Marrakech

Esse ritmo maluquete de viagens que estou fazendo desde que entrou março, somado aos deadlines vencendo o tempo todo, deixou muita coisa atrasada para contar aqui no blog, eu sei. Ainda tem mais África, Alpes Franceses, Panamá e Canadá na fila. Logo, logo, Milão. Então, para agradar o povo “desredesocializado” (:P) que andou “reclamando” que não consegue acompanhar minhas andanças via twitterfacebook e instagram, aproveito para blogar “ao vivo” daqui de Marrakech, no Marrocos.
Fiz as pazes com Marrakech. Como já tinha acontecido com Milão em outros tempos, foi preciso uma segunda visita à cidade para entendê-la. No fundo, com tantos expatriados de tudo quanto é canto vivendo na cidade, o clima aqui hoje parece ser “cada um no seu quadrado” – bem como nessa foto no abre do post, em que um marroquino vestido muito contemporaneamente espera ganhar um dindim com turistas em frente aos jardins de Menara com seus dromedários raquíticos e, ao fundo, desfocado, um senhorzinho vestido todo tradicionalmente se concentra em suas orações alheio a tudo que o rodeia. E vale dizer também que acho que Marrakech mudou muito nesses quatro anos entre as duas visitas; parece que o atentado de 2011 mexeu com todo mundo, em vários sentidos. 
 
No souk, infelizmente, tem mais made in China na zona comercial que artesanato autêntico e a típica pechincha árabe perdeu muito sua força; mas há bem mais segurança (ao menos no feeling), com mais policiamento em várias partes e montes de câmeras de vigilância espalhadas pela medina. O assédio masculino, descobri, vai rolar com qualquer tipo de roupa que você vista, por mais coberta que esteja – somos ocidentais e ponto, franguinhos rodando na TV de cachorro (aliás, nessas noites que saí pra ver a night local, toda marroquina que encontrei levava muito menos roupa posta que eu). Paciência. O negócio é escolher bem seus caminhos, sempre andar por ruas movimentadas, só tomar táxi chamado pelo hotel ou restaurante de confiança e bola pra frente.
Ver o tempo todo o contemporâneo e o tradiconal se confrontando, o clima de little village na medina e o jeitão jetsetter na cidade nova, ver como os marroquinos sabem muito mais sobre o Brasil (tem música brasileira, da melhor e da pior, na trilha sonora de quase todo lugar), sentir tantos perfumes e ver tantas cores ao mesmo tempo, a cidade rosada no final da tarde, o chá, o boom de gastronomia e vida noturna que os hotelaços trouxeram, o chamado sempre emocionante para oração nas mesquitas, os novos amigos feitos em tão pouco tempo… tudo tem sido muito, muito bom. E ainda dizem a toda voz por aqui que até o final do ano sai, sim, voo direto de São Paulo pra cá. Inshallah.

2 Comentários

  1. oi Mari! Eu e meu namorado vamos para a Espanha no final desse ano e estou pensando seriamente em passar alguns dias no Marrocos. A ideia e basicamente a seguinte: 10 dias na Espanha ( Madri, Andaluzia e Barcelona) e 5 dividos em Marrakech e cidade azul… O ue vc recomenda? Obrigada Abraços

  2. Gabi, com 3 dias dá pra conhecer o principal de Marrakech direitinho. Se vc tiver mais tempo, dá pra fazer um bate-e-volta a Essaouira, que é maravilhosa. Vou publicar uma série de posts mês que vem sobre Marrakech, e eles devem te ajudar no preparo da viagem 😉

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*