Uma das coisas novas que fiz nessa viagem ao Atacama foi o passeio “Cuevas de Sal”, no Valle de la Luna. Da outra vez, eu tinha entrado em apenas uma cueva, e bem grande, no Valle de la Muerte, onde o guia tinha nos mostrado e explicado todo o processo de cristalinização do sal no deserto e tal.
Mas, dessa vez, nosso guia maluquete do hotel Kunza, no meio da caminhada pelo vale, lançou a pergunta: “Alguém tem claustrofobia aqui?”, emendando: “que eu quero leva-los para as cuevas“.
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Sempre há tempo para uma paradinha pra fotos nas subidas e nas descidas |
E lá fomos nós para a rota mais ou menos sinalizada das cavernas de sal que se formam no vale. No começo, estávamos apenas caminhando por passagens estreitas em meio aos cânions que se formam ali; logo começamos a entrar nas cuevas propriamente ditas.
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Não é lindo de morrer? Mas subir e descer por aí não é tão simples assim… |
A maioria delas, bem baixinha e apertada, exigia que entrássemos e “caminhássemos” agachados o tempo todo. Eram bem escuras e só o guia tinha uma lanterna pequena, e lááááá na frente; então vira e mexe alguém gemia que tinha batido as costas, o joelho ou a cabeça.
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Uma espremidinha aqui… |
Nos lugares mais apertados (não teve como fotografar nenhum deles, que tava trash, sorry), o negócio era gritar pro guia vir em nosso socorro “Migueeeel, la luuuuuuuzzzzz”.
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… uma agachadinha ali… |
Interessantíssimo ver de pertinho esses recortes do deserto; às vezes altos, às vezes profundos, impressionantes mesmo. Mas o mais trash fica da metade pro fim do passeio, quando a gente começa um sem fim de subidas e descidas em meio às “pedras” que se formam.
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Uma fotinho antes de entrar nas trevas… |
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… e a alegria de ver a fresta de luz, enfim. |
Não há uma rota pré-definida, não; o guia vai na hora vendo onde “dá mais pé” e a gente segue – entre um gemido e um xingamento, é claro :-))))
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Esse foi o lugar mais complicado de descer, pra mim; mas lindo de tudo |
O caminho não é fácil-fácil, não, e claustrofóbicos devem mesmo ficar de fora – tem horas que a gente não vê absolutamente nada e fica meio “preso”, agachado, enquanto o grupo não se move.
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Fila indiana na entrada das cavernas pra ninguém se perder |
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Quando as cavernas terminam, começa o sobe e desce nos cânions do vale |
Mas até os mais sedentários como eu podem enfrentar de boa, que é bem razoável. Nas horas mais trash, precisei mesmo da ajuda dos universitários; ainda mais com a câmera e o medão de bater a lente na subida ou descida.
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E na descida final… |
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…vale fazer a fotinho da superação :-))))))) |
Passeio lindo, viu?
Mari,
Realmente dá pra ir várias vezes ao Atacama sem repetir passeios…incrível!
E é perfeitamente viável para crianças: fui com minha filha de 5 anos, que adorou ‘explorar’ o deserto!
Estou conhecendo um novo com seus posts. Adorando!
Cinthia
@chileparacriancas.blogspot.com
Cinthia, que legal você contar que foi com sua filhinha de 5 anos! Porque a gente praticamente não vê crianças por lá, né? E eu também achei que, como os passeios mais comuns são light, crianças aproveitam sem problemas.
Mari,
Essa do guia sair na frente com a lanterna e nos deixar pra trás no escuro me irritou profundamente.
Mas, ainda assim, deu para aproveitar o passeio. 😀
Tô aproveitando os seus posts para matar a saudade!
Tiago
Entrei em uma que não é tão grande assim, mas achei o máximo! Deserto do Atacama é tudo de bom e o Valle de la Luna é perfeito! Post tá ótimo!
Atacama é mesmo incrível 🙂