De bairro em bairro, um giro pela segunda maior cidade canadense
Demorei muito mais do que gostaria para conhecer Montreal, uma cidade que sempre esteve na minha lista de desejos viajantes. E fiquei, desta vez, muito menos do que gostaria por lá – os preços durante o verão são salgadinhos, mas voltei morrendo de vontade de voltar o mais rápido possível.
A cidade de Montreal, localizada na ilha homônima, é a segunda maior cidade canadense e a maior cidade da província de Quebec, o chamado “Canadá francês”. Mas ao contrário da cidade de Quebec e outras cidades menores da província, Montreal não é toda francófona, não. Para alegria geral de quem não fala francês, ali o inglês é fartamente utilizado também e, divertidíssimo, grande parte de seus moradores misturam inglês e francês nas mesmas frases e conversação. De um certo modo, numa avaliação bem superficial, seria uma espécie de Toronto de alma parisiense 🙂
O charme da mistura equilibrada entre o novo e o antigo está presente em grande parte da cidade e é parte de sua identidade mesmo (e lhe rende uma diversidade gastronômica incrível também, com excelentes restaurantes e mais de 350 food trucks espalhados pela cidade). Há obras de arte dos mais diferentes estilos espalhadas pelas ruas da cidade toda. Étnica, cultural, fonética, culinária e politicamente, Montreal me pareceu toda misturada, na vibe tudo ao mesmo tempo agora. Por isso mesmo, cada bairro parece ter vida própria, tão diferentes entre si: do romântico ao cosmopolita, do hipster ao histórico. Em alguns deles, você até esquece que está numa grande metrópole e se sente passeando numa cidadezinha de interior.
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Como nada melhor que visitar uma cidade pela primeira vez com a ajuda de um morador local, durante o período que fiquei por lá a fofa Carrie MacPherson, do blog Zurbaines, me levou no meu primeiro dia por lá para o primeiro contato com alguns dos bairros mais legais de Montreal. Eu gostei tanto deles que, claro, acabei voltando sozinha outras vezes para fuçar um pouco mais 🙂
Downtown foi o bairro que eu mais explorei. Em grande parte, porque fiquei hospedada lá (no ótimo Ritz Carlton Montreal – leia mais sobre esse hotel cheio de história aqui); mas também porque o bairro é bom de curtir manhã, tarde e noite. A grande zona de comércio fica ali na rua Saint-Catherine e arredores, gente do mundo inteiro zanza por aquelas ruas e os dois museus que eu mais gostei na cidade ficam ali mesmo: os ótimos Museu de Belas Artes e Museu McCord. Ali fica também a bela universidade McGill, que vale a pena visitar, mesmo que só externamente (edifícios e jardins lindos, sobretudo no verão, quando ficam cheios). Downtown também é boa para restaurantes e para a vida noturna, sobretudo no chamado “5 a 7”, a happy hour local por excelência – gostei muito dos bares FurCo e Dominion.
Colado a Downtown, fica o Quartier des Spetacles, uma zona bem legal para pedestres rodeada de arte mais de 80 estabelecimentos entre cinema, teatro e galerias em um único quilômetro quadrado. Emendada ao Quartier fica a pequena Chinatown local.
De Chinatown é um pulo até Vieux Montreal (ou Old Montreal), o centro histórico da cidade. A promenade do porto (de onde saem alguns passeios turísticos de barco), é o destino de ciclistas, skatistas e turistas e moradores em geral em footing nos finais de tarde nos meses quentes e local de patinação no gelo no inverno.
Os belos edifícios históricos de Vieux Montreal fazem a gente andar constantemente com a cabeça voltada para o alto, sobretudo no trecho entre a bela Prefeitura e a catedral de Notre-Dame. No caminho, montes de restaurantes (alguns bem pega-turistas), lojas de todo tipo e alguns hotéis boutique bem fofos, como o Le Petit. Desviando das muitas charretes que dividem espaço com carros nas ruas por ali, vale chegar na Place Jacques-Cartier, a praça mais famosa do bairro e tomada por artistas de rua e caricaturistas – quando eu fui, tinha até feirinha de artesanato 🙂
Mas o bairro que eu mais gostei (sorry!) foi o Plateau Mont Royal. Também gostei de dia e gostei de noite. São mais moradores que turistas na rua em quadras que mais parecem uma cidade pequena, apesar de ser um dos bairros mais densamente habitados da cidade – muita gente se cumprimentava na rua, as crianças brincavam nas esquinas, e a turma dos descolados ocupava bistrôs, cafés e restaurantes charmosos mas sem frescuras. Entre um e outro, diversas lojas de estilistas e artistas locais e pequenas livrarias à moda antiga. Entre carros importados e bikes velhas, roupas detonadinhas de brechó e bolsas de grife, hipsters e senhorinhas na fila dos bagels da Viateur Bagel, universitários e intelectuais que fazem dos cafés seu escritório, achei um dos bairros mais HiLo que eu já vi na vida.
Em Little Italy, pausa para conhecer o ótimo mercado Jean-Talon (programão para quem curte vibe foodie, e funciona também no inverno) e ver uma profusão dos típicos sobrados de Montreal com aquelas escadas tortinhas na fachada, a cara da cidade.
O The Village – ou Le Village Gai -, o bairro LGBT por vocação de Montreal (ali até a estação de metrô Beaudry tem pilares revestidos com o inconfundível arco-íris), também é programão para ver lojinhas diferentes, cafés e tea houses. mas ganha vida mesmo à noite, de preferência BEM tarde, quando gente de todas as orientações sexuais lota seus inúmeros clubs.
Já pode voltar pra Montreal? 😀
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Mari, bonjour. Cheguei de férias (de Montreal, onde tenho família) e uma amiga me enviou seus comentários. Amei! Você sentiu mesmo a cidade. O que postou foi o que visitei (inclusive postei umas fotos). E olha que conheço bem a cidade (morei alguns anos lá no Plateau). Se voltar lá, conheça o B&B da minha comadre Lyne (Angelica Blue B&B). FICA bem no Centro, perto de tudo e em uma rua bem tranqüila. Amei suas fotos. Abraços Marília
Oi, Marilia! super obrigada pelo feedback, adorei. Certamente voltarei a Montreal, amei a cidade – e daí farei questão de conhecer o B&B da sua comadre 😉
Pelas fotos… eu também gostei do bairro Plateau Mont Royal. Mon Dieu!!! il est très agréable! Très jolie!!!