Direto de Sitka, Alasca

 Saí de Anchorage, no Alasca, na hora do almoço da quinta-feira.  No terminal rodoviário, todos os quase 300 passageiros que embarcariam nesse cruzeiro do Silver Shadow pela região foram reunidos no saguão, antes de embarcarmos a Seward. O trem que nos levou de Anchorage a Seward, no estilo do Vistadome do Peru, estava incluído na tarifa do cruzeiro para todos e revelou-se uma viagem tão linda quanto eu esperava.

Foram 4h30 de belezas desfilando pelas imensas janelas e teto de vidro do trem enquanto viajamos por entre montanhas e campos cobertos de neve, cascatas, desfiladeiros, daquelas viagens de trem lindas de morrer mesmo. Chegamos a Seward já no final da tarde, mas fazia tanto sol como quanto em Anchorage (afinal, já é quase verão aqui no Alasca e tenho visto a luz do sol mais ou menos das 4h da manhã até onze e pouco da noite diariamente).
O bom do “transfer” em trem a Seward é que já deu pra conhecer vários dos passageiros nesse trajeto e, logo ao embarcarmos no Silver Shadow, já me reuni com uma outra solo traveler e um casal para um drink no bar e depois o jantar.

 Tivemos um começo de cruzeiro duro. Se, por um lado, o conforto da cabine estava perfeito como sempre aconteceu em todos os cruzeiros que fiz com a Silversea, pegamos um mar agitado e até 15h do dia seguinte muitos passageiros nem tinham deixado suas cabines, sofrendo de seasickness.  Eu mesma só deixei a minha lá pelas 10h30 da manhã. Antes do almoço, fizeram um get together para os solo travelers e encontrei aqui outros 14 passageiros viajando desacompanhados como eu, e já saímos dali todos direto para um big almoço.

 À tarde, o mar acalmou e entramos, enfim, na rota dos glaciares. Ninguém reclamou de frio nem de vento: ficamos todos empoleirados nos decks externos ou nas varandas individuais das cabines fotografando e soltando “ohs” e “ahs”  enquanto o navio atravessava um mar tomado de gelo, com imensos glaciares à frente (o Hubbard é o mais famoso deles), num cenário que me lembrou muito, muito mesmo, a viagem à Antártida em dezembro passado. Uma tarde simplesmente perfeita depois de tanto chacoalhar pelos  mares pela noite e manhã anteriores.

 Hoje nossa parada aconteceu em Sitka, depois de mais de 36h de navegação. A cidade é uma graça, tomada por casinhas de madeira colorida pré-fabricada daquele tipo que encanta os fãs de Playmobil 😀  Museu, lojinhas e cafés e uma linda igreja russa estão entre as principais atrações do diminuto centro.

Tomei um tour em barco para circular por entre os (lindos!) fiordes da região, com os picos cobertos de neve. Foram 3h de vistas lindíssimas, que me lembraram minha adorável viagem pelos fiordes norugueses há cinco anos.  Ainda vimos montes de lontras, castores e até focas e baleias, uma lindeza. E flagramos ursos, para delírio da galera a bordo!

Depois voltei ao centro da cidade e tomei um ônibus até a Fortress of the Bears. São 10 dólares para entrar no centro de acolhimento de ursos machucados  ou em perigo. Atualmente são mantidos cinco ali e passei longos momentos observando-os dormir, brincar, nadar, comer.

Agora rumamos para a Inside Passage e, com mais alguns glaciares e fiordes pelo caminho, devemos chegar a Juneau amanhã pela hora do almoço. Stay tunned 😉

8 Comentários

  1. Mari é invejável sua disposição pra viver no colo do mundo :-):-) – não tem frio nem quente que te impeça de estar on the road. Muito estimulante tudo – vc faz crer que tudo é possível. Abraços

  2. Oi, boa tarde!
    Que posto liiiindo! Parabéns s2
    Tenho um sonho de conhecer Sitka! Mas li em um blog, que as casinhas coloridas não existem e que a cidade é morta e cinzenta. Mas como bem mencionado por você, as lindas casinhas coloridas das fotos existem de fato né?
    aguardo sua resposta (:

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