Cositas que vale a pena você saber de antemão antes de embarcar para a capital equatoriana:
– não existem, por enquanto, voos direto do Brasil a Quito, mas é fácil voar via LAN, Avianca, Taca ou Copa para lá, sempre com conexão no hub da companhia escolhida, é claro (eu fui via Bogotá e voltei via Lima). Vale a pena reservar com antecedência ou tentar emitir o trecho com milhas/pontos: comprando com menos de um mês da viagem, paguei 900 dólares (taxas incluídas) pela passagem com saída de SP.
– o aclamado “novo aeroporto” de Quito ainda não está pronto. Ou, melhor, até está; mas como ainda não está pronta a estrada que leva ao aeroporto (viva a América do Sul!), ainda não está operando; deve entrar em funcionamento a partir de março do ano que vem. O aeroporto atual, apesar de pequeno e desorganizado, tem uma grande vantagem: fica em plena cidade – com trânsito bom, a gente leva cerca de 20 a 25 minutos ao centro ou ao bairro La Mariscal
– a moeda corrente no Equador é o Dólar americano (USD). Isso mesmo, dólar, igualzinho nos EUA. Única diferença são as moedas, em geral cunhadas no próprio país – incluindo a curiosa moeda de 1 dólar. Dessas vale a pena tentar se livrar antes de voltar ao Brasil, a menos que você queira colecionar ou voltar ao país em breve, é claro.
– o transporte público em Quito é muito barato – custa cerca de US$0,50, em geral. Mas ainda não existe metrô e os ônibus costumam ser bem demorados e muito, muito cheios. Aconselho o uso dos táxis, inclusive no trajeto aeroporto/hotel (vale também consultar com o seu hotel quanto cobram pelo transfer). Na cidade, mesmo as corridas mais longas – como Centro/La Mariscal ou La Floresta e vice-versa – dificilmente passa dos dois ou três dólares. Para voltar à noite, aconselho sempre pedir ao restaurante ou bar onde você estiver que chame o táxi por você, por segurança – único senão é que à noite a maioria dos carros opera sem taxímetro e cobra bem mais caro pela viagem (de seis a oito dólares o mesmo trajeto acima citado).
– como já contei antes, a zona hoteleira por excelência é também a zona boêmia por excelência: La Mariscal, popularmente conhecida como “gringolândia”. Mas os melhores restaurantes estão no bairro vizinho, La Floresta, e o centro histórico, que reúne as melhores atrações históricas da cidade, também está despertando novamente para hotelaria – no último ano, cinco novos hotéis abriram suas portas por lá, além de pousadas e albergues.
– no comércio, há de tudo. O comércio popular está todo reunido no centro histórico; as melhores compras de artesanato, na minha opinião, estão no mercado de La Mariscal; e tem também shopping centers nos bairros mais afastados e residenciais. Quem tem mais tempo pode comprar um tour até Otávalo, que tem a maior feira de artesanato das Américas – mas vale saber que são cerca de duas horas para ir e outras duas para voltar; o grande dia de Otávalo é sábado. Em geral, para artesanatos, pechinchar em Quito é de lei; mas pechinchas suaves – difícil um comerciante dar descontos superiores a 20% do preço originalmente proposto.
– os quiteños são, em geral, muito simpáticos e solícitos: explicam detalhadamente cada pergunta que fazemos. Ainda não estão acostumados com o turismo de brasileiros – somos poucos por ali – mas adoram o Brasil e nosso futebol.
– Quito, felizmente, já não é mais insegura como era antigamente. Até o centro histórico, que vivia em pé de guerra há uma década, está super policiado durante o dia e iluminadíssimo à noite (a iluminação dos monumentos, aliás, é lindíssima). Andei tranquila nos dias que fiquei na cidade, mas sem dar bobeira, é claro. Afinal, como toda capital sul-americana, vale ter cuidado redobrado sempre, mantendo bolsa debaixo do braço, carteira no bolso da frente e esse monte de precauções que tomamos sem nem pensar duas vezes quando estamos em cidades grandes no Brasil também.
– o chá/café da tarde é um hábito super comum para os quiteños: café ou chá + quitetudes como bolos, pães de queijo e afins são de lei lá pelas 16h30, 17h para muita gente.
– Quito fica a 2850m de altitude, então os corpos mais sensíveis podem sentir algo de dor de cabeça ou náusea logo ao chegar na cidade; mas costuma passar bem rapidinho. A gente lembra mais da altitude nas (muitas) ladeiras da cidade, quando cada subida parece sempre pior do que pensávamos durante a caminhada 😉
– Dada a altitude, Quito é sempre fresquinha, beirando os 20 graus muito frequentemente. E também é bastante chuvosa, sobretudo no “inverno equatoriano”, que vai mais ou menos de outubro a março. Mas, mesmo nos dias mais frios, vale lembrar que, estando em plena linha do Equador, é mais que necessário usar sempre filtro solar.
Olho: a imigração em Quito foi bem lenta e enrolada na minha chegada; me disseram ali , os próprios funcionários, que costuma ser assim mesmo. Fiquei exatos 65 minutos entre entrar na fila e ser atendida. Quem contrata transfer para o aeroporto deve ter isso em mente, ok?
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Chuvoso de outubro a março? Então o ideal é depois disso, né? Vou ver a época ideal para Galápagos pra ver se casa 😉
Adorei sua viagem, Mari. E caminho das pedras, como sempre, detalhadinho 🙂
Mari, saudades de Quito!
Bjs,
Lu, brigada por todas as dicas que vc me deu antes da viagem, tanto no Dividindo a Bagagem quanto nas muitas DMs trocadas 😉