O quarto elegante e acolhedor do Ritz Four Seasons Lisboa |
Foi minha querida amiga e xará Mariana, uma portuguesa-brasileira sem igual, quem me fez o convite: “quando você estiver em Salamanca visitando sua irmã, escape uns dias para vir ficar comigo no Four Seasons em Lisboa, ok?”. Bom, convite de amiga querida a gente não recusa, né?
Então no finalzinho de novembro passado, enquanto saracoteava por Madri, Fuentesaúco e Salamanca com minha irmã, realmente escapei para encontrar a Mari em Lisboa. Primeiro, que a capital portuguesa é das minhas cidades do coração e ali eu me sinto verdadeiramente em casa, feliz. Em Lisboa tudo é fácil, descomplicado, quase tudo é perto e tudo é muito, muito gostoso, sempre. Segundo, que o Ritz Four Seasons Lisboa também é dos meus hotéis do coração e, de longe, meu preferido na cidade: ali eles sabem do que eu gosto, como eu gosto e sempre se desdobram para me agradar, como se fosse a primeira vez – uns pasteizinhos de nata de boas vindas, umas frutas no outro dia, uns docinhos com chá no outro… E ainda tem, sem dúvida, o melhor café da manhã da cidade (com direito ao tradicional bolo de arroz e pasteizinhos de nata fresquíssimos todos os dias).
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Lisboa de sidecar é mais emocionante… |
… e muito mais divertida! |
Ainda que por fora pareça antigão, o hotel vive se reinventando por dentro. Os quartos, com grandes varandas, têm vistas lindas para a cidade; e a vista do fitness center, na cobertura, é tão deslumbrante que ninguém reclama de fazer exercícios, não. Ganhou um novo (e já badaladíssimo) sushi bar à noite, acompanhamento perfeito para os coquetéis deliciosos da casa (aposto sempre no Ritz Mojito). Repaginou o spa, também, com um intercâmbio de massoterapeutas de outros Four Seasons espalhados pelo mundo, que ampliaram a carta de tratamentos oferecida (a massagem que mescla técnicas indianas com óleos mil é de curar no ato qualquer jetlag, em mais de 1h30 de tratamento). E, para deixar tudo MUITO mais divertido, agora ainda oferecem, dentre várias opções de tour, o genial passeio de side car pela cidade – o tour privativo, para duas pessoas, realmente acontece nos side cars iguaizinhos aos que fizeram história na segunda guerra mundial, atravessando largas e movimentadas avenidas mas também se esgueirando pelas ruelas da Alfama, subindo as ladeiras para o Bairro Alto, fazendo zigue-zague no Castelo de São Jorge. O tour, que dura quatro horas, é sempre personalizado: o guia sempre faz o SEU tour, do jeito que você quiser, por onde você quiser, parando onde,quando e como você desejar. Sério: eu nunca tinha me divertido TANTO num passeio por Lisboa – e olha que visito a cidade todos os anos (conto o tour em detalhes AQUI).
Ah, o Tejo! |
A Mari também me apresentou a um dos novos restaurantes da cena lisboeta: o Bistro 100 Maneiras, bem na divisa do Chiado/Bairro Alto. A nova casa do chef bósnio Ljubomir Stanisic mal abriu e já virou hot spot na cidade, num ambiente super descontraído e aconchegante, dividido em dois pisos, que é tão informal que parece que a gente está jantando na casa de amigos descolados, com comida divina e drinks maravilhosos – recomendo muito o Red Hot Spicy Guava e, se puder, que reserve uma das mesinhas nas micro-janelas do segundo andar, uma fofura.
Gastronomia e serviço impecáveis no Eleven |
Fui jantar também no sempre ótimo Eleven, do genial Joachim Koerper. Ali eu praticamente “bato cartão” toda vez que vou à cidade, é meu queridinho. O restaurante, além de ter a vista mais linda de Lisboa, do alto do parque Eduardo VII, é romântico, elegante, acolhedor, serviço impecável. E muito democrático, com menus simplesmente in-crí-veis de almoço e jantar começando em inacreditáveis 11 euros (o menu degustação no jantar, de maravilhosos 9 passos, é daquele tipo que a gente não esquece nunca).
Comprinhas imperdíveis da Amélie au Theatre… |
… a A Vida Portuguesa |
Mas como a gastronomia lisboeta é maravilhosa mas não é tudo que a cidade tem para oferecer, mergulhei também na nova rota de compras do centro da cidade: se você fizer a deliciosa caminhada da rua da Escola Politécnica até o Chiado vai se deparar com os mais interessantes estilistas e designers da atualidade portuguesa. Peças super caprichadas, acessíveis e, na maioria das vezes, exclusivas, cheias de bossa e estilo, como nas ótimas Amélie au Theatre, Lost´n e D´ici et là, entre várias outras.
O super hiper dooper Red Hot Spicy Guava do Bistrô 100 Maneiras |
Obrigado pelos elogias à minha cidade que me viu nascer e que amo do coraçao. Volte sempre