso a vários outros pontos de visita da região), onde você possa desfazer as malas de uma vez e ter todos os finais de tarde ou começo de noite a gostosa sensação de “voltar pra casa” – deixei duas belas sugestões testadas e aprovadíssimas nos posts anteriores, não?
Escolhendo uma “base” assim, é possível fazer passeios diários à própria Cherbourg (dá pra visitar o submarino Le Redoutable por dentro, a gigante Citè de la Mer, ótimos museus e fazer passeios em barco, por exemplo), à bela Barneville (onde, por sinal, Flávia e José possuem outro charmoso hotel, o Hôtel des Isles), escapar à belíssima La Hague (a paisagem que mais me encantou na viagem), deslumbrar-se com Barfleur… e muitos outros passeios para voltar, como eu, completamente encantado por essa região. Por essa douce, douce Normandie.
Bem, vou ter que voltar à Normandia…
E com tempo pra curtir tudo isso!
Eu mesma ja estou pensando em voltar, Carmem – de preferencia alugando uma linda casinha de pedra ;-))))))
Francia é um país supreendente. Tem paisagens muito diferentes e muitos monumentos para conhecer. Tem bom vinho e excelente queijo. Francia é OK!
Pode fazer passeios muitos diferentes pela Bretaña, pela Normandia, pelo centro do Francia… infinita…
Beijos
Carmen