Se por um lado viajar de avião é cada vez mais fácil (porque cada vez mais acessível, com tantas rotas e tantas promoções), por outro é cada vez mais complicado (assentos mais estreitos e apertados, serviço pior, passageiros sem educação). Então, na mesma vibe do postzinho da semana passada sobre os sete pecados capitais do viajante em geral, listo hoje aqui o que eu acho que são os pecadinhos do passageiro de avião hoje em dia:
Gula: não dá nem pra falar em gula propriamente dita pela comida servida à bordo porque, hoje em dia, bem francamente, é difícil uma companhia aérea nos inspirar nesse sentido; principalmente na classe econômica. Ainda assim, vale o lembrete: excessos alimentares à bordo não são nunca recomendados, pelos efeitos a curto e médio prazo que eles podem provacar; e obviamente isso vale também para as bebidas, sobretudo alcóolicas (tomar várias doses “para relaxar e dormir” pode ter efeitos bem desagradáveis)
Avareza: compartilhar, mesmo quando a gente tem muito pouquinho, é importante. Por isso mesmo, com assentos cada vez mais estreitos e apertados, ceder um pouquinho de espaço do apoio de braço naquela guerrinha de cotovelos que sempre rola com o vizinho, por exemplo, é bem-vindo. Já economizar em material de entretenimento à bordo não é nunca boa ideia.
Ira: é fato que em algum momento do voo (ou em vários) o idiota sentado à frente/atrás/ ao lado vai socar o encosto da cadeira dele na sua cara, prensar você contra sua mesinha, puxar seu cabelo enquanto se apoia no seu encosto para levantar, chutar seu encosto ou te dar uma cotovelada. O importante é, ao primeiro sinal de falta de educação do vizinho se manifestar com educação, do gênero “oi, será que você poderia não fazer mais isso? Está me incomodando muito”. Nada de ficar engolindo a má educação alheia e depois ficar sujeito à uma explosão de ira lá pela metade do voo. Keep calm and carry on.
Luxúria: O nosso prazer à bordo é importante sempre (e obviamente eu não vou nem mencionar aqui essa tara universal com o sexo no banheiro dos aviões). Estar confortável, ser bem atendido, ficar seguro o voo todo é tudo direito seu. Assim como o uso que faz da sua poltrona também. Mas tem que lembrar daquela regrinha básica que sua mãe ensinou quando você era pequenininho: a sua liberdade termina onde começa a do outro. O seu super conforto na sua poltrona não pode, de jeito nenhum, implicar em desconforto para o vizinho (e isso vale do cotovelo frenético no encosto de braço ao chulé do tênis que você tirou).
Inveja: não adianta cobiçar os assentões da executiva quando entra por ela se vai ficar nos assentinhos da econômicas outras classes. A vida é assim mesmo, a sociedade judaico-cristã-ocidental cobra os olhos da cara pelas coisas boas e tal. Concentre-se nas milhas/pontos que você está juntando nesse trecho voado e em como fazê-los renderem um belo upgrade na próxima. E, para não ficar invejando também o pézão do seu vizinho no corredor nem as pernas esticadonas de quem pegou os assentos da primeira fileira, torne um hábito reservar seu assento logo que comprar a passagem – ou, pelo menos, ao fazer o check in online 48h antes do voo.
Preguiça: a preguiça é a mãe de todos os vícios, já dizia sua avó. Por isso, por mais que você esteja acostumado a tomar substâncias que te deixam dopadão no voo, levantar, esticar as pernas, fazer os exercícios com os pés, ir ao banheiro e tomar bastante água são fundamentais nos voos longos. Pode ser chatinho de fazer na hora, mas o seu corpo suuuper agradecerá nos dias seguintes – e você pode até ter o prazer de se deparar com picolés Haagen Dazs e outros mimos lá na “turma do fundão” dos aviões 😉
Vaidade: plmdds, vou falar de novo: conforto à bordo é muito, mas MUITO mais importante que estar “bUnito” para viajar. Embarcar com botas de cano longo justas, calças apertadas ou qualquer outra peça que não deixem você se ajeitar à bordo está totalmente FORA DE MODA, hein? E coisas como essas botonas super justas ainda podem acarretar problemas de saúde seríssimos, como a famigerada “síndrome da classe econômica”. Muito mais importante é lembrar de escovar os dentes, passar hidratante pelo menos no rosto e manter o corpo hidratado full time – isso é a vaidade que conta.
E aí? Você listaria diferente? Quer mudar essa listinha ou acrescentar novos “pecadinhos”? A caixa de comentários é serventia da casa 😉
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Adorei esse texto, hehehe. Amo textos na linha tolerância zero.
Ah, deveria falar da “pressa”! As pessoas que correm para entrar no avião, brigando pelo lugar na fila e quando o mocinho pede pra embarcarem primeo os passageiros dos assentos x-y ficam nervosinhos pq estão há meia hora na fila! E depois o avião mal toca no solo e já estão lenvantando epegando bagagem para ficar reclamando 20 minutos em pé no corredor! 🙂
Muito, muito bom!
Boa Mari,
Fiz um voo agora na Rússia, que a noiva entrou de vestido de noiva, véu grinalda e tudo, acho que no quesito conforto ela errou feio kkk
Como tudo numa vida em sociedade, alguns valores estão sendo desconsiderados e a educação infelizmente está em baixa neste novo mundo. Voar com Chineses então é uma emoção na certa, a cultura deles é difente da nossa, mas quando dividimos o mesmo espaço o choque é grande.
Mas fazer o que né? Temos que voar para chegar a algum lugar.
Bom fim de semana!!
@GusBelli
Dani, eu bem sem como vc curte a tolerância zero :-))))
Anônimo, tem toda razão. Essas coisas despertam MUITO a minha IRA!
Marcie, tks!
Gus, é bem por aí. Enquanto não inventarem o teletransporte… 😛
E os que ficam tirando foto? E com flash ainda! Só eu que acho super-hiper-cafona? Meu reloginho de vergonha alheia vai no máximo.
E os que entram no avião e já na primeira fila ficam procurando pela poltrona “15 E” e tumultuando a entrada dos demais passageiros? hahaha
Mas oh, nada, mas NADA me irrita mais do que nego dormindo e roncando na poltrona ao lado.. Grrrrrrr. Ninguém merece!
Mari, eu até concordo que devemos ser educados e não cometer esses pecados. Vejo o meu lado, pois tenho sido acometido pela ira em praticamente todos os voos que pego. rs rs
Ok, estou errado, mas me pergunto todo o tempo: por que o idiota de trás precisa se apoiar no meu assento para levantar, por que ele não apoia no dele próprio?
Por que nas classes econômicas com tela touch screen as pessoas acham que precisam socar a tela com o dedo para faze-la funcionar? Cada socada na tela é um soco na minha cabeça também!
Infelizmente não posso pagar por voos na Executiva, mas tenho certeza que as econômicas seriam muito mais agradáveis se as pessoas simplesmente lembrassem que existem pessoas ao lado e na frente, só isso….
Muuuuuuito bem lembrado, Renato: apoiar no assento da frente ao invés do próprio na hora de levantar e esmurrar o touch screen são mesmo de despertar a ira de qualquer um! Mas, ó, meus amigos que viajam de executiva pelo trabalho dizem que a falta de educação não é privilégio da classe econômica, não, viu? Infelizmente.