Lyon para comer

LyonPorque a cidade faz jus ao título de capital gastronômica da França

 

 

 

Contei aqui, em outros posts, e deixei bem claro lá no meu instagram, que caí de amores por Lyon. Apesar de ter passado pela cidade algumas vezes, só a conheci de fato este ano, em março passado, ficando alguns dias por lá antes e depois da viagem a Courchevel.

Dos muitos apostos dedicados a Lyon, o que ela carrega mais orgulhosamente nos últimos anos é o de “capital gastronômica da França”. Dos tradicionalíssimos bouchons, como são chamados os restaurantes que servem a tradicional cozinha lyonnaise, a uma quantidade impressionante de estrelas Michelin, impossível não se deixar seduzir ali também pelo estômago.  Seu queijo regional mais famoso, o Saint Marcellin, também vale todas as calorias consumidas.

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A verdade é que lá a gente come bem em qualquer canto, dos bistrozinhos mais discretos aos restaurantes mais premiados. Seus cafés mesmo já são portadores de ótimas experiências em comidinhas e afins. Mas hoje a vocação gastronômica de Lyon também deve muito ao monsieur Paul Bocuse. O nonagenário chef, que transita sem cerimônia de suas brasseries que levam os nomes dos pontos cardeais às três estrelas Michelin do icônico L´auberge Du pont de Collonges, é o grande nome local quando o assunto é comida.

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Seu restaurante-escola instalado dentro do belo hotel Le Royal MGallery, o Institut Paul Bocuse, tem estudantes de gastronomia que cozinham e servem pratos impecavelmente – jantei ali e foi mesmo sensacional, bem superior às suas brasseries (inclusive no serviço). Ali mesmo, sua L´Ecole de Cuisine Gourmet abre as portas também para turistas em cursos de culinária e pâtisserie, em inglês e francês, com duração de um a três dias (desde 145 euros por pessoa). Um programão.

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Mas seu espaço mais democrático é, sem dúvidas, o mercado Les Halles de Paul Bocuse, o asséptico mercado municipal repleto de barracas, lojas e bistrôs que não apenas vendem produtos locais frescos, vinhos e utensílios para cozinhar como também possuem espaços para refeições rápidas ali mesmo.  Aos finais de semana fica lotado com moradores que se reúnem para comer ostras fresquíssimas com uma bela taça de vinho, enquanto esperam para levar o almoço e a sobremesa para casa.

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Há oferta de tours guiados pelo mercado mas, honestamente, não acho necessários: os vendedores são muito solícitos e, se não estiverem ocupados atendendo muitos clientes, explicam sem economia o que são e como são consumidos os itens que podemos achar mais diferentes. Um belo passeio cultural, para entender como os franceses comem, e uma bela pedida para ao menos um lanchinho.

Lyon é também a terra de Georges dos Santos, o simpático descendente de portugueses que se tornou uma grande referência mundial no mundo dos vinhos. Sua loja de vinhos Antic Wine (18 Rue du Bœuf), em Vieux Lyon, é considerada por muitos especialistas uma das dez melhores do mundo – e a melhor loja de toda a França segundo a Wine Spectator.

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Tive o prazer de ser recebida ali despretensiosamente pelo próprio Georges. Falante, me levou ao subsolo para conhecer sua adega com mais de 4300 rótulos, incluindo preciosidades em vinhos do Porto raríssimos. A adega fica discretamente no subsolo da pequena loja que mantém no centro antigo de Lyon, entre quadros, fotos, discos e camisetas autografadas presenteados por visitantes como Davied Bowie a Iggy Pop. Sem afetações, me contou dos papos que já teve com os clientes do mundo do rock e do pop enquanto falava sobre seus vinhos preferidos.

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Com vinhos das mais distintas procedências e faixas de preços, a loja é também responsável por abastecer as adegas de nada menos que 60 estrelas Michelin distribuídas em distintos restaurantes – e paradinha obrigatória para quem visita a região – pelos vinhos e pela própria figura encantadora do Georges (mesmo se seu orçamento for pequeno, não fique receoso e passe lá; há vinhos ótimos desde 7 euros a garrafa).

Fiquei hospedada no belo hotel Villa Florentine, que leva bandeira Relais&Chateaux. Mesmo que você não faça nenhuma refeição ali, o próprio café da manhã já mostra o apelo gastronômico: os itens frios estão à disposição dos hóspedes em esquema self-service, mas dispostos como se estivessem mesmo num pequeno mercado, em prateleiras e geladeiras. Já os pratos quentes, solicitados à la carte e que vão dos ovos mais simples às clássicas “linguiças” francesas, chegam à mesa com a apresentação típica dos bistrozinhos locais, uma graça.

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Dos estrelados que provei, a melhor refeição foi no pequenino restaurante Les Loges, dentro do hotel Le Cour des loges, com as criações clássicas mas super certeiras do Chef Anthony Bonnet. Ambiente à meia luz, dez mesas, bem bom pra ir em casal.

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A gastronomia séria e de qualidade acontece inclusive nos lugares onde menos se espera: tive uma das refeições mais saborosas da viagem no restaurante do incrível Musée des Confluences. A ótima La Brasserie des Confluences tem menu à la carte mas também ótimos (e super acessíveis) menus prontos de almoço, com diferentes opções de entrada, prato e sobremesa – almocei assim no meu último dia na cidade e foi um belíssimo almoço (e o ambiente também é uma graça, com ótima vista pelas paredes envidraçadas).

No quesito cafés incríveis, acho que vale uma passadinha infalível no Le Café du Rhône, o café mais antigo de Lyon – mas que tem um staff bastante jovem e mistura tudo no mesmo lugar, incluindo pocket shows.

 

 

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