Dicas para curtir esta adorável terra de vinhos francesa
Antes de voltar a Lyon depois dos dias lindos em Courchevel em março passado, fizemos um breve desvio pela linda região do Beaujolais (distante de Lyon meros 45 minutos em carro), terra francesa produtora de vinhos desde o tempo dos romanos. São nada menos que 55km de vinhedos cultivados nas montanhas entre Lyon e o Mâcon, com a uva gamay (gamay noir à jus blanc) como destaque.
O Beaujolais é hoje uma das regiões mais importantes na produção de vinhos da França e foi uma das primeiras a ter um AOC (ainda na década de 30!), contando hoje com quase 200 vinícolas em seu território. Bucolicamente, seus vinhedos ficam esparramados nas montanhas (com altitudes entre 300 e 1000 metros), numa sequência adorável de vinícolas que formam a chamada Rota do Vinho.
É verdade que o “Beaujolais Nouveau”, o tipo exportação mais comum da produção local, ficou mezzo conhecido internacionalmente (inclusive no Brasil) como sinônimo de vinhos ruins e sem graça. Mas visitando a região a gente descobre que nem todo nouveau é ruim e, mais importante ainda, que nem só de nouveau vive o Beaujolais. Ao norte da região ficam espalhados os crus, como são chamados os vinhos premium, cada um deles batizado de acordo com o nome de seu vilarejo original – e há excelentes produtos por ali.
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Vale saber: os vinhos do Beaujolais estão mudando, para muito melhor, em grande parte por mérito da nova geração de entusiasmados produtores e seus cultivos orgânicos, como na Domaine des Vignes du Paradis, na Domaine Richard Rottiers ou na Domaine de la Bonne Tonne.
A maioria das vinícolas está aberta para visitação e é programão visita-las; mas mesmo quem não é tão chegado à coisa se encanta pelos vilarejos cheios de charme, os bistrôs-delícia (nos quais é praticamente mandatório para os não veganos provar os ultra típicos e fartos “saucissons beuajolais” cozidos lentamente no vinho tinto) , a rota cênica em direção ao monte Brouilly, as hospedagens em antigos castelos (como o Chateau de Bagnols, onde fiquei, um castelo medieval perfeitamente preservado e transformado em hotel com chancela Relais&Chateaux) e até restaurantes estrelados no guia Michelin.
A capital regional Villefranche-sur-Saône mas meu vilarejo preferido foi a minúscula Oingt, uma antiga vila e fortaleza medieval com construções impecáveis de cor ocre, distribuídas em ruelas sinuosas de pedra. Quase deserta e com mirantes espetaculares para as montanhas e vinhedos, é mesmo um programão fazer uma paradinha por lá.
Diversas agências locais fazem tours de um dia à região a partir de Lyon, incluindo visitas às vinícolas e degustações. Mas acho que vale fazer um desvio maior e dormir pelo menos uma noite num dos hotéis-patrimônio da região.
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Oi Mari!
Hace años, mi marido y yo recorrimos Francia en moto. No recuerdo muy bien por dónde pasamos, pero si recuerdo con cariño esos pequeños y bucólicos pueblos impolutos. Te parabas a pedir una “orangine” y te la servián muy fría en una jarra de cristal. Francia ha cambiado mucho con el tiempo, pero supongo que las zonas rurales aún mantienen ese ambiente relajado de antaño.
Bonito lugar. Gracias por compartirlo.
De hecho, si, Carmen; las zonas rurales de Francia siguen asi encantadoras!
Oi, Mari. Tudo bem? 🙂
Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie
Lindo post! Ficamos felizes dos brasileiros estarem conhecendo cada vez mais e gostando daqui. O Beaujolais é uma região lindíssima, deliciosa (astronomicamente falando) e realmente vale a visita!
sim, Beaujolais+Rhone-Alps compõem uma das minhas regiões francesas preferidas!