“São Petersburgo é um cenário de filme”, me disse uma amiga antes da minha viagem. E é. Os palacetes multicoloridos, as impressionantes catedrais ortodoxas, a poesia das ruas estreitas e dos canais, as pontes que se abrem ao longo do rio… São Petesburgo – ou Peters, para os íntimos – é daquelas cidades sedutoras, que encantam à primeira vista – mesmo em dias chuvosos e cinzentos como os que peguei por lá.
Mais acolhedora, “européia” e fácil de decifrar que a gigante Moscou, acaba caindo na preferência da maioria dos turistas que visitam o país. Em suas ruas, seus séculos de história se mesclam sem pudores com a contemporaneidade de cafés, restaurantes e lojas – incluindo muitos na vibe hipster. Além de tudo, está há mais tempo preparada para o turismo, incluindo os nomes das ruas e placas sempre escritos nos dois alfabetos e mais funcionários que falam inglês em restaurantes e atrações. É também mais fácil de explorar à pé – escolhendo um hotel bem localizado no centrinho, a gente só precisa usar o transporte público ou táxis e ubers da vida para uma ou outra atração mais distante. Fiquei hospedada no excelente Lotte Hotel St Petersburgo, parte do portfólio da Leading Hotels of the World, quase em frente à St Isaac, e recomendo MUITO.
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Capital da Rússia Imperial por mais de duzentos anos, Peters mostra toda sua pompa e opulência o tempo todo. Fundada por Pedro, o Grande, é composta por mais de 40 ilhotas diferentes, o que explica sua profusão de pontes e canais o tempo todo. Comecei meu passeio pela Fortaleza de Pedro e Paulo, criada para proteger o território de invasores vindos do Báltico e que teria sido o local de surgimento da cidade que conhecemos hoje. Ali dentro, à beira do rio Neva, a gente visita catedral, cripta e museus. Saindo dali, é boa pedida navegar pelos canais da cidade – fica fácil entender porque foi chamada por tanto tempo de “Veneza do Norte”.
Do outro lado do rio fica sua atração mais emblemática: o gigante Museu do Hermitage, um dos maiores e mais antigos do mundo, fundado ainda no século XVIII por Catarina, a Grande. De múmias e antiguidades clássicas a Picassos, há de tudo e um dia é pouco para visita-lo (comprei o ingresso de dois dias e recomendo muito!). Além do icônico Palácio de Inverno, imperdível também visitar a ala contemporânea do museu, instalada no edifício do General Staff. Comprar o ingresso online é mais caro mas garante entrada separada, sem filas (mão na roda para quem vai nos concorridíssimos meses do verão).
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Mas é preciso reservar tempo também para conhecer as (muitas, e divinas) catedrais e igrejas ortodoxas da cidade. A mais famosa delas é a Igreja do Salvador do Sangue Derramado, que ganhou esse nome por ter sido erguida no local em que o czar Alexander II foi assassinado no final do século XVII – e tem a maior coleção de mosaicos da Rússia. Às margens do canal Griboyedov, fica pertinho do parque Mikhailovsky, do Museu Russo e do Castelo St Michael, visitas bem gostosas para quem tiver mais tempo na cidade.
Outras catedrais icônicas na cidade são a catedral naval de São Nicolau (com duas catedrais diferentes em seus andares inferior e superior), a gigantesca Catedral de São Isaque (convertida em museu e com uma vista panorâmica imperdível de sua cúpula) e a Catedral de Kazan (em pleno agito da avenida Nevsky e com 96 colunas que lembram San Pietro, no Vaticano).
A Nevsky, por sinal, é a principal artéria da cidade. Ela e suas transversais são tomadas por lojas, cafés, restaurantes, bares e clubs ultra contemporâneos e cosmopolitas – e ainda é muitíssimo bem servida por diversas estações de metrô. Ainda recomendo muito cacifar uma apresentação no icônico Teatro Mariinsky, garimpar o mercado de pulgas de Udelka e visitar o belíssimo Palácio de verão Peterhof, localizado nos arredores da cidade.
E guenta que ainda vem mais de Rússia por aí 🙂
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Adorei o texto! Vou seguir as dicas direitinho, muito obrigada???
Eba! Tomara que sua viagem seja linda!