Se você é do tipo que sofre a cada turbulência nos ares, vale ler esse post
Que atire a primeira pedra quem nunca prendeu a respiração numa turbulência mais forte. E, pra quem prende a respiração TODA vez que o avião chacoalha lá em cima, duas boas notícias: 1) você definitivamente não está sozinho e 2) não é preciso ter medo de turbulências. Especialistas confirmam que turbulências representam um óbvio desconforto para o passageiro mas raramente são perigosas.
Racionalmente, a gente sabe que aviões estão entre os meios de transporte mais seguros do mundo e que, é claro, se algo está no ar vai mesmo “se mexer”. Mas medo é um bichinho esquisito e na hora H é mesmo difícil pensar racionalmente. Ainda mais hoje em dia, com as turbulências se tornando mais comuns e intensas em tantas rotas.
Então aqui vai um postzinho dedicado a todo mundo que sofre de medo com as turbulências, com explicações sobre o assunto dadas pelo piloto Menno Kroon, da companhia aérea KLM. Primeiro, vamos listar aqui os diferentes tipos de turbulência que podemos enfrentar num voo e porque elas acontecem.
Turbulência de vento. Nas altitudes baixas, elas são muitas vezes causadas por ventos pesados. São mais perigosas durante a decolagem ou o pouso, mas vale lembrar que pilotos são treinados para essas situações. Nestas circunstâncias, eles nos pedem para afivelar cintos e realizam as manobras possíveis para escapar delas o mais rápido que conseguirem.
Turbulência de ar ascendente. São causadas em altitudes elevadas quando o ar quente sobe em uma corrente vertical, chamada de updraft. Quando o ar sobe, a temperatura cai até a condensação. Se estiver mais úmido, as partículas de umidade criam nuvens, o que permite que se veja/preveja a turbulência pelo radar meteorológico. Nos casos de ar muito seco, não ocorre a condensação e a turbulência não fica visível (a clear-air turbulence), que costuma pegar pilotos de surpresa. São os casos em que o solavanco atinge o avião antes do piloto pedir para apertar os cintos (por isso vale o lembrete: deixe SEMPRE seu cinto afivelado, mesmo que “folgado”, enquanto estiver no seu assento).
Turbulência por correntes de jatos de ar. As grandes correntes de ar da Terra produzem ventos extremamente fortes em altitudes elevadas, chegando a mais de 300km/h! Esses ventos super intensos sopram principalmente no hemisfério Norte e em sentido oeste-leste – e podem mudar de direção repentinamente quando encontram áreas de alta ou baixa pressão.
Turbulência em região montanhosa. Em casos de vento forte, o ar pode ser direcionado para cima ao encontrar montanhas mais altas, causando ondas que podem ser sentidas mesmo em altitudes elevadas. Por isso não são raras as turbulências ao passarmos sobre uma cadeia de montanhas (como sobre a Cordilheira dos Andes, nas viagens desde e para Santiago).
Turbulência causada pelo próprio avião. Isso mesmo: há um tipo de turbulência causada pela própria aeronave. Chamada de turbulência de esteira, tem efeito similar ao efeito de “rastro” de um grande navio passando pela própria água do mar. Por isso mesmo existem normas que especificam a distância e o intervalo mínimos entre duas aeronaves (inclusive nas decolagens).
Mais importante que conhecer os diferentes tipos e causas de turbulências, é lembrar-se sempre que os pilotos são preparados para enfrenta-las e que cada voo segue um plano prévio, levando em consideração tabelas de previsão do tempo para que eles saibam exatamente onde podem encontrar turbulências. “Durante o voo, tentamos evitar qualquer turbulência que possamos ver da cabine de comando ou em nossas telas de radares. Também mantemos contato com o controle de tráfego aéreo e com outras aeronaves na área para nos manter a par das condições climáticas recentes”, conta o piloto Menno Kroon, da KLM.
Turbulências muito intensas podem danificar um avião? Especialistas garantem que as chances são quase nulas, visto que as aeronaves hoje em dia são bastante flexíveis, desenvolvidas justamente para enfrenta-las. “Se você alguma vez estiver num assento na janela e vir a asa se movendo para cima e para baixo, não se preocupe: ela foi feita para fazer isso mesmo”, garante Kroon, que assistiu pessoalmente a alguns testes na Boeing em que a asa do avião era literalmente “dobrada” repetidas vezes como parte dos procedimentos de teste.
Então agora é tentar relaxar, distrair-se com outras atividades à bordo – ler, assistir filmes e séries, jogar, ouvir música etc – e esperar a turbulência passar. Que, por mais chatinhas que sejam, elas sempre passam 🙂
Leia mais sobre medo de avião aqui e aqui.
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Estou atirando a pedrinha: apesar de já ter pego turbulências violentas, eu não tenho o menor medo.
Na verdade, tenho tido mais medo é da encheção dos aeroportos, das grossuras dos comissários de bordo… ?
hahahahaha boa!