Wifi free: por que a hotelaria ainda não entrou de verdade nessa até hoje?

Não sei se vocês repararam, mas semana passada vários blogueiros de viagem discutiram no twitter a questão da internet wifi gratuita na hotelaria brasileira e mundial.  As discussões, que acompanhei só depois, com leitura atrasada, acabaram rendendo posts sobre o assunto em vários blogs e eu resolvi aderir, publicando – de novo –  um post sobre o assunto (pra quem não lembra, blogueiros de vários segmentos encabeçaram em 2009 uma campanha pelo wifi free na hotelaria que eu sempre apoiei aqui no Pelo Mundo).
A pergunta que não quer calar é: afinal, por que diabos, em pleno 2012, a hotelaria ainda não entrou de verdade nessa?
Eu não estou advogando só em causa própria, não. Porque o wifi grátis não é uma necessidade somente de quem trabalha viajando, não; quase todo mundo hoje em dia se vale de Facebook, Skype, e-mails e outras ciberferramentas para não só manter contato com quem ficou em casa como para continuar planejando a viagem que se desenrola – mochileiros que o digam.
É verdade que, ainda bem, vários hotéis no mundo inteiro estão entrando nessa onda, principalmente na Europa; aqui no Brasil ainda é bem mais insípido. Mas, quando há, o wifi free vem anunciado em letras gigantes, como se fosse um baita benefício ao viajante – e a minha teoria é de que não se trata de um benefício, não. Trata-se de uma necessidade da contemporaneidade, assim como eletricidade, água quente e afins. E, cá entre nós, o que mais me choca é grande parte dos hotéis de luxo continuar cobrando – e bastante! – por esse serviço.
Pessoalmente, nem lembro qual foi a última vez que usei um orelhão ou o telefone do hotel para ligar para minha família durante viagens. Nem reservas de passeios e restaurantes eu costumo fazer assim há muito, muito tempo.É tão, mas TÃO mais simples e automático ligar o computador ou usar iPad ou a conexão do smartphone para esse fim que eu só me valho do bom e velho telefone quando realmente não há internet disponível no local (eu curto muito comprar chips locais de celulares quando viajo ao exterior, por garantia, e recomendo). E um hotel sem internet grátis, pra mim, é muito, mas muito mais terrível que um hotel sem café da manhã incluído, por exemplo.
Ainda que eu concorde que férias são pra relaxar, pra se desconectar do cotidiano etc etc etc, gosto, ao menos, de saber que a internet tá ali, disponível, pra quando eu precisar. Preferencialmente de graça.
A bem da verdade, isso nem é só questão da hotelaria, Meu mundo ideal teria free global wifi. Global mesmo. Everywhere 😉

E você? O que acha disso tudo?

7 Comentários

  1. Mari, eu também “preciso!”do wifi.
    O pior é quando ele é anunciado como free mas não é. Tive 2 experiências recentes na Europa em que está anunciado como free mas no final vc acaba pagando uma taxa por acesso quando conecta por Iphone.
    A internet é “oferecida”pela operadora, e não pelo hotel. Tem qua fazer um cadastro e aceitar as condições. Fiquei surpresa quando recebi a conta da Tim e vi a cobrança por acesso realizado. Usei a wifi tb no netbook e nao paguei nada. Que raiva,viu???

  2. O mais engraçado é encontrar hostels (e são vários) com wi-fi gratuito e não encontrar hotéis com o ‘benefício’ (pago ou nem isso). Será lindo o dia que ‘acordarem’ pra essa realidade (não tão nova) de todos os tipos de viajantes.

  3. Pra mim internet é mais importante que telefone, de looonge. Também uso para reservas, skype, localização, notícias, blog, facebook etc.
    Até o salão onde faço unhas tem wifi free, como hotéis nõa disponibilizam, surreal.

  4. Estou com você Mari… pra mim também é uma anomalia hoteis não terem wifi gratis.
    Aliás, adorei que em BsAs a maioria dos lugares que frequentei (hoteis e restaurantes) ofereciam free wifi, bastava perguntar a senha e prontinho… estávamos prontos para usar twitter, 4square, facebook, email, skype etc… uma beleza!!!
    bjos

  5. Concordo plenamente com o princípio. Pra mim o wi-fi grátis é um diferencial grande, e como você mesma enfatizou, mais importante do que café da manhã. O problema é que muitos hotéis, sobretudo os de luxo, sabem que quem paga suas tarifas de centenas de dólares, euros ou libras, e precisa da internet, pagará pela senhora internet sem pestanejar. Há uma divisão entre a alta gerência do Four Seasons, por exemplo, sobre cobrar ou não cobrar pelo wi-fi. Como esta é uma grande fonte de revenue (que custa praticamente nada ao hotel), nós, meros mortais, ainda teremos que pagar por ela. Pelo menos por enquanto. Mas Mari, ainda assim acho que o mundo de free wi-fi to everyone está mais próximo que de imaginamos. Amém!

  6. Super concordo com você, Mari. Eu acho o fim ter que pagar por wifi em hotel. Sabe o que eu acho mais bizarro? Alguns hotéis Ibis disponibilizarem wifi grátis no lobby do hotel, mas não no seu quarto. Qual a lógica disso? Todo mundo se amontoando com computadores nas mesas de café da manhã ao invés de fazer isso dentro do quarto?
    Beijo, parabéns pelo blog!

  7. Acho muita mesquinharia o hotel cobrar (por fora) pelo serviço de wi-fi. Afinal, o custo da operadora, energia, equipamentos, manutenção, etc. , usando-se ou não o serviço, já faz parte da planilha de custos do hotel e já tem o seu valor coberto pelo que é cobrado do hóspede a título de diária… Então a taxa de wi-fi, quando cobrada a parte, é puro lucro mesmo!
    Seria o equivalente ao hotel cobrar uma taxa extra pelo uso do chuveiro, ou para você deitar na cama… Já estão lá, disponíveis (e pagos pela diária) , por que cobrar de novo?

    Pior do que isso, são os hoteis que nem wi-fi pago tem… Estes, então, estão ainda no século passado…

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