Porque eu achei a Tasmânia uma das mais incríveis ilhas do planeta
Se tem um lugar da Austrália que eu sempre sonhei conhecer, muito mais que Sydney e a Grande Barreira de Corais, sempre foi a Tasmânia. Essa ilha sempre me despertou uma curiosidade imensa – e as poucas pessoas que conhecia que já tinham ido pra lá tinham voltando totalmente encantadas.
Se na visita anterior ao país não consegui chegar até lá, desta última vez não deixei a ilha me escapar de novo; passei uma semana incrível, amei praticamente tudo e não vejo a hora de voltar para conhecer as partes da ilha que ficaram de fora.
São menos de duas horas de voo que separam Hobart, a capital da Tasmânia, de Sydney ou Melbourne, com diversas opções diárias de voos (há voos diretos de outras partes da Austrália continental também). Fui em maio, outono no país, e peguei dias frescos (temperatura entre 15 e 20 graus durante o dia, e um noites um pouquinho mais frias) e mais chuva que sol – mas aproveitei muito cada instante.
Foquei minha viagem nos três itens que todo mundo que eu conhecia que já tinha visitado elogiava mais: a comida, os vinhos e a natureza exuberante. E acho que foi uma escolha acertadíssima. Montei base na capital Hobart e, por isso mesmo, me dediquei a explorar a porção sul da ilha – o norte vai ficar para a próxima visita; afinal, a Tasmânia é uma ilha grande, alguns deslocamentos são mais longos e não dá pra explorar mesmo tudo em apenas uma semana.
Como estava sozinha, financeiramente não compensava alugar carro. Fiquei hospedada a semana toda no ótimo Henry Jones Art Hotel, que recomendo muito, instalado cheio de bossa e obras de arte numa antiga fábrica de geléias em pleno waterfront de Hobart, pertinho dos restaurantes e atrações mais legais (em Hobart, fiz absolutamente tudo à pé).
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A vantagem de ficar em Hobart é a infra hoteleira que tem ali, as boas opções de vida noturna e também porque os mais premiados restaurantes da ilha ficam ali mesmo – meu preferido foi, de longe, o Franklin, instalado num espaço tipo loft que já foi showroom da Ford nos anos 20. O restaurante do chef David Moyle tem menu que muda diariamente e pratos servidos com opções de tamanho diferentes para que se possa compartilhar e experimentar o máximo de sabores possíveis (e tem um balcão incrível na boca da cozinha aberta para quem janta sozinho e uma trilha sonora excelente).
Para conhecer as demais localidades, peguei tours diários com empresas que fazem tours para grupos pequenos – e gostei bastante. Um dos mais legais foi um day tour de vinhos que fiz com a The Long Lunch Tour Co., uma companhia especializada em tours focados em vinhos e gastronomia para grupos pequenos. Éramos apenas oito na van e passamos o dia visitando vinícolas (como Coal Valley e Pooley Wines) , degustando vinhos e provando queijos, compotas, ostras, cerveja, cidras, pães produzidos localmente (duração de mais ou menos 6h).
O outro tour predileto foi o tour gastronômico à linda Bruny Island, uma das ilhotas da Tasmânia, feito com a Pennicott Wilderness Jorneys, de dia inteiro. O passeio inclui a viagenzinha em van até o porto de Kettering, de onde partem os ferries à ilha; e depois em van e à pé por Bruny Island, com direito a visitas incríveis a produtores locais de ostras, vinhos, cervejas, pães, queijos, chocolates e até uísque e muitas andanças para ver as belezas naturais da ilha, das montanhas e praias à vida selvagem, que inclui os incríveis wallabies albinos.
O que ver e fazer
Do avião mesmo, a gente vê como a Tasmânia impressionantemente verde e ainda em boa parte selvagem. Praias desertas, florestas tropicais densas e vida selvagem abundante (cangurus, wallabies, golfinhos, leões marinhos e inúmeras aves, por exemplo) são constantes nos passeios pela ilha. Há fartura em opções de esportes de aventura e trekkings por quase toda parte. Seus encantadores vilarejos guardam preciosidades tombadas pelo patrimônio mundial, como a adorável Richmond, que exibe entre outras lindezas a mais antiga ponte australiana. Além disso, na última década a Tasmânia virou também um dos principais destinos gastronômicos no continente pelo frescor e qualidade dos alimentos (o conceito farm-to-table é praticamente regra ali) e os excelentes vinhos produzidos localmente.
Para quem for também com esse foco nos vinhos e na gastronomia (a Tasmânia anda aparecendo em todas as publicações internacionais com esse gancho mesmo, e já conta com premiadas escolas de gastronomia, como a Agrarian Kitchen, em seu território), vale saber que a maioria dos produtores de queijos, geleias, fudges, frutas, ostras, trufas etc são pequenos e familiares – incluindo a maioria de suas 200 vinícolas (cujos vintages compõem ao menos um quarto dos vinhos mais premiados do país).
Bruny Island é passeio imperdível também, nem que seja por um dia, como eu fui – mas muita gente fica para dormir, o que deve ser um programão também. A ilha é ocupada pelo South Bruny National Park e é famosa pelas “bushwalks”, que os amantes de trekking adoram. Há fartura em passeios de barco também, seja para ver praias e baías, ou para ver de pertinho focas, pinguins e golfinhos. E, claro, uma variedade impressionante de pequenos produtores de alimentos e bebidas cujos produtos estão entre as coisas mais gostosas que já provei na Austrália.
Minha parada preferida foi provavelmente a Bruny Island Cheese Co, do jovem Nick Haddow e sua esposa Leonie, que produzem alguns dos mais frescos e saborosos queijos artesanais que já provei. Pedidaça degusta-los na varanda da loja acompanhados de pão assado na hora e a Farm Ale que produzem ali mesmo também.
Em Hobart, a maior cidade (e ainda assim com jeito de pequenininha e bem fácil de explorar a pé), as opções de passeio são muitas. Há ruas comerciais, com lojas locais nas ruas e pequenos shopping centers. Parques, prédios históricos, ótimos restaurantes, divertidos e charmosos cafés, bares e clubs – Hobart tem um pouco de tudo. Vale ao menos espiar o Salamanca Market (cheio de lojinhas, cafés, barraquinhas e ótimos restaurantes) e a divertida Lark Distillery, que conta não apenas com bela produção própria de uísques como também com a maior coleção de rótulos da bebida na ilha (e um excelente bar em pleno centro de Hobart).
Para os fãs de cervejas artesanais, talvez a melhor pedida seja a Two Metre Tall Company, que utiliza água da chuva e do rio Derwent para criar suas cervejas – incluindo uma que leva suco de maçã na sua composição, a Huon Dark Ale.
Das muitas praias, vilarejos e fontes de água mineral que visitei na ilha, acho que o lugar cuja beleza mais me impressionou foi o pedacinho de Bruny Island chamado “The Neck”, que é justamente onde a ilha afina, formando uma espécie de pescoço, banhada por água dos dois lados. Uma escadaria em madeira leva ao alto de um impressionante mirante, de onde é possível ver toda a ilha.
A imperdível bossa do MONA
Se tem um lugar que em tudo que eu li sobre a Tasmânia aparecia grifado como absolutamente imperdível, esse lugar é o MONA, o Museu de Arte Nova e Antiga da Tasmânia. E vou repetir pra vocês o bordão: é imperdível mesmo!
Instalado em meio aos vinhedos da premiada vinícola Moorilla, o MONA é um dos museus mais incríveis que eu já visitei. A visita, na verdade, já começa ao tomarmos no waterfront de Hobart o ferry que leva diretamente às suas portas: o próprio barco já é repleto de instalações de arte, de assentos em formatos bem pouco convencionais ao bar e banheiros grafitados. E o passeio é lindo, com direito à lindas vistas tanto de Hobart quanto da ilhota do museu e seus arredores.
O prédio da maior galeria de arte privada da Austrália é arquitetonicamente tão dramático quanto seu acervo (apresentado genialmente em galerias irreverentes, espalhadas por distintos andares subterrâneos) e abriga mais de 460 obras de arte do empresário David Walsh, A gente visita o espaço de baixo pra cima (ao lado do começo da mostra há um bar mais legal que eu ja vi num museu), acompanhado de um ipod que serve de guia da visita, oferecendo o itinerário ideal para visitação, imagens e explicações de cada obra e uma trilha sonora incrível, super fora do óbvio, escolhida pelo próprio Walsh.
Quem deixa apenas um par de horas para visitar o local acaba se frustrando terrivelmente – o MONA é passeio para ao menos um período completo do dia, quando não de dia todo. Como a gente tem que comprar ida e volta do ferry antecipadamente, recomendo pensar bastante antes no que quer fazer por lá para garantir que você tenha tempo suficiente para explorar tudo o que quiser na ilhota.
No museu em si, eu recomendo duas horas para a visita bem feita (a duração, claro, vai de cada um, de gostar menos ou mais de cada ala etc). O museu fica aberto das 10 às 18h mas há outras coisas legais para fazer por lá, incluindo os próprios vinhedos da Moorilla à beira do rio Derwent. Os jardins que contornam o museu (entre uma ou outra obra de arte externa) são incríveis, com espaços para drinks, lanches etc, e belíssimas vistas. É possível visitar os vinhedos e fazer degustação de seus ótimos vinhos no winebar-adega instalado em meio aos lindos jardins. Fiz a visita da vinícola com degustação e gostei muito; mas é possível também apenas degustar os vinhos à la carte. Para os cervejeiros, vale avisar que o winebar serve também a Moo Brew, a cerveja artesanal que a Moorilla começou a produzir.
A ilhota abriga também um belo hotel boutique da Moorilla com oito enormes suítes em formato pavilhão com vista para o rio e design ultra contemporâneo para quem quer hospedagem com o máximo de sossego. O belo prédio de arquitetura super contemporânea que abriga a recepção do hotel é onde fica também o excelente Source restaurante, aberto para almoço e jantar – almocei ali depois de visitar o museu e recomendo muitíssimo, menu delicioso. Programaço.
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Oi, Mari
Após ler seu pós, estou desejando conhecer esse lugar tão longínquo a meu país. Misterioso, mágico, verde, tranquilo e genuino.
De pequeña hacían series de dibujos por la tele del demonio de Tasmania. Tengo un recuerdo muy especial de esos dibujos animados de Walt Disney.
bjs
Carmen, tambien creo que la primera vez que pensé em Tasmania haya sido por esos mismos dibujos animados 🙂
Mari, disculpa, el demonio de Tasmania eran dibujos de la Warner Bros…. 😉
Oi, Mari. Tudo bem? 🙂
Seu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie
Mari,
Iremos para à Tasmania em janeiro com criança. Vc foi ao Parque Nacional Freycinet?
Adorei o seu relato!
Cinthia, fui rapidinho sim, mas acabei focando mesmo mais na porção sul da ilha na semana que fiquei lá.
Obrigada. Já estou montando o roteiro.
E ao Tasman National Park vc foi? É tanta coisa linda que estou enlouquecida com a Tarmania.
Conseguiu ver pinguins em Bruny Island?
Minha filha AMA. Vimos na África do Sul em fevereiro e vai amar se conseguirmos ver de novo na Australia!
Sim! Bruny Island é imperdível – pela beleza, pelas delícias gastronômicas e pela vida selvagem. Ali vi também um monte de wallabies albinos <3
Mari, amei sua Trip.Farei exatamente igual, pois tenho poucos dias e irei sozinha.OBRIGADA
Que bom, Alexandra! Seguramente você vai amar! Volta aqui depois para contar como foi :*
Oi, Mari! Tudo bem? Pretendo ir a tasmania em dezembro. Você fechou os passeios lá ou pela internet? Pode me indicar alguma agência? Obrigada!
Pauline, eu fechei tudo pela internet antes de ir, mas é bem fácil fechar lá também. Eu preferi fechar antes com cada receptivo (os que estão indicados no texto mesmo, via internet, nos sites deles) para garantir que pudesse fazer os passeios que eu queria nos dias que eu queria. Se você quiser fechar com uma agência brasileira, também é possível – qualquer agência boa pode te vender os passeios lá. Há muitas agências boas no Brasil, como Teresa Perez, Superviagem, Next2Travel, Local Turismo, Venturas Viagens…