Como é o sobrevoo do Grand Canyon a partir de Las Vegas

Como é sobrevoar o Grand Canyon (e pousar nele!) a partir de Vegas

Nesta última viagem a Las Vegas, neste agosto, se tinha uma coisa que estava no topo da minha lista de prioridades era entrar em um dos tours que sobrevoam o Grand Canyon. Da última vez na cidade, eu tinha decidido fazer de última hora e os sobrevoos na empresa que cotei já estavam todos cheios.

O Grand Canyon, esculpido ao longo de milhões de anos com fendas que chegam a atingir 1.800 metros de profundidade. é incrível de todos os jeitos, de todos os ângulos. E eu acho a região tão, mas tão impressionante vista do alto (com sorte, a gente consegue vê-lo da janelinha do avião se chegar a Vegas pelo aeroporto) que não queria por nada perder a oportunidade de fazer o esperado sobre voo desta vez. E deu certo.

O piloto Josh nos mostrando as belezas dos cânions e lagos (ele vai narrando tudo no microfone a viagem todinha).

Desta vez, a empresa utilizada foi a Papillon, que também oferece diferentes tipos de tours aéreos ao Canyon (e também a outros pontos lindos dos arredores, como o Antelope Canyon), mas com uma diferençazinha: os voos deles saem da vizinha Boulder City e não exatamente de Las Vegas.

Sair de Boulder City ao invés de Vegas pode ser alento para quem tem medo de voar, já que você passa o mesmo tempo sobrevoando o parque mas bem menos tempo voando no deslocamento até o Grand Canyon.

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De qualquer maneira, no custo dos sobrevoos já estão incluídos os transfers ida e volta do seu hotel (eu estava hospedada no ótimo Aria Resort & Casino) até a base da empresa em Boulder City. Há diferentes opções de tours e passeios, mas na Papillon as três mais comuns são essas:

  • Desde US$264 + taxas o sobrevoo do Grand Canyon e arredores, sem pouso.
  • Desde US$ 354 + taxas o Grand Celebration Tour (que eu fiz), que inclui o sobrevoo do Grand Canyon e arredores, pouso na base e café da manhã e brinde com espumante no local.
  • Desde US$ 439 + taxas o roteiro mais completo, que inclui sobrevoo, pouso na base, pouso no topo, um refeição no local e um passeio de aventura (em barco), com opcional de fazer a Skywalk.

Como é o passeio

As cinco da manhã em ponto o micro ônibus da empresa estava me esperando no ponto de encontro marcado no Aria. O trajeto até o aeródromo da empresa durou cerca de 30 minutos. Lá o atendimento foi rápido: apesar de ter MUITA gente, são vários helicópteros, voos e produtos diferentes oferecidos. A gente chega e já dá o nome e apresenta documento no balcão de check in, onde somos casualmente pesados – as balanças estão instaladas no chão mesmo, bem em frente de cada guichê, e todo mundo tem que “pisar” nelas para poder chegar ao balcão.

Você recebe um adesivo com uma cor, e é a cor que determina de qual grupo você faz parte. O local conta com bons banheiros, com uma enorme loja de souvenirs e também com uma pequena lanchonete onde você pode comprar, se quiser, café, água e algo para comer.  Uns 15 minutos depois do meu check in já chamaram minha cor e meu nome e o piloto Josh veio cumprimentar todos do grupo. Embarcamos em apenas cinco pessoas em um helicóptero para seis passageiros, o que foi ainda melhor.

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Esse foi o meu helicóptero, que o piloto ainda pousou sozinho num canto, isolado dos demais.

A disposição dos passageiros na aeronave geralmente é feita para manter uma distribuição correta de peso na mesma, mas é possível pagar US$50 a mais para garantir seu assento na frente (se ninguém tiver feito isso antes, já que são apenas dois assentos na frente, mais o piloto). De qualquer maneira, funciona bem negociar com os demais passageiros para parte ir na frente na ida, e parte na volta. No meu voo, curiosamente, a maioria tinha medo de helicóptero e acabei conseguindo o front seat na ida e na volta <3

O dia amanheceu lindo, com muito céu e céu muito azul. A vantagem de sair tão cedinho é que nos dias ultra quentes que peguei em Las Vegas, a temperatura ainda era bem aceitável no horário do voo.  A decolagem foi suave e em pouco tempo de voo sobre o deserto já estávamos vendo a represa Hoover Dam, o vulcão extinto Fortification Hill e o belíssimo Lake Mead.

O voo foi super estável o tempo todo, ida e volta, com cerca de 35 minutos de voo em cada perna – sem nenhum sacolejo. Eu ainda estava embasbacada com a paisagem ao meu redor sobrevoando as incríveis fendas do Grand Canyon quando Josh fez uma manobra para baixar a aeronave e entramos com o helicóptero dentro de uma das fendas. Fomos sobrevoando um filete de água entre os paredões de rocha cada vez mais baixinhos até visualizarmos o local de pouso do helicóptero, na base do canyon.

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O pouso no Grand Canyon

O pouso em pleno canyon foi mesmo de uma beleza espetacular, ainda mais com os raios do sol da manhã deixando os paredões meio avermelhados, meio dourados. O helicóptero pousa em um pequeno platô às margens do Rio Colorado, com espaço para outros helicópteros pousarem também a boa distância uns dos outros. Quando fui, éramos quatro helicópteros diferentes no local naquela manhã.

Primeiro, todo mundo desceu abobado com tanta beleza e se pos a fotografar e emitir “ohs” e “ahs”e “que lindo” sem parar. A beleza do local é realmente desconcertante – fora a sensação de sabermos que eramos apenas aquelas menos de 30 pessoas naquela imensidão de lugar.

No platô a empresa mantém uma espécie de pérgola com mesinhas comunitárias de madeira onde são servidas as refeições incluídas no passeio. No meu caso, um café da manhã que veio bonitinho em uma cestinha de vime: fruta, muffin, barrinha de cereal, suco, água e outras coisinhas. Só fez falta mesmo um café de verdade, que eles não servem no passeio. Mas há um brinde com espumante para todos os passageiros e quem quisesse podia repetir à vontade.

Optei por só tomar o suco rapidinho e comer a fruta, porque o grande senão do passeio é ficar muito pouco no local: a gente fica lá em terra mesmo pouco mais de meia hora. Preferi apreciar aquela lindeza, filmar e fotografar e deixei para comer ao voltar para Boulder City. O silêncio e a paz daquele cantinho enfiado no canyon, diante de tanta beleza, é algo que merece realmente o máximo possível de contemplação. Achei que vale – e muito!!! – a pena pagar a mais pela chance de pousar ali.

Após cerca de meia hora no canyon, voltamos ao helicóptero para a segunda parte do sobrevoo. No voo de volta, a gente sobrevoou pontos diferentes do West Grand Canyon e também do deserto, conseguindo ver paisagens diferentes da ida, o que achei muito bom.  O sobrevoo de volta foi tão lindo quanto o da ida, o pouso foi macio que só ele e logo que a gente desembarca de volta em Boulder City já nos encaminham para um dos micro-ônibus que nos levará de volta ao hotel em Las Vegas. Cheguei de volta ao Aria cerca de 9:40 da manhã.

A vantagem de quem faz o passeio mais caro e pousa também no topo é a possibilidade de ver o canyon a partir de Eagle e Guano Point e, se quiser, esticar à passarela com chão de vidro Skywalk.

Para quem optar por fazer o passeio desde a cidade de Las Vegas mesmo, com outras empresas, dizem que o ideal é fazer o passeio do por-do-sol, para ver o sol se por no Canyon e ver Vegas já toda iluminada na volta para cidade. Dá para cotar diferentes opções de passeios ao Grand Canyon aqui.

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