A bela surpresa que foi descobrir os encantos de Calgary, no Canadá
Calgary não é cidade estranha para os brasileiros que viajam ao Canadá; mas, curiosamente, a maioria deles acaba fazendo uso apenas de seu aeroporto quando viaja a Banff, Lake Louise e adjacências. Eu mesma já tinha desembarcado ali sem conhecer a cidade – shame on me.
Mas ano passado corrigi esse terrível equívoco e posso garantir: Calgary vale muito o stop over. Com pouco mais de um milhão de habitantes, a terceira mais populosa do Canadá tem aquele jeito gostoso das cidades grandes que não são gigantescas: tem de tudo, mas as atrações estão em sua grande maioria a uma caminhada de distância.
Calgary já passou por poucas e boas e se reergueu, incluindo as duas terríveis inundações dos últimos anos. Virou notícia também ao eleger o primeiro prefeito muçulmano da América do Norte. Além do turismo, é também importante centro financeiro e comercial (agrega as principais petrolíferas do Canadá, por exemplo, e o skyline lotado de arranha-céus no centro deixa isso bem claro) e famosa também internacionalmente pelo Calgary Stampede (um dos mais importantes rodeios do mundo, que chega a dobrar a população da cidade durante sua realização).
Ganhou mesmo os holofotes internacionais ao ser a primeira cidade canadense a sediar os Jogos Olímpicos de Inverno (lá em idos de 1988). O complexo olímpico construído na época, aliás, foi convertido hoje num imenso parque esportivo, com direito a trilhas nos meses mais quentes e esqui e snowboarding durante o inverno. Mas, um pouco mais afastado, para visita-lo é recomendável fazer uso de um táxi ou do inteligente sistema de transporte da cidade.
Mas não pense que por ali é tudo puro arranha-céu: ainda que a atração mais famosa de Calgary seja sua Calgary Tower, a torre com altura equivalente a um prédio de 60 andares, a cidade é repleta de parques incríveis, dos resquícios da fundação da cidade no Fort Calgary ao Prince´s Island Park, sede de inúmeros festivais gratuitos ao longo do ano (e de spots perfeitos para picnics). E tem ainda um dos mais famosos zoológicos do Canadá.
No centro da cidade, a artéria mais famosa para o turista é sem dúvidas a Stephen Avenue Walk, de paralelepípedos e repleta de bares, lojas e antiquários. Mas para conhecer bem Calgary, é preciso sair do centro e conhecer também seus bairros mais moderninhos, como Inglewood, o bairro wannabe hipster da moda, e o vibrante e autêntico Kensington – ambos são tomados de boutiques descoladas, sebos, galerias de arte, bares, restaurantes e cafés moderninhos (meu preferido foi o Gravity, em Inglewood).
Kensington é também destino de diversos food tours feitos na cidade e conta com uma adorável River Walk, pra gente caminhar observando o sinuoso skyline da cidade para além do rio. Dali é um pulo à bela The Peace Bridge, a ponte para pedestres desenhada pelo espanhol Santiago Calatrava em vermelho intenso.
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A efervescência cultural também é marca registrada da Calgary da contemporaneidade. Há impressionantes obras de arte espalhadas pelas ruas e espaços públicos da cidade e o que não faltam por ali são bons museus. Meus preferidos incluem o divertidíssimo Studio Bell, para delírio de qualquer fã de música, e o gigante Glenbow, o maior museu de arte da Costa Oeste do Canadá. Vale também a visita a Esker Foundation, uma interessantíssima galeria privada para fãs de arte contemporânea.
E para não dizer que não falei de compras, um alerta aos shopaholics: comprar em Calgary é mais barato que em qualquer outra grande cidade canadense. Isso porque a província de Alberta é a única do país a cobrar apenas uma taxa sobre as mercadorias – o que pode torna-las sensivelmente mais baratas.
Onde ficar:
Durante minha estadia na cidade, fiquei hospedada no Calgary Marriott Downtown Hotel. Apesar dos Marriotts tradicionalmente não terem nada de excepcional, gostei do toque moderno na decoração dos quartos e das áreas comuns, do restaurante no térreo e, principalmente, do concierge, que era ótimo. A localização também é excelente, bem em frente à Calgary Tower.
Mas o hotel pelo qual caí de amores descobri ao acaso, enquanto esperava para começar um food tour pelo bairro de Kensington: o Kensington Riverside Inn é um hotel boutique novinho e cheio de charme e estilo, com apenas 19 quartos e localizado bem em frente ao rio, no bairro mais gostoso da cidade.
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Olá Mari! Adorei o post. Deu para matar um pouquinho da saudade que tenho de Calgary!
Também acabei fazendo uma paradinha bem rápida na cidade quando estava a caminho de Banff e me arrependi de não ter despendido um pouco mais de tempo para conhecer melhor a cidade. Com certeza fica essa dica para quem está indo para as montanhas rochosas de Calgary – para que aproveitem pelo menos uns dois dias na cidade antes de seguirem viagem.
Queria aproveitar o assunto e dar uma dica turística que eu adorei conhecer quando estive aí: o Heritage Park. É um parque-museu em que você VIVE a história mesmo. Visita lugares que foram fielmente replicados, conhece pessoas que se caracterizam com os trajes da época e compartilham os costumes e tradições de antigamente.
Você se sente como se tivesse sido transportado em 100 anos – verdade mesmo! Minha parte favorita foi conhecer algumas senhorinhas super simpáticas que fazem uma manteiga tradicional de antigamente e te servem em um pão quentinho enquanto compartilham histórias sobre a colonização do país!
Vale MUITO a pena MESMO!
Um beijo!
Oi, Cris. Eu achei ok o parque, e a visita muito demorada. Pessoalmente, acho que tem outras coisas mais legais para ver na cidade para quem tem pouco tempo por lá – e curti beeeeem mais ver a história da colonização no Glenbow Museum. Mas é questão de gosto pessoal mesmo – super obrigada pelo feedback! 🙂