No comecinho de janeiro, publiquei uma série de posts sobre malas, malas de mão, roupa de viagem etc. E daí alguns leitores reclamaram que eu tinha falado praticamente nada sobre malas para quem vai fazer um cruzeiro. Verdade.
E foi justamente no final de semana passado, enquanto eu fazia minha mala para esse cruzeirão-travessia no qual estou agora, que eu vi que, sim, o pessoal tinha razão em reclamar. Porque são raros os cruzeiros para os quais fazer a mala é simplesmente a mesmíssima coisa que fazer a mala para uma viagem qualquer. E, quer a gente queira, quer não, na minha opinião, uma mala para cruzeiro sempre fica sensivelmente mais cheia e pesadinha que uma mala para um destino, digamos, em terra :-S
Procurando malas e acessórios de viagem?
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Mas vamos lá:
Cruzeiros de exploração
Se você vai embarcar, por exemplo, num cruzeiro da Cruceros Australis ou da Hurtigruten, daí é, realmente, simplesmente fazer a mala como se você estivesse viajando para um hotel em terra nos fiordes da Noruega ou na Patagônia chilena e argentina. Roupas quentinhas, confortáveis, corta-vento e impermeáveis pelo próprio clima local. E você vai usar exatamente essas mesmas roupas à bordo, porque nesse tipo de cruzeiro – que é como os pra Antártica, chamados de “cruzeiros de expedição” – não tem noite de gala, nem jantar com comandante nem nada de frescura. É todo mundo de “uniforme” o dia todo 🙂
Cruzeiros na costa brasileira
É inegável: os cruzeiros sofreram as mais diversas adaptações para se dar bem de verdade no litoral brasileiro. Flexibilidade com horários, entrentenimento noturno até muito mais tarde que no “resto do mundo”, flexibilidade com vestuário à bordo, informalidade máxima. Você faz a mala como se estivesse indo para qualquer destino de praia, com muita roupa de praia e relax e algo mais arrumadinho para as noites – igualzinho faria se fosse jantar fora ou curtir um barzinho. Os ambientes à bordo são super relaxados e as escalas são todas no nosso litoralzão quente, em pleno verão – o máximo com o que você tem que se preocupar é em levar um casaquinho ou suéter bem levinho, para uma eventualidade, se for friorento.
Recomenda-se sempre, por causa da tal “noite do comandante”, que se leve também um traje social (já não se usa mais o termo “gala” nos cruzeiros no Brasil – paletó para os homens (gravata opcional), roupas caprichadinhas de festa para as mulheres (longo opcional) para essa noite específicamente. Mas isso, é claro, é muuuuuuito opcional – eu sempre digo que é possível fazer verdadeiros estudos antropológicos nessas noites :-)))))
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Cruzeiros de travessia ou fora da América do Sul
Os cruzeiros fora do Brasil são diferentes: há menos flexibilidade com horários e menos informalidade que nos cruzeiros pela nossa costa. É claro que há distintos tipos de cruzeiros no exterior, que dependem não só do destino (cruzeiros pelo Caribe, por exemplo, em geral são menos formais que cruzeiros pela Ásia) mas também, e sobretudo, da armadora (como são chamadas as companhias de cruzeiros). Vale verificar certinho, nas sugestões que normalmente estão explicitadas nos sites das companhias (ou até no seu próprio voucher), quais são as regras para cada caso. Em comum, elas costumam levar mais a sério a pretensa formalidade no jantar (é raríssimo que se permita, por exemplo, camiseta, bermuda e itens do gênero) e as noites formais ou de gala (nas quais exige-se dos homens gravata e paletó). O que a gente tem que ficar atento é com o destino em si (Caribe é diferente de Mediterrâneo, que é diferente de África, que é diferente de Ásia etc), com as escalas programadas e os passeios que se pretende fazer e com o clima/previsão do tempo no local – o Mediterrâneo, por exemplo, não é sinônimo de praia e calor fora dos meses do verão europeu…
Anyway, em todos os casos, acho que o que vale mesmo é o bom senso – e o seu próprio estilo – mais que qualquer outra regra 😉
Oi,Mari. Tudo bem?
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem. Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia