Serendipity


Eu já achava essa palavra linda. E na última semana ela apareceu na minha frente tantas, mas tantas vezes – em anúncios, textos de amigos, recados e até ao descobrir que o cocktail clássico do Hemingway´s Bar tem esse mesmo nome! – que eu comecei a achar que poderia ser um sinal. Eu, em Paris, talvez cidade mais propícia a serendipity no mundo todo, e essa palavra praticamente jorrando suas letras diante de mim o tempo todo de um jeito muito insistente.
Serendipity não tem tradução exata para o português; talvez nem deveria (como “saudade”, é daquelas palavras que ficam lindas mesmo em sua língua original e ponto), mas se refere, posso arriscar dizer, às coisas do acaso que nos mostram, afortunadamente, possibilidades mais interessantes do que supunhamos onde nem imaginávamos que elas existissem. Ou seja, o efeito de você descobrir acidentalmente alguma coisa muito legal, geralmente procurando por outra sem nenhuma correlação com a primeira.

Acho que essa é uma das mais belas palavras que se pode associar ao mundo das viagens e turismo – quer coisa mais bacana que, no meio do caminho para uma atração X, descobrir um lugar encantador que você nem imaginava que existisse? E perceber que aquele lugar acaba de ser tornar um dos seus prediletos, então? Como diria a propaganda do cartão de crédito, é o tipo de coisa que simplesmente não tem preço. E nada como ter tempo e estar disponível para permitir que serendipity tome conta do seu dia. Dê essa chance a ela. Ela anda tomando conta do meu.

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