Santa Helena, África

Olha ela aparecendo no nosso horizonte bem cedinho

Já contei pra vocês que uma das três principais razões de eu ter escolhido essa travessia Brasil-África do Silver Whisper foi justamente a oportunidade de, enfim, pisar na remota ilha de Santa Helena.

Essa ilhota britânica, “perdida” no meio do Atlântico, despertou amores de Darwin, foi exílio de Napoleão e passou por vários domínios diferentes, desde os primeiros portugueses que ali pisaram em 1502 (quando ainda era desabitada) até os ingleses, que a “dominam” até hoje.

A ilha é bastante isolada, não recebe voos nem navios de passageiros regularmente. Mesmo esse itinerário que estou fazendo não acontece todos os anos. Há planos de que o aeroporto da ilha vire realmente operante para passageiros, mas isso ainda são somente planos. Até porque seus moradores sabem que a ilha mudaria – e muito! – se recebesse turistas regularmente.

E eu, hoje, enfim, tive o grande prazer de colocar meus pezitos felizes da vida nela. Pequena e muito, muito montanhosa, é cercada de uma água tão esmeralda que chega a impressionar.  Fui logo cedo pra varanda para poder ver a chegada e vi um monte de outros passageiros fazendo exatamente a mesma coisa.

Para muitos dos passageiros, Santa Helena era só uma ilha “peculiar”  para conhecer. Outros que, como eu, escolheram JUSTAMENTE  a rota Rio-Cape Town (somos até que vários, sabiam?) também por causa dela. Então hoje foi bem um dia tipo “once in a lifetime”.

Da casa de Napoleão à sede do governo atual, passando pelo mais antigo habitante vivo da ilha – Johnatan, uma tartaruga imensa de quase 200 anos – e por uma ladeira impressionante de exatos 699 degraus, tratei de ver muito no pouco tempo que tivemos na ilha.

Infelizmente, nosso schedule sofreu umas alterações por causa das condições meteorológicas da própria rota e precisamos deixar a ilha antes do programado. Quando partimos, eu só ficava pensando no Desmond dizendo “brotha, we have to go back to the island” 😀

Tem muita coisa pra contar, montes de curiosidades super bacanas dessa ilha tão tão tão remota, tão singular e tão apaixonante. Mas já adianto que tô levando pra ilha umas moedinhas das Saint Helena´s Pounds e que, claaaaaro, fiz questão de mandar cartão postal de lá – um dos mais remotos correios do mundo.

Foi lindo, gente. Emocionante mesmo. A beleza natural é realmente arrebatadora – dá pra entender antes mesmo de desembarcar do navio porque Darwin se apaixonou tanto pela ilha.

Os penhascos debruçados sobre o mar, as incríveis linhas desenhadas nas rochas pela erosão, a vegetação exuberante, as incontáveis “calhas” que se formam junto ao mar…  cada mirante revela um ângulo diferente.

Santa Helena
A incrível baía de Santa Helena.

A riqueza histórica está em cada casinha, em casa construção – e os moradores, super orgulhosos, adoram contar suas histórias. Como a ilha não recebe regularmente turistas, cada oportunidade que têm de “intercâmbio” com gente de outros lugares é levada ao máximo! Que escala especial <3

Para ler mais sobre atrações específicas da incrível ilha de Santa Helena, clique aqui. 

15 Comentários

  1. Mari, que lindo!! Que máximo poder realizar esse sonho ainda jovem! Se eu fosse professora de história/geografia iria indicar seus posts pra meus alunos… Fico aqui aguardando o post “bonitão”, se este já foi lindo, imagino como será o outro. Beijão.

  2. Mari, nunca tive vontade de fazer um cruzeiro, mas diante desse post em especial acho que compensa o sentimento de “prisão” dentro do navio pra chegar lá. Ou então esperar o aeroporto ficar pronto! 😀

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