Como planejar sua viagem às Maldivas

Do aéreo à escolha das ilhas e resorts, dicas redondinhas sobre como planejar sua viagem às Maldivas

As ilhas Maldivas estão na listinha dos sonhos de quase todos os viajantes do planeta. Remotas e paradisíacas, é impossível não se deixar seduzir pelas fotos de seus hotéis à beira-mar, rodeados de água turquesa, corais e bangalôs milimetricamente posicionados sobre o oceano. 

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O contraponto é que o destino Maldivas é longínquo e caro: uma passagem em classe econômica gira hoje entre 8 e 10 mil reais e as passagens em executiva valem na melhor das hipóteses o dobro disso.

Hotéis ali também cobram caro; sendo tão remotos e exclusivos, os custos tendem a ser mais elevados mesmo, das acomodações às refeições e passeios. Mas a boa notícia é que toda aquela beleza anunciada em fotos e vídeos largamente reproduzidos nas redes sociais é mesmo real: o mar das Maldivas está definitivamente entre os mais bonitos que já vi na vida (para mim, o único destino capaz de rivalizar com tais águas são as ilhas da Polinésia Francesa).

Então se você sonha com dias de puro relax, água turquesa quentinha e cristalina, literalmente tomada por corais e vida marinha praticamente à beira da areia, o negócio é organizar as finanças porque o investimento de uma viagem às Maldivas realmente compensa. Senta que lá vem a surra de dicas.

Como chegar

Não existem voos diretos às Maldivas do Brasil, mas há opções de chegar às ilhas com escalas e conexões na Europa e no Oriente Médio. Para a minha viagem em setembro último, a melhor opção, em horários e valores, se revelou a excelente Qatar Airways, cujos voos a Male (a capital das Maldivas) fazem conexão na ida e na volta no ótimo aeroporto de Doha.  Dá pra ler mais sobre minha experiência com os voos da Qatar aqui

A viagem às Maldivas será invariavelmente longa e, por isso mesmo, é importante escolher uma rota o mais lógica, confortável e prática possível. A conexão em Doha é prática, simples e confortável, sem pegadinhas e com excelente infra-estrutura de aeroporto. Dá pra ler tudo sobre todos os detalhes para fazer conexão em Doha aqui. 

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Quanto tempo ficar

A menos que você esteja conjugando as Maldivas com outros destinos numa mesma viagem (como Índia, Sri Lanka, Emirados, Turquia etc), a estadia mínima que eu recomendaria é de uma semana. Idealmente, pelo menos dez dias. Mesmo com investimentos altos necessários para a viagem, não vejo sentido em voar a um destino tão longínquo para ficar pouco tempo.

Como escolher o seu hotel

As Maldivas compõem um destino em que a escolha da hospedagem é realmente definitiva para a experiência geral por ali. Afinal, no arquipélago todo, cada ilha é ocupada por um resort diferente. Ou seja: durante sua hospedagem em um mesmo hotel, quase tudo que você fará por ali será oferecido ou gerenciado pela propriedade que você escolheu, de praia e passeios a restaurantes. 

Assim, minha sugestão é dividir sua semana por lá em dois hotéis diferentes, para conhecer pelo menos duas ilhas diferentes do arquipélago. Como fiquei quase duas semanas no destino, dividi minha estadia toda em quatro resorts diferentes, em quatro ilhas e três atóis diferentes – e continuo achando que foi a melhor decisão que tomei. 

Os hotéis que escolhi foram o Soneva Fushi, o Anantara Kihavah, o Anantara Dhigu (que leva de brinde também o Anantara Veli) e o Niyama Private Islands Maldives.

LEIA TUDO QUE JÁ FOI PUBLICADO NO BLOG SOBRE AS MALDIVAS AQUI.

Os dois primeiros – Soneva Fushi e Anantara Kihavah – ficam no mesmo atol, o Baa Atol, a cerca de 25 minutos de lancha um do outro, e constituem uma dobradinha perfeita para quem não quer ter muito perrengue em deslocamentos. Têm vibes muito parecidas (do relax à excelência em serviço), com impecáveis serviços de mordomo para todas as vilas e ótimos restaurantes (o Kihavah tem um belo restaurante underwater também).

O Soneva Fushi é todinho constituído de beach villas e o Anantara Kihavah é composto por tanto beach villas como bangalôs sobre a água – e todos excelentes, do espaço às amenidades. Ambos têm também excelente infra-estrutura tanto para os mais distintos tipos de público, dos casais em lua-de-mel às famílias com crianças, e são extremamente focados em sustentabilidade e conservação. Há bicicletas e triciclos em todas as vilas e bangalôs.

Os dois resorts possuem também observatórios astronômicos próprios completos e imperdíveis. Para amantes do mar, estes foram os dois locais mais incríveis para snorkel e mergulho que conheci nas Maldivas, com uma fartura impressionante de corais e vida marinha praticamente à beira-mar. 

Clique aqui para ler mais sobre o Soneva Fushi.

Clique aqui para ler mais sobre o Anantara Kihavah.

O Anantara Dhigu e seu vizinho Anantara Veli são boas opções para quem quer se hospedar nas Maldivas com conforto mas sem investir em um hotel de luxo. O primeiro tem beach villas e bangalôs sobre a água e o segundo somente bangalôs sobre a água (e o Veli também não hospeda crianças). As bicicletas dos resorts não são exclusivas de cada bangalô ou vila e sim em base first come/first served. 

Só há serviço de mordomo para os bangalôs mais caros do Veli. Uma vantagem destes dois hotéis é que a hospedagem em um deles dá direito a usufruir também dos serviços e instalações do outro, das praias aos restaurantes (um barco liga os dois hotéis em literalmente um minuto durante todo dia e noite).

Clique aqui para ler mais sobre o Anantara Dhigu.

E o Niyama Private Islands Maldives é um resort de excelente qualidade e vibe mais jovem e festiva, e decoração mais contemporânea no geral. Tem beach villas e bangalôs sobre o mar, restaurantes de estilos bem diferentes entre si e serviço de mordomo para todos os bangalôs e vilas.  O Niyama ocupa duas ilhas diferentes, com a particularidade de a extremidade de uma delas ser de mar agitado e ondas, muito propícia para prática de surf (o próprio Medina já se hospedou lá).

Clique aqui para ler mais detalhes sobre o Niyama Private Islands Maldives.

As reviews completinhas Sobre cada um dos resorts estão neste link aqui.

E dá para pesquisar estes e outros hotéis nas Maldivas aqui.

Hidroavião pronto para levantar voo no Niyama Maldives.

Transfer entre aeroporto e hotel

Para se locomover entre o aeroporto internacional de Malé e os resorts das ilhas das Maldivas, é sempre necessário fazer um transfer em barco, lancha rápida ou avião. Para os resorts mais próximos à capital, as lanchas costumam ser opções eficientes – e também muito mais em conta -, em trajetos em geral de 30 minutos a uma hora. Mas para boa parte das ilhas e resorts voar é necessário, dada a distância entre as ilhas. 

Existem diferentes companhias aéreas que operam entre as ilhas das Maldivas, sendo alguns poucos voos regulares e a maioria sendo voos em hidroavião. Utilizei os serviços de lancha rápida para o Anantara Dighu (a 35 minutos do aeroporto) e voei em hidroavião com as empresas TransMaldivian e MaldivianAir para o Soneva Fushi, o Anantara Kihavah e o Niyama. 

Os voos em hidroavião, apesar de serem a forma mais cara de transfer, trazem duas grandes vantagens: cada transfer entre aeroporto e hotel vale por um passeio, já que o sobrevoo por outras ilhas e recifes é de encher os olhos mesmo do mais medroso dos passageiros, e o hidroavião nos deixa praticamente na porta do resort.

Todos os hotéis nos quais me hospedei possuiam também lounges bem confortáveis no aeroporto para esperarmos tanto o transfer para o hotel como também o voo internacional de volta para casa. É possível comprar os voos separadamente, mas acho bastante aconselhável já combinar os voos diretamente com cada hotel, já que eles sempre sabem os melhores voos e horários para cada caso. 

Mas importante ter em mente: para ir direto do aeroporto de Malé para seu hotel nas Maldivas é importantíssimo que o seu voo internacional chegue até 14h na capital. Hidroaviões e lanchas não circulam à noite. Se você pousar depois deste horário, é bastante possível que tenha que dormir a primeira noite em um dos hotéis de Malé para só no dia seguinte ser transferido para seu resort. 

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Os bangalôs sobre a água do Anantara Dhigu.

Quando ir

Timing é extremamente importante em uma viagem para as Maldivas. A época mais recomendável para visitar o arquipélago vai do mês de novembro ao mês de abril, que é em teoria a estação mais seca e ensolarada.

Convém evitar viagem para lá de maio a agosto, que são os meses mais úmidos (sobretudo junho e julho). Setembro e outubro são considerado meses “loteria”, nos quais o tempo é uma caixinha de surpresa. Quem acompanhou pelas redes sociais minha viagem para lá em setembro viu que peguei dias lindos e ensolaradíssimos em parte da viagem, mas também muitos dias nublados e uma sequência de três dias extremamente chuvosos. 

Um dos deliciosos restaurantes do Soneva Fushi.

Alimentação e bebidas

Como cada ilha nas Maldivas é geralmente um hotel diferente, você acabará fazendo todas as suas refeições no seu próprio resort.  E, é claro, os preços delas costumam ser salgados.

Por isso acho importantíssimo já reservar hospedagem com meia-pensão (café da manhã e jantar) ou pensão completa (café, almoço e jantar) – a economia é extremamente significativa e quase todos os hotéis das Maldivas oferecem estes sistemas. Se você acorda mais tarde, meia-pensão costuma ser suficiente, até porque boa parte dos hotéis serve o café da manhã até bem tarde. 

Os resorts costumam ter restaurantes de culinária variada bem internacional, incluindo opções buffet e opções à la carte de diferentes cozinhas, incluindo alguns poucos pratos tipicamente locais. Peixes e frutos do mar costumam ser destaque, é claro.

Como país muçulmano, as Maldivas proíbem a entrada de álcool no país. Assim, se você planeja levar uma garrafa especial de vinho ou champagne para a viagem, pode já abandonar a ideia – todas as malas têm que passar no raio-X no desembarque e as garrafas são sumariamente retidas no ato. Os resorts vendem bebidas alcoolicas normalmente, mas vale saber que elas são bastante taxadas. Espere pagar a partir de 12 dólares por uma taça de vinho e (com sorte) a partir de 50 por uma garrafa.

Vida marinha e corais impressionantes em todo canto.

Passeios

Apesar de muito hóspede querer apenas curtir as instalações do seu próprio resort durante a viagem às Maldivas, há também, é claro, opções de passeios de curta distância em todos eles.

Os resorts costumam emprestar sem custos equipamentos para snorkel e é altamente recomendável utiliza-los: snorkeling nas praias dos hotéis costuma ser incrível, com imensa variedade de corais e fartura de vida marinha (dos mais diferentes peixes a tartarugas, arraias e baby sharks). Vários resorts incluem no valor das diárias também alguns esportes náuticos, como caiaques, que costumam ser um programão.

À parte costumam ser oferecidas atividades extras (como jantares exclusivos na praia, piqueniques em bancos de areia, aulas de culinária etc) e passeios em barco a outros cantos, geralmente para observar golfinhos ou fazer snorkel com tubarões em outras bandas. 

Clique aqui para ler mais sobre as Maldivas. 

Clique aqui para pesquisar o seu hotel nas Maldivas.

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6 Comentários

  1. Ola Mari tudo bem? muito legal o post! como vc fazia para ir de um hotel para o outro, tem q voltar para male e depois ir ou tinha voos de hidroaviao direto para os hoteis?

    • Oi, Thiago! Acho que te respondi no instagram, né? Se os hotéis forem no mesmo atol, dá pra contratar lancha e fazer o trajeto de lancha rápida mesmo, bem prático. Mas para ir a outros atóis o ideal é tomar o voo de volta a Malé e de lá para o seu novo hotel. Para fazer direto de um hotel a outro em atóis diferentes só checando mesmo com os hotéis a possibilidade (às vezes, dependendo do itinerário, você pode dar sorte) ou contratando o hidroavião de forma privativa (o que é beeeem mais caro).

  2. Adorei! Estou planejando voltar para Dubai em 2022 e pretendo dar um pulo mas Maldivas. Queremos mesmo é só ficar uns 3 dias por lá, só pra conhecer por cima. Queremos ficar 1 dia em bangalô sobrepôs águas e 2 dias em um quarto na praia mesmo. Pelo que vi em fotos os bangalôs são sempre sob águas cheias de recifes de corais e eu preferiria poder descer as escadas do bangalô e poder caminhar…você indica algum lugar?

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