Um dia rendondinho em uma das cidades mais gostosas da Holanda
Em minha primeira visita a Haia, na Holanda, cheguei ali esperando encontrar uma sisuda cidade governamental do governo holandês (que tem sua sede ali) – mas tal visão não poderia ser mais equivocada. A linda Haia (na hora de pegar seu trem, The Hague, em inglês, ou Den Haag em holandês) tem sido surpreendente a cada visita: a cidade está se tornando um dos mais vibrantes destinos holandeses.
Não é exagero, não. Acredite: a cidade é repleta de atrações deliciosas em arte, parques e cultura em geral. Não bastasse, ainda é gastronomicamente deliciosa e féril em bares e cafés descoladíssimos. Compras? Tem também, de fast fashion a boutiques cheias de estilo.
A verdade é que Haia tem atrativos para pelo menos dois dias inteirinhos por lá. Mas como a maioria dos turistas brasileiros visita a cidade em um bate-e-volta, é disso que trata este texto aqui: como aproveitar o melhor de Haia em um único dia de visita (o que é até factível, visto que fica bem pertinho tanto de Amsterdã quanto de Roterdã).
Chegar pela manhã garante mais tempo para explorar a cidade com calma – principalmente nos meses de inverno, quando escurece muito cedo. A estação de trens está convenientemente localizada pertinho do centro da cidade. Basta caminhar menos de dez minutos que já estamos no coração de Haia. Um bom começo é espiar a corte de justiça da ONU, um dos prédios famosos da cidade (há também diversas embaixadas instaladas em lindas mansões que valem a espiada para fãs de arquitetura com mais tempo na cidade).
Dali, rumei para o Binnenhof, a mais antiga sede de parlamento ainda em uso no mundo todo e que recebe turistas em visitas guiadas. O prédio do século XIII é lindo, localizado à beira do lago Hofvijver; tem um pátio central que já foi usado para execuções ali mesmo e o belo Ridderzaal, o hall dos cavaleiros usado até hoje para reuniões e recepções reais. Mas a residência real de fato na cidade é o Paleis Noordeinde, de belíssima fachada renascentista, mas que não está aberto ao público.
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Depois passei pelo Oude Stadhuis, um belo prédio da Golden Age que já foi prefeitura de Haia, e pela Grote Kerk, que já foi igreja mas hoje é simplesmente espaço para eventos na cidade. Não me demorei nesta caminhada porque tinha um objetivo bem específico: aproveitar os ótimos museus da cidade o máximo possível.
Rumei direto para o Mauritshuis, que guarda a incrível coleção real em um belíssimo palácio do século XVII – seus quadros mais famosos são Garota com Brinco de Pérola, de Vermeer, e o impactante Lição de Anatomia, de Dr Nicolaes Tulp de Rembrandt.
Depois, ainda consegui ver Rubens e Steen na Galerij Prins Willem V, as espetaculares obras gráficas de MC Escher no Escher in Het Paleis Museum e o mítico Panorama Mesdag, a maior pintura de toda a Holanda, em uma imagem cilíndrica de 14 metros que representa a vista panorâmica de Scheveningen em 1881 – curiosíssima.
Entre uma atração e outra, como fazia friozinho, aproveitei para ir parando cada hora em um café diferente; Haia é terreno fértil para eles, dos mais clássicos aos mais descolados – a própria Plein, praça que é o coração da cidade, é repleta deles. Gostei muito, por exemplo, do Hop&Stork, um café meio hipster que torra seu próprio café e vende ótimos doces e chocolates artesanais – além de ter excelente trilha sonora, com direito a bossa nova.
A cafeteria fica na icônica De Passage, uma galeria coberta do século XIX hoje tombada patrimônio mundial da UNESCO. Até hoje funcionam em seu interior algumas das mais antigas lojas holandesas, como a joalheira Lucardi Juwelier e a sapataria Van Os, mas seu espaço é também ocupado por restaurantes e lojas mais moderninhas. Para compras em lojas de departamento e fast fashion, o melhor endereço é a Grote Markstraat, bem próxima à estação. Para compras em boutiques de designers locais, a Denneweg e seus arredores são uma boa aposta.
Para terminar a visita, já no finalzinho do dia, uma boa dica é jantar no The Penthouse, o mais alto restaurante de toda a Holanda, localizado a 135 metros de altura. A vista através de suas varandinhas e das paredes de vidro é linda e ir próximo à hora do por do sol é a melhor pedida: a gente assiste o por-do-sol de camarote enquanto saboreia pratos da cozinha caprichada do local e depois ver a cidade todinha se iluminar quando chega a noite. Os vinte minutinhos de caminhada dali até a estação de trens são um ótimo pretexto para fazer a digestão tranquilamente; mas, se bater a preguiça, táxis e uber são fáceis de conseguir por lá também.
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