Três noites perfeitas de hospedagem em Puerto Natales e visitas a Torres del Paine para terminar o programa Mar y Tierra
Já falei do Hotel Remota outras vezes aqui no Pelo Mundo. Afinal, já tinha tido o prazer de me hospedar nesse adorável hotel de Puerto Natales também em 2008 e 2012. Voltei agora para concluir a viagem a trabalho no novo programa Mar y Tierra oferecido em parceria com os cruzeiros Skorpios (sobre o qual falo AQUI) para 3 noites de hospedagem.
Para quem está lendo sobre o Remota pela primeira vez, vale saber que o hotel é uma das construções mais celebradas do Chile. Ali, o premiado arquiteto Germán del Sol (responsável também pelo design inovador de outros hotéis) soube integrar cada detalhe do hotel à paisagem de fiordes, águas e glaciares que o rodeia – e tudo isso num edifício absolutamente eco-friendly, meticulosamente planejado para poupar energia, das imensas janelas que permitem o uso de apenas luz natural na maior parte do dia ao sistema de calefação e ventilação natural.
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Inspirado nas tradicionais fazendas criadoras de ovelhas da região, todo cinza grafite por fora e colorido e cheio de luz por dentro, o Remota é cheio de simbologias. A área central, vazia, que remete à vastidão do fiorde Última Esperança (onde está localizado); as paredes que imitam as cercas irregulares das fazendas locais; a grama do entorno presente também sobre todo o telhado da propriedade…
Eco-sustentável, foi construído com materiais nobres mas quase sem máquinas e motores. Opera hoje sem elevadores, sem televisão, sem música ambiente e só há internet nas áreas de convívio social, com o pretexto de que o hóspede que chega à Patagônia tem mesmo que se desconectar o máximo possível do seu mundinho e viver a Patagônia 100%, mesmo no hotel: através da luz exterior que invade o interior do hotel, do barulho dos ventos fortíssimos contra as paredes, dos sabores dos pratos elaborados todos com ingredientes locais, da paisagem arrebatadora do seu redor emoldurada pelas imensas paredes de vidro.
Ali o luxo é caseiro, sem frescuras e absolutamente cálido: tive o prazer de ter como motorista das minhas excursões o adorável Carlos (Carlito), que me conduziu pelas estradas patagônicas também nas duas visitas anteriores. Reencontrei também o Miguel, responsável pelo serviço do restaurante e pelos deliciosos drinks que prepara na hora. E também René, o sensacional chef low profile que dá cara gastronômica aos mais deliciosos e tradicionais pratos chilenos. Os guias, as recepcionistas, a gerente, as camareiras, todo mundo sorri e interage com os hóspedes o tempo todo, fazendo mesmo a gente se sentir em casa.
O hotel opera em sistema tudo-incluído: transfers, excursões, refeições, bebidas, tudo já incluído no preço das diárias e programas. O menu de excursões é bastante grande, contemplando não apenas o parque nacional Torres del Paine como diversas atrações em Puerto Natales e arredores – de safáris fotográficos bem relax a cavalgadas, navegações e trekkings de distintos níveis. Cada programa é customizado, com o seu guia discutindo com você, no dia da sua chegada, que passeios te interessam, quando fazer cada um, graus de dificuldade etc.
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Além dos passeios mais tradicionais (fomos duas vezes a Torres del Paine, exploramos Puerto Natales etc), também visitamos o lugar do primeiro assentamento de colonos de Puerto Natales (a Estancia Puerto Consuelo, fundada no século XIX pelo Capitão Eberhard), onde tivemos um sensacional cordeiro assado à moda patagônica, e também passamos uma tarde linda numa estância aos pés do Cerro Dorotea entre cavalos, mate e um papo maravilhoso com dois gaúchos típicos da patagônia chilena (do tipo que não sabe nem quer mesmo viver em outro lugar ou de outro jeito).
Nesta visita tive ainda o prazer de encontrar ali, hospedada praticamente nas mesmas datas que eu, a querida leitora Karla, que tinha escolhido o Remota justamente depois de ler sobre o hotel aqui – ela e o marido estavam adorando a experiência!
E, como aconteceu também nas visitas anteriores, conheci ali gente viajando sozinha e feliz da vida com o clima amistoso, acolhedor e amigável do hotel – como uma solo traveler americana que me disse estar tão apaixonada pelo lugar que já andava pensando quando poderia voltar.
Que delícia voltar e rever tantos lugares lindos e tantos rostos queridos, revisitar tantos sabores marcantes e dormir de novo naquela cama gigantesca e deliciosa que eles têm nos quartos. Tomara que haja ainda uma próxima vez 😉
Informações sobre outros passeios na região e sobre a patagônia chilena em geral você encontra AQUI.
Mais detalhes sobre o Hotel Remota aqui.
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Eu li que há pessoas que preferem a Patagônia chilena da Patagônia Argentina. Eu não fui para qualquer um. Mas este post abre o desejo de ir para qualquer um deles. Este hotel é uma delícia. É super-preparado para o frio do inverno na Patagônia.
Eu acho que deve ser paisagem frágil. Espero que permanece sem grandes alterações para o bem da natureza, o ambiente e para nós.
As duas são lindas, Carmen, mas sou desse time que prefere a chilena 😉 A riqueza da paisagem é impressionante e, sim, o conforto do hotel mesmo em pleno inverno (como testemunhei no ano passado) não se altera em nada.
Lindo!
Aí, que delícia! Adoro hotéis confortáveis em lugares longínquos.
me too 😉
Mari querida, que emoção ao ler este seu post sobre o Hotel Remota e nosso encontro! Foi um prazer enorme te conhecer pessoalmente – de tanto ler os posts parece que a gente conhece quem escreve – mas te encontrar lá no Remota foi um coincidência maravilhosa e me fez admirar ainda mais você e seu trabalho. No pouco tempo que tive depois que retornei desse lugar mágico – queremos muito voltar lá e comentamos que não temos coragem de ficar em outro lugar e já divulgamos bastante, reforçando que é um investimento – reli alguns posts, não só da Patagônia, mas o da Toscana, onde estivemos este ano e segui muito as suas dicas também. O engraçado é que comecei a ler o post e falei para o Leo: que fotos lindas da Mari! Continuando a ler e concordando totalmente com a sua fala, o Remota é o lugar mais encantador que já estivemos e a Patagônia Chilena é uma das paisagens mais lindas do mundo, deparo com a sua citação do nosso encontro e fiquei muito lisonjeada, obrigada.
Obrigada por nos brindar sempre com suas dicas no Pelo Mundo, pelo seu belo trabalho jornalístico e pela disponibilidade em auxiliar os viajantes, sozinhos ou acompanhados. Grande beijo e que a gente se encontre muito ainda em grandes viagens “Pelo Mundo”, Karla e Leo
Karla e Leo, que fofos vcs! Obrigada pelo carinho, sempre. Uma delícia mesmo encontra-los no Remota e também espero muito por reencontros “pelo mundo” 😉
Oi Mari, tenho acompanhado todas as suas dicas e viagens pelo mundo. Só que são tantas que agora me perdi, rsrs. Estou querendo ir para o Chile, em uma viagem solo, e gostaria muito que você me desse dicas de um roteiro legal por lá, já que é a primeira vez que vou fazer isso sozinha.
Um grande beijo.
Cris
Mari, eu de novo, rs…enlouquecendo. Me diz qual o melhor lugar para uma mulher viajar sozinha: Chile ou Buenos Aires?….E então me ajude com um roteirinho básico, please!….Bjosss
Cris, sou da opinião que qualquer lugar é bom para uma mulher viajar sozinha. Assim que Argentina ou Chile são ambos excelentes escolhas – já viajei sozinha várias vezes para os dois países e foi sempre ótimo. Pessoalmente, acho o Chile mais rico em experiências, mas depende muito do tipo de turista que você é. Quer aventura, sossego, ou uma cidade bem agitada? Em termos de capitais, Buenos Aires é bem mais agitada que Santiago. Mas um roteirinho lindo para viajar sozinha pelo Chile seria juntar, numa mesma viagem, Santiago, Patagônia Chilena e Atacama – pra mim, uma dream trip. Mas daí seria legal vc ter pelo menos 12 dias para dividir entre os lugares; 15 seria o ideal. Tanto na Patagônia como no Atacama tem muitos hotéis como o Remota, com tudo incluído, e super amigáveis para quem viaja sozinho, com mesas comunais para os hóspedes jantarem juntos, excursões em que saem vários hóspedes numa mesma van etc. Já testei vários deles. Usa a caixinha de busca do blog ou a página “Viajar Sozinho” e vc vai encontrar diversas sugestões do gênero 😉
Mari, muito obrigada, você me ajudou muito. Adorei o roteiro e já estou estudando e montando minha viagem. Essa, com certeza, será a primeira de muitas! E tomara que eu te encontre em uma dessas andanças. Beijos.
sim! e tomara que vc volte aqui pra contar como foi 😉
Mari,
Parabéns pelo belíssimo post.
Estou pensando em passar a minha Lua de Mel no Hotel Remota, pelo que entendi o hotel dispõe de pacotes com os passeios.
Li em um post que os passeios estavam inclusos no preço da diária, com isso queria ter a sua ajuda para desenrolar isso. Teria algum lugar onde posso ver o preço de um pacote completo e os tipos diferentes de passeios na região?
Quanto alimentação, o hotel seria um tipo de “all inclusive”?
Abraços
Oi, Andre! As informações sobre preços e passeios estão no próprio site do Remota, que está linkado no texto (vc vê tudo aqui http://www.remotahotel.com/rates/rates-detail.htm). No programa all inclusive estão incluídas as 3 refeições diarias com bebidas não alcoolicas (café buffet, almoço tipo pic nic e jantar à la carte) e vinhos da casa e também os transfer in/out e as excursões. O menu de excursões varia em função da temporada e da meteorologia e são discutidos sempre com o próprio hóspede, na chegada ao hotel; mas sempre incluem passeios pela região de Puerto Natales e pelo parque Torres del Paine 😉
Olá, Mari! Tudo bem?
Encontrei os seus textos quando estava justamente pesquisando ir para a Patagônia este ano. Estou em fase de planejamento, mas tenho algumas dúvidas que espero muito que você possa ajudar. Eu pretendo fazer o roteiro Tierra e Mar que você fez, ficando hospedado no Remota. Porém, não encontro muitas informações sobre voos e se chegar ao hotel é fácil. Seria melhor ir para Puerto Natales de Santiago ou de Buenos Aires? Ou é melhor ir para Punta Arenas? Muito obrigado e ficaria muito feliz com qualquer ajuda nessa fase confusa. Um abraço!
Oi, Del. Para visitar a Patagônia Chilena o melhor caminho é sempre via Santiago – mas com destino final Punta Arenas. O aeroporto de Puerto Natales não funciona o ano todo e os voos para lá geralmente são bem mais caros. Punta Arenas é o aeroporto ideal quando falamos de Patagonia Chilena ou Torres del Paine – ainda que seja longe. A jornada até lá é longa – são cerca de 4h de estrada do aeroporto de Punta Arenas até o parque, um pouco menos até Puerto Natales. Se você ficar mesmo no Remota, eles costumam trabalhar com diárias all inclusive, que eu recomendo muito – daí tudo (passeios, refeições, bebidas e transfers) está incluído já no valor final. Com esse sistema, tem um funcionário do hotel no aeroporto de Punta Arenas te esperando quando seu voo chega e ele já te leva direto pro hotel, tudo muito bem organizado. Dá pra ter mais detalhes sobre a região nos textos deste link aqui: http://www.maricampos.com/tag/patagonia-chilena/
Muito obrigado, Mari!