Eu adoro mercados, todo mundo sabe. O que eu não tenho de paciência para shopping centers, me sobra para mercados e feiras em geral. Quanto mais confusos e coloridos, melhor – não à toa, me realizo sempre nos mercados e feiras da Itália em geral e também adorei mercados em Bangkok, Lima e tantos outros lugares.
Visitar o mercado de Quito, no centro histórico da cidade, já estava mesmo nos meus planos quando descobri que o hotel Casa Gangotena promove essa atividade várias vezes na semana. E, melhor: quem leva o grupo ao mercado é o ultra-simpático e entusiasmado Andrés Dávila, o chef quiteño do restaurante do hotel.
O tour leva mais ou menos 1h30. A gente sai da Plaza San Francisco, onde está localizado o hotel, e vai andando as poucas quadras que o separam do mercado. Mas o Andrés não vai direto ao mercado, não; antes ele vai parando em cada um de seus “fornecedores” para comprar batatinhas numa senhorinha, farinha num moinho familiar, amendoim confeitado de um casal e assim por diante.
Já chegamos ao Mercado com Andrés cheio de compras para o dia em sua sacola – ele contou que vai pessoalmente ao mercado todos os dias para decidir o que cozinhar. Ali, todo mundo o chama pelo nome, abraça, brinca, uma graça. E, pacientes, todos os vendedores vão contando aos turistas do grupo o que é cada coisa, para que se usa, quanto custa. O Andrés ia traduzindo em inglês tudo, para os que não falavam espanhol, e também iam nos dando de quase tudo para cheirar ou provar, enquanto contava que tipo de receita gostava de fazer com cada coisa ou como antepassados equatorianos costumavam consumir o alimento.
A parte dos fundos do mercado é a parte das “ervas”. Ali, senhoras vendem, cada uma em seu postinho, ervas e misturas que prometem curar tudo e mais em pouco – desde uma tosse repentina até mal de amor.
No caminho de volta, Andrés faz a mesmíssima coisa: escolhendo outra rota para voltar ao hotel, continua passando por seus fornecedores até chegar à sua cozinha literalmente carregado de compras.
O programaço?Dar mais uma voltinha por sua conta pelo centro e voltar para o almoço. Assim a gente tem a oportunidade de provar, de verdade, tudo o que vimos o chef escolhendo e comprando em seus pratos, bem equatorian inspired.
Bem legal.
Adorei! Também amo mercados e acompanhada de um chefe então, é tudjibom! 🙂