Portillo, Chile

Em tempos de Bariloche tão prejudicada pelas cinzas e fumaça do vulcão Puyehue, vai ter muita gente mudando de planos e procurando férias com neve no Chile. Se, por um lado, os preços nas estações chilenas costumam ser um pouquinho mais altos que nas argentinas, a diferença estrutural compensa na maioria dos casos.  E os voos para lá estão todos funcionando normalmente.

Essa semana, como vocês sabem (muitos acompanharam as aventuras via twitter e facebook), eu fiz um rasante no Chile numa viagem a trabalho a Portillo. O aeroporto de Santiago funciona perfeitamente e a rota desde São Paulo só foi ligeiramente alterada, mas hoje nem interfere na duração total dos voos.
Portillo é diferente da maioria das estações de ski espalhadas por aí. A pouco menos de 2h de estrada desde o aeroporto de Santiago, no Chile, ali não tem cidade, não tem centrinho, nem promenade de lojas. Tudo gira em torno das pistas e do complexo hoteleiro – o terror dos agitados, mas o paraíso de quem procura relax.

Chegar lá já é uma aventura, numa sequência linda de 32 curvas no final da viagem. Ali, são três opções de hospedagem: o Hotel Portillo (que foi onde fiquei), o primeirão, mais classudo e epicentro de tudo; o Octógon, pensado para famílias numerosas que querem ficar juntas, mais com estilo apartamentos; e o Inca Lodge, em estilo albergue, com beliches e banheiros compartilhados.

Todas as opções de hospedagem incluem pensão completa e o ski pass semanal (que inclui o acesso às pistas e todos os meios de elevação): quem se hospeda no Hotel Portillo, faz todas as refeições no belo restaurante a la carte (café, almoço, chá da tarde e jantar) no segundo andar do hotel e pode, uma vez na semana, almoçar no Tio Bob´s, o restaurante self-service no ponto mais alto da estação de ski; os demais hóspedes fazem suas refeições no self service no primeiro andar do hotel.

Os pacotes publicados no site são sempre com duração de uma semana, mas hospedagens com duração inferior podem, claro, ser arranjadas diretamente no hotel ou através de agências de viagem.

Bebidas, equipamentos e aulas, particulares ou coletivas, são cobrados à parte (mais detalhes virão em outro post, num hotel review).

Além das muitas pistas de ski, de níveis azul a preto, o dia-a-dia do hotel tem ainda cartela de atividades diária para crianças, adolescentes e adultos. E ainda um fitness center novinho em folha (bem grande por sinal), spa, biblioteca, salão de jogos (com parede de escalada e tudo) e piscina e hot tube ao ar livre, rodeadas de neve e disputadíssimas. Além dos dois restaurantes, ainda tem bar (com direito a música ao vivo todos os dias após 23h) e disco na programação noturna. A internet na biblioteca é paga mas o wifi é liberado e gratuito e funciona bem em quase todo o hotel.

Fiquei surpresa em ver as botas novinhas em folha que me foram alugadas. Daí que me contaram que a cada dois anos o hotel troca literalmetne todos os equipamentos, o que eu achei bem bacana. E, sorry pelo momento #brioches, mas essas botas femininas são mesmo uma graça, não?

As aulas também são bem planejadinhas: mesmo as coletivas, nunca são muito cheias. A que eu fiz, num grupo de nove alunos, contava com dois professores – os benefícios do começo de temporada 😉
Para quem vai com crianças – Portillo é super familiar – vale saber que o Kids Club é uma graça e as aulas infantis de ski são super bem boladas, com professores muito bem humorados.

E, não bastasse tudo isso, você ainda tem essa paisagem, de cara pra você, todo santo dia.

Bem bão.

 

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2 Comentários

  1. Olá MAri

    Estava com tudo planejado para passar dois dias em Farellones, mas as pistas não abriram por falta de neve. Ai pensei em Portillo, mas somente um dia com meus dois filhos de 6 e 9 anos. Acha que vale a pena fazer ski day em Portillo?

  2. Vale, sim, Anônimo! Vc vai estar baseado em Santiago? Portillo fica a duas horinhas de estrada da capital chilena. Se achar que fica muito cansativo para as crianças, outra opção é Valle Nevado, que fica a pouco mais de uma hora da cidade.

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